Doenças crônicas não transmissíveis e motivação para estilo de vida saudável em mulheres adultas

Palavras-chave: Estilo de vida, Doença crônica, Motivação, Saúde da mulher

Resumo

Analisar a associação entre a presença de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e a Motivação para o Estilo de Vida Saudável (MEVS) em mulheres adultas. Estudo transversal e analítico realizado em 12 Unidades de Atenção Primária à Saúde, com 691 mulheres adultas. Utilizaram-se um questionário para a caracterização sociodemográfica e clínica da amostra e Questionário sobre a Motivação para a Prática de Estilo de Vida Saudável (QMEVS). Maior porcentagem de hipertensão arterial dentre as DCNT estudadas (12,9%); não houve associação entre amotivação e presença de DCNT (p = 0,270); DCNT associaram-se significativamente à motivação extrínseca e intrínseca (p = 0,008; p = 0,020). Mulheres com DCNT têm mais chances de motivação extrínseca e menos chances de motivação intrínseca (1,98 e 0,5 vezes, respectivamente). Não houve associação entre amotivação e DCNT. Mulheres com DCNT têm mais chances de desenvolverem motivação extrínseca e menos chances de motivação intrínseca.

Biografia do Autor

Sarah Ellen da Paz Fabricio, Universidade Estadual do Ceará
Enfermeira pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Membra do Grupo de Pesquisa Epidemiologia, Cuidado em Cronicidades e Enfermagem - GRUPECCE. Membra da Linha de Pesquisa Cuidado Clínico de Enfermagem em Alterações Crônicas de Saúde.
Virna Ribeiro Feitosa Cestari, Universidade Estadual do Ceará/Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde
Médica Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará. Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Ceará. Membro pesquisador do grupo de pesquisa em Epidemiologia, Cuidado em Cronicidade e Enfermagem (GRUPECCE) da UECE.
Irialda Saboia Carvalho, Oficial Enfermeira do Hospital Geral do Exército de Fortaleza-CE
Oficial Enfermeira do Hospital Geral do Exército de Fortaleza-CE. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará. Membra do Grupo de Pesquisa Epidemiologia, Cuidado em Cronicidades e Enfermagem - (GRUPECCE)
Paulo Sávio Fontenele Magalhães, Universidade Estadual do Ceará/Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Médico pela Universidade Federal do Ceará. Preceptor da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Supervisor do Programa Mais Médicos de Fortaleza. Doutor em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
Ilvana Lima Verde Gomes, Universidade Estadual do Ceará/Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Professora Associada de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará. Membra da Educação Permanente em Enfermagem do Hospital Geral de Fortaleza. Pós-Doutora em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará.
Thereza Maria Magalhães Moreira, Universidade Estadual do Ceará/Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Enfermeira e Advogada. Professora Associada da Universidade Estadual do Ceará. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq-nível 1A. Pós-Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.

2. Silva EM, Sousa AC, Kümpel C, Silva S, Porto EF. Estilo de vida de indivíduos usuários do Sistema Único de Saúde. LifeStyle J. 2018; 5(2):61-75. doi: http://dx.doi.org/10.19141/2237-3756.lifestyle.v5.n2.p61-75

3. Rodrigues MTP. Adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica: desenvolvimento de um instrumento avaliativo com base na Teoria da Resposta ao Item (TRI) [tese na Internet]. Fortaleza: Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual do Ceará; 2012 [citado em 22 jun. 2022]. 163 f. Disponível em: http://www.uece.br/dsc/index.php/arquivos/doc_download/179-tese-malvina-t-p-rodrigues-2012

4. Cruz LAP, Mialich MS, Silva BR, Gozzo TO, Jordão AA, Almeida AM. Doenças crônicas não transmissíveis em mulheres com câncer de mama. Rev Recien. 2021; 11(34):100-109. doi: https://doi.org/10.24276/rrecien2021.11.34.100-109

5. Araújo FG. Tendência da prevalência de sobrepeso, obesidade, diabetes e hipertensão em mulheres brasileiras em idade reprodutiva, Vigitel 2008-2015 [dissertação na Internet]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem; 2018 [citado em 22 jun. 2022]. 109 f. Disponível em: http://www.enf.ufmg.br/pos/defesas/937M.PDF

6. Mpofu JJ, Moura L, Farr S, Malta DC, Moehlecke I, Bernal TI, et. al. Associations between noncommunicable disease risk factors, race, education, and health insurance status among women of reproductive age in Brazil – 2011. Prev Med Rep. 2016; 3(333). doi: http://doi.org/10.1016/j.pmedr.2016.03.015

7. Peters SAE, Woodward M, Jha V, Kennedy S, Norton R. Women’s health: a new global agenda. BMJ Global Health. 2016;1(3):e000080. doi: http://dx.doi.org/10.1136/bmjgh-2016-000080

8. Bernal RTI, Mendes MSF, Carvalho QH, Pell J, Dundas R, Leyland A, et. al. Indicadores de doenças crônicas não transmissíveis em mulheres com idade reprodutiva, beneficiárias e não beneficiárias do Programa Bolsa Família. Rev Bras Epidemiol. 2019; 22(supl.2). doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720190012.supl.2

9. Monteiro LZ, Oliveira DMS, Parente MVSS, Silva EO, Varela AR. Perfil alimentar e inatividade física em mulheres universitárias na cidade de Brasília. Esc Anna Nery. 2021; 25(5)e:20200484. doi: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0484

10. Li Y, Pan A, Wang DD, Liu X, Dhana K, Franco OH, et al. The impact of healthy lifestyle factors on life expectancies in the US population, Circulation. 2018; 138(4):345-55. doi: http://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.117.032047

11. Deci EL, Ryan RM. The 'What' and 'Why' of Goal Pursuits: Human Needs and the Self-Determination of Behavior. Psychological Inquiry. 2000; 11:227-68. doi: https://doi.org/10.1207/S15327965PLI1104_01

12. Santos NAS. Doenças crônicas em mulheres: uma revisão integrativa. In: Anais do XXIV Seminário de Iniciação Científica. 2020 out 19-22; Feira de Santana. Feira de Santana: UEFS; 2020. doi: https://doi.org/10.13102/semic.vi24.6768

13. Carvalho IS. Motivação ao estilo de vida saudável: construção e evidências de validade de um instrumento avaliativo [tese na Internet]. Fortaleza: Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual do Ceará; 2019 [citado em 22 jun. 2022]. 112 f. Disponível em: http://www.uece.br/wp-content/uploads/sites/37/2019/09/Tese-Irialda-Saboia-Carvalho-vers%C3%A3o-final-biblioteca-UECE.pdf

14. Pasquali L. Princípios de elaboração de escalas psicológicas. Rev Psiq Clin. [Internet]. 1998 [citado em 22 jun. 2022]; 25(5):206-13. Disponível em: http://ppget.ifam.edu.br/wp-content/uploads/2017/12/Principios-de-elaboracao-de-escalas-psicologicas.pdf

15. Pasquali L, Primi R. Fundamentos da teoria da resposta ao item – TRI. Aval Psic. [Internet]. 2003 [citado em 22 jun. 2022]; 2(2):99-110. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712003000200002

16. Moreira TM. Construção e validação de questionários para avaliação de fatores relacionados à saúde cardiovascular (estilo de vida, estresse e adesão ao tratamento) pelo enfermeiro [projeto]. Fortaleza: Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, Universidade Estadual do Ceará; 2018.

17. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Card. 2021; 116(3):516-658. doi: https://doi.org/10.36660/abc.20201238

18. Fiório CE, Cesar CLG, Porto MCGPA, Goldbaum M. Prevalência de hipertensão arterial em adultos no município de São Paulo e fatores associados. Rev Bras Epidemiol. 2020; 23. doi: http://doi.org/10.1590/1980-549720200052

19. Silva MLLS, Silva JM, Schleu MF. Efeito do tratamento com equipe multiprofissional na pressão arterial em mulheres obesas: uma coorte retrospectiva. Rev Baiana de Saúde Pública. 2022; 46(supl.1): 9-28. doi: https://doi.org/10.22278/2318-2660.2022.v46.nSupl_1.a3778

20. Rocha MFMR, Wanderley FAC, Santos AA. Programa educativo na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis: diabetes e hipertensão arterial. Ensino, Saúde e Ambiente [Internet]. 2020 [citado em 22 jun. 2022]; 13(3):94-109. Disponível em: https://periodicos.uff.br/ensinosaudeambiente/article/view/32912

21. Malagris LEN, Ribeiro JAA, Teixeira LG, Mourão SEQ. Senso de autoeficácia, comportamentos de saúde e adesão ao tratamento em pacientes portadores de diabetes e/ou hipertensão. Rev Bras Terap Cognit. 2020; 16(1):26-33. doi: http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20200005

22. Tavares PPC, Cruz RS, Pereira SEAS, Abdala GA, Meira MDD. Percepção de portadores de diabetes sobre educação em saúde e adoção de hábitos saudáveis. Saud Pesq. 2021; 14(3):643-54. doi: https://doi.org/10.17765/2176-9206.2021v14n3e9459

23. Szwarcwald CL, Souza Júnior PRB, Damacena GN, Stopa SR, Barros MBA, Malta DC, et. al. Adoção dos comportamentos saudáveis e recomendações recebidas nos atendimentos de saúde entre hipertensos e diabéticos no Brasil, 2019. Rev Bras Epidemiol, 2021; 24(supl.2):e210017. doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720210017.supl.2

24. Guimarães AFV, Nascimento VA. Análise do nível de sedentarismo dos universitários da UEMG, unidade Ituiutaba e sua relação com doenças crônicas não transmissíveis. Intercursos. [Internet]. 2019 [citado em 22 jun. 2022]; 18(2):253-62. Disponível em: https://revista.uemg.br/index.php/intercursosrevistacientifica/article/view/4265

25. Soares MM, Rocha KSC, Castro KCE, Amâncio NFG. A importância de hábitos saudáveis e adequados na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Res Soc Develop. 2023; 12(1):e18012139295. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-

26. Leme PAF, Campos WS. Avaliação participativa de um programa de prevenção e tratamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Saúde Debate. 2020; 44(126):640-655. doi: http://doi.org/10.1590/0103-1104202012604

27. Seear KH, Lelievre MP, Atkinson DN, Marley JV. ‘It’s Important to Make Changes.’ Insights about Motivators and Enablers of Healthy Lifestyle Modification from Young Aboriginal Men in Western Australia. Int J Environ Res Public Health. 2019; 16(1063). doi: http://doi.org/10.3390/ijerph16061063

28. Lima Junior LC, Lima NNF. Relationship between Quality of Life and Chronic Diseases. Braz J Health Rev. 2021; 4(5):21426-39. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n5-232

29. Siebra KLAB, Arraes JCC, Santos DB, Nascimento CH, Leandro IVA, Basílio CAS, et. al. Promovendo saúde: um elo de cuidados no tratamento não medicamentoso de doenças crônicas na terceira idade. Rev Interfaces. 2019; 7(1):250-54. doi: https://doi.org/10.16891/665

30. Silva JP, Crepaldi MA, Bousfield ABS. Representações sociais e doenças crônicas no contexto familiar: revisão integrativa. Rev Psic Saúde. 2021; 13(2):125-40. doi: https://doi.org/10.20435/pssa.v13i2.964

Publicado
2023-09-30
Seção
Artigos Originais