Relação entre paixão e funcionamento positivo na pandemia COVID-19
Relation between passion and positive functioning in pandemic COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2025v18e12589Palavras-chave:
Saúde Mental, Recursos Psicológicos, Psicologia Positiva, Avaliação PsicológicaResumo
Durante a pandemia, interrupções abruptas nas rotinas destacaram a importância da manutenção de atividades apaixonantes para preservar a saúde mental. O objetivo do estudo foi investigar a relação entre paixão e bem-estar psicológico, além de diferenças entre grupos de acordo com sexo, estado civil e prática de exercícios. A amostra foi composta por 147 participantes, com idades entre 18 e 68 anos (M= 35,6, DP= 12,7) de ambos os sexos (69,1% feminino). Os resultados demonstraram correlações positivas entre paixão harmoniosa e bem-estar psicológico. Não houve diferença entre sexos, porém os sujeitos casados exibiram maior funcionamento psicológico positivo. Indivíduos que mantiveram a prática de atividades durante a pandemia também apresentaram maior paixão harmoniosa e funcionamento psicológico positivo. Esses achados reforçam a importância de diversas atividades para promover o bem-estar, especialmente em tempos de crise como a pandemia.
Downloads
Referências
1. Lopez-Leon S, Wegman-Ostrosky T, Perelman C, Sepulveda R, Rebolledo PA, Cuapio A, et al. More than 50 long-term effects of COVID-19: a systematic review and meta-analysis. Scientific Reports. 2021; 11:16144. https://doi.org/10.1038/s41598-021-95565-8.
2. Saladino V, Algeri D, Auriemma V. The Psychological and Social Impact of Covid-19: New Perspectives of Well-Being. Front Psychol. 2020. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.577684.
3. Vallerand RJ. The role of passion in sustainable psychological well-being. Psychology of Well-Being: Theory, Research and Practice. 2012; 2(1):1. https://doi.org/10.1186/2211-1522-2-1.
4. Vallerand RJ, Verner-Filion J. Making People’s Life Most Worth Living: On the Importance of Passion for Positive Psychology. Terapia Psicológica. 2013; 31(1):35-48. https://doi.org/10.4067/s0718-48082013000100004.
5. Houlfort N, Philippe FL, Bourdeau S, Leduc C. A comprehensive understanding of the relationships between passion for work and work–family conflict and the consequences for psychological distress. Int J Stress Manag. 2018; 25(4):313. https://doi.org/10.1037/str0000068
6. Levesque RJR. Optimal Functioning. Encyclopedia of Adolescence. 2011:1955–1955. https://doi.org/10.1007/978-1-4419-1695-2_64.
7. Ryff CD, Singer B. Psychological well-being: Meaning, measurement, and implications for psychotherapy research. Psychother Psychosom. 1996; 65:14-23. https://doi.org/10.1159/000289026
8. Joseph S, Wood A. Assessment of positive functioning in clinical psychology: Theoretical and practical issues. Clin Psychol Rev. 2010;30(7):830-838. https://doi.org/10.1016/j.cpr.2010.01.002
9. Merino MD, Privado J. Positive Psychological Functioning. Evidence for a new construct and its measurement. Anales de Psicología. 2015;31(1):45-54. https://doi.org/10.6018/analesps.31.1.171081.
10. Oliveira EP, Merino MD, Privado J, Almeida LS. Escala de Funcionamento Psicológico Positivo: Adaptação e estudos iniciais de validação em universitários portugueses. Rev Iberoam Diagn Eval. 2018; 3(48):151-162. https://doi.org/10.21865/RIDEP48.3.13
11. Kubo T, Sugawara D, Masuyama A. The effect of passion for activities on fear of COVID-19 and mental health among the Japanese population. Pers Individ Dif. 2022; 186:111358. https://doi.org/10.1016/j.paid.2021.111358
12. Vallerand RJ, Blanchard C, Mageau GA, Koestner R, Ratelle C, Léonard M, et al. Les passions de l'ame: on obsessive and harmonious passion. J Pers Soc Psychol. 2003; 85(4):756. https://doi.org/10.1037/0022-3514.85.4.756
13. Peixoto EM, Nakano TDC, Castillo RA, Oliveira LP, Balbinotti MAA. Passion scale: Psychometric properties and factorial invariance via exploratory structural equation modeling (ESEM). Paideia. 2019;29:1–10. https://doi.org/10.1590/1982-4327e2911.
14. Romano AR, da Silva MPP, Vieira TCH, Peixoto EM. Evidências de Validade da Escala de Funcionamento Psicológico Positivo (EFPP) no Brasil. Rev Iberoam Diagn Eval Psicol. 2022;4(65):61-68. https://doi.org/10.21865/RIDEP65.4.05
15. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510/2016 – Dispõe sobre a pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. Brasil: Ministério da Saúde; 2016.
16. The jamovi project. jamovi (Version 2.2) [Computer Software]. 2022. Recuperado de: https://www.jamovi.org
17. Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. Lawrence Erlbaum Associates; 1988.
18. Tabachnick GB, Fidell LS. Principal Components and Factor Analysis. In: Tabachnick GB, Fidell LS, eds. Using Multivariate Statistics. Pearson; 2019. pp. 476–527.
19. Prati G, Mancini AD. The psychological impact of COVID-19 pandemic lockdowns: a review and meta-analysis of longitudinal studies and natural experiments. Psychol Med. 2021;51(2):201-211. https://doi.org/10.1017/S0033291721000015.
20. Lafrenière MAK, Vallerand RJ, Sedikides C. On the Relation between Self-enhancement and Life Satisfaction: The Moderating Role of Passion. Self Identity. 2013; 12(6):597–609. https://doi.org/10.1080/15298868.2012.713558.
21. St-Louis AC, Carbonneau N, Vallerand RJ. Passion for a Cause: How It Affects Health and Subjective Well-Being. J Pers. 2015;84(3):263–276. https://doi.org/10.1111/jopy.12157.
22. Peixoto EM, Campos CR, Oliveira KS, Palma BP, Bonfá-Araujo BB, Anacleto MC. O impacto da paixão pelo exercício na percepção de bem-estar durante períodos de isolamento social. Manuscrito submetido.
23. Curran T, Hill AP, Appleton PR, Vallerand RJ, Standage M. The psychology of passion: A meta-analytical review of a decade of research on intrapersonal outcomes. Motiv Emot. 2015;39(5):631–655. https://doi.org/10.1007/s11031-015-9503-0.
24. Brooks SK, Webster RK, Smith LE, Woodland L, Wessely S, Greenberg N, Rubin GJ. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: Rapid review of the evidence. Lancet. 2020; 395:912-920. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30460-8.
25. Jace CE, Makridis CA. Does marriage protect mental health? Evidence from the COVID?19 pandemic. Soc Sci Q. 2021; 102(6):2499-2515. https://doi.org/10.1111/ssqu.13063
26. Silva CEMD, Cruz Neto CCD, Bezerra ACV, Santos RT, Silva JAMD. Influência das condições de bem-estar domiciliar na prática do isolamento social durante a Pandemia da Covid-19. J Health Biol Sci. 2020;8(1):1-7. https://doi.org/10.12662/2317-3206jhbs.v8i1.3410.p1-7.2020.
27. Matsudo VKR, Santos MD, Oliveira LCD. Quarentena sim! Sedentarismo não! Atividade física em tempos de coronavírus. Diagn Tratamento. 2020;116-120. Recuperado de: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/rdt/article/view/243
28. Brand R, Timme S, Nosrat S. When pandemic hits: Exercise frequency and subjective well-being during COVID-19 pandemic. Front Psychol. 2020; 11:2391. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.570567.
29. Rocha RMA, Romano AR, Peixoto EM. Paixão pelo Exercício: Estrutura fatorial e relações com afetos em praticantes brasileiros. Psychologica. 2023;66. https://doi.org/10.14195/1647-8606_66_2.
30. Romano AR, da Silva MPP, Peixoto EM Valentini F. Bem-estar Subjetivo em praticantes de exercício físico: estrutura e invariância fatorial. Motricidade. 2023;19(4). https://doi.org/10.6063/motricidade.28981.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Saúde e Pesquisa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.