Percepções de mulheres com câncer de mama acerca dos tratamentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2023v16n3.e11373

Palavras-chave:

Neoplasia mamária, Saúde da mulher, Modelo de Crenças em Saúde

Resumo

O objetivo deste estudo foi compreender a percepção das mulheres com câncer de mama acerca dos tratamentos. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, transversal, no qual participaram 40 mulheres em quimioterapia para tratamento do câncer mamário em um hospital especializado em oncologia. O instrumento utilizado para coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados mediante Análise de Conteúdo de Bardin e categorizados conforme o Modelo de Crenças em Saúde. Originaram-se quatro categorias: “Suscetibilidade percebida: câncer e COVID-19”, “Percepção da gravidade em face do impacto dos tratamentos”, “Desafios e barreiras nos tratamentos” e “Benefícios percebidos no tratamento do câncer”. Conclui-se que existem diferentes fatores que ressoam na percepção que a mulher tem sobre os tratamentos e que geram repercussões na forma de enfrentá los. O conhecimento desses fatores pelos profissionais de saúde pode auxiliar na assistência às mulheres para melhor enfrentamento da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Simone Meira Carvalho, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutoranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Professora Assistente do Departamento de Fisioterapia do Idoso, do Adulto e Materno-infantil, Faculdade de Fisioterapia, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG), Brasil.

Mariana Barbosa Leite Sérgio Ferreira , Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG), Brasil.

Karine Soriana Silva de Souza, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduada em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG), Brasil.

Iracema Abranches , Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutoranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG), Brasil.

Fabiane Rossi dos Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG), Brasil.

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2023: Incidência de câncer no Brasil. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2022. ISBN: 978-65-88517-09-3. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

2. Caixeta LF, Matos AM, Silva GP, Paiva LRF, Vasconcelos LVT, Felicio PTG, et al. Cenário epidemiológico do câncer de mama em Minas Gerais. Braz. J. Dev. 2022; 8(1):1794-1804. doi: 10.34117/bjdv8n1-114.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Portaria Conjuntiva n. 4, de 23 de janeiro de 2018. Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2018/poc0004_01_02_2018.html.

4. Ferreira RMB, Lemos MF. A mulher e o câncer de mama: um olhar sobre o corpo adoecido. Perspect. psicol. 2016; 20(1):178-201. doi: 10.14393/PPv20n1a2016-11. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/perspectivasempsicologia/article/view/35596.

5. Silva KK, Barreto FA, Carvalho FP, Carvalho PRS. Estratégias de enfrentamento após o diagnóstico de câncer de mama. Rev. bras. promoç. saúde. 2020; 33. doi:10.5020/18061230.2020.10022.

6.Borges MG, Anjos ACY, Campos CS. Espiritualidade e religiosidade como estratégias de enfrentamento do câncer de mama: Revisão integrativa da literatura / Spirituality and religiosity as strategies for facing breast câncer: Integrative literature review. Braz. J. Hea. Rev. [Internet]. 2021; 4(1): 1002-1021. doi: 10.34119/bjhrv4n1-088.

7. Rosenstock IM. Historical Origins of the Health Belief Model. Health Education

Monographs. 1974; 2(4):328-335. doi:10.1177/109019817400200403. Available from: http://www.jstor.org/stable/45240621.

8. Fugita RMI, Gualda DMR. A causalidade do câncer de mama à luz do Modelo de Crenças em Saúde. Rev. Esc. Enferm. USP. 2006; 40(4):501-506. doi: 10.1590/S0080-62342006000400008.

9. Bea JW, de Heer H, Kinslow B, Valdez L, Yazzie E, Curley P, et al. Perceptions of Cancer Causes, Prevention, and Treatment Among Navajo Cancer Survivors. J Cancer Educ. 2020; 35(3):493-500. doi: 10.1007/s13187-019-01487-5.

10. Tesfaw A, Alebachew W, Tiruneh M. Why women with breast cancer presented late to health care facility North-west Ethiopia? A qualitative study. PLoS One. 2020; 4(15):e02435512020. doi: 10.1371/journal.pone.0243551.

11. Dela Coleta MF. Crenças sobre comportamentos de saúde e adesão à prevenção e ao controle de doenças cardiovasculares. Mudanças. 2010; 18(1/2):69-78. doi: 10.15603/2176-1019/mud.v18n1-2p69-78.

12. Lopes AP, Camargo CAC M, Maia MAC. Sofrimento psíquico vivenciado por mulheres diante do diagnóstico de câncer de mama: uma revisão bibliográfica reflexiva. REAS [Internet]. 2020; 52(52):e3556. doi: 10.25248/reas.e3556.2020.

13. Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Qual Health Care. 2007; 19(6):349-357. doi: 10.1093/intqhc/mzm042.

14. Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016. ISBN: 978-85-62938-04-7.

15. Iddrisu M, Aziato L, Dedey F. Psychological and physical effects of breast cancer diagnosis and treatment on young Ghanaian women: a qualitative study. BMC Psychiatry. 2020; 20(353):1-9. doi: 10.1186/s12888-020-02760-4.

16. Castro EKK, Lawrenz P, Romeiro F, Lima NB, Haas SA. Percepção da Doença e Enfrentamento em Mulheres com Câncer de Mama. Psicol. teor. pesqui. 2016; 32(3):1-6. doi: 10.1590/0102-3772e32324.

17. Massicotte V, Ivers H, Savard J. COVID-19 Pandemic stressors and psychological symptoms in breast cancer patients. Curr Oncol. 2021; 28(1):294-300. doi: 10.3390/curroncol28010034.

18. Marçal RTS, Vaz CT. Treatment of breast cancer in the time of COVID-19: an integrative review. Res Soc Dev [Internet]. 2022; 11(10):e252111032915. doi: 10.33448/rsd-v11i10.32915. Available from: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32915.

19. Liang W, Guan W, Chen R, Wang W, Li J, Xu K, et al. Cancer patients in SARS-CoV-2 infection: a Nationwide analysis in China. Lancet Oncol. 2020; 21(3):335-337. doi: 10.1016/S1470-2045(20)30096-6.

20. Oliveira TR, Corrêa CSL, Weiss VF, Baquião APSS, Carvalho LL de, Grincenkov FRS, et al. Câncer de mama e imagem corporal: impacto dos tratamentos no olhar de mulheres mastectomizadas. Saúde e pesqui. 2019; 12(3):451-462. doi: 10.17765/2176-9206.2019v12n3p451-462.

21. Brier MJ, Chambless DL, Gross R, Chen J, Mao JJ. Perceived barriers to treatment predict adherence to aromatase inhibitors among breast cancer survivors. Cancer. 2017; 123(1):169-176. doi:10.1002/cncr.30318.

22. Azriful BE, Nildawati RR, Mallapiang F, Suyuti S. Health Belief Model on women's cancer recovery (a phenomenological study on cancer survivors). Gac Sanit. 2021; 1(35):9-11. doi: 10.1016/j.gaceta.2020.12.003.

23. Brivio E, Guiddi P, Scotto L, Giudice AV, Pettini G, Busacchio D, et al. Patients Living With Breast Cancer During the Coronavirus Pandemic: The Role of Family Resilience, Coping Flexibility, and Locus of Control on Affective Responses. Front Psychol. 2021; 11:567230. doi: 10.3389/fpsyg.2020.567230.

24. Soran A, Brufsky A, Gimbel M, Diego E. Breast Cancer Diagnosis, Treatment and Follow-Up During COVID-19 Pandemic. Eur J Breast Health. 2020; 16(2):86-88. doi: 10.5152/ejbh.2020.240320.

25. Gonçalves LLC, Travassos GL, Almeida AM, Guimarães AMD, Gois CFL. Barreiras na atenção em saúde ao câncer de mama: percepção de mulheres. Rev. Esc. Enferm. USP. 2014; 48(3):394-400, 2014. doi: 10.1590/S0080-623420140000300002.

26. Alencar APA, Matos JHF, Souza JF, Marques VMC, Lira PF, Moreira AEA, et al. Itinerário terapêutico de mulheres com câncer. Braz J Dev. 2020; 6(6):42023-42035. doi: 10.34117/bjdv6n6-659.

27. Ministry of Health of Brazil (BR). Secretariat of Health Surveillance. Department of Health Analysis and Surveillance of Non-Communicable Diseases. Health promotion: approaches to the topic: notebook 1 [electronic Resource]. Brasília: Ministry of Health of Brazil, 2021. ISBN: 978-65-5993-127-9. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/promocao-da-saude/health-promotion-approaches-to-the-topic-notebook-1.pdf

Publicado

2023-09-30

Como Citar

Meira Carvalho, S. ., Barbosa Leite Sérgio Ferreira , M. ., Soriana Silva de Souza, K. ., Abranches , I. ., & Santos, F. R. dos . (2023). Percepções de mulheres com câncer de mama acerca dos tratamentos. Saúde E Pesquisa, 16(3), 1–21. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2023v16n3.e11373

Edição

Seção

Artigos Originais