Perfil de atendimentos de crianças no primeiro ano de vida em serviço de saúde de alto risco
Profile of care for children in the first year of life in high-risk healthcare services
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2025v18e13009Palavras-chave:
Assistência Ambulatorial., Criança., Pediatria., Serviços de Saúde., Saúde Materno-Infantil.Resumo
Objetivo: analisar o perfil e os motivos de atendimento de crianças no primeiro ano de vida em um serviço de saúde materno-infantil de alto risco. Método: estudo transversal, retrospectivo, mediante acesso a dados de prontuário de crianças que iniciaram atendimento no serviço de alto risco entre maio/2021 e abril/2022. Dados de 236 crianças e suas mães foram analisados. Resultados: Das crianças, 33,1% eram prematuras, 29,3% com baixo peso ao nascer e 30,5% malformação congênita. As principais intercorrências na gestação foram infecção do trato urinário, sífilis, hipotireoidismo e sangramento vaginal. A prematuridade foi o principal motivo de encaminhamento para o serviço e esteve estatisticamente associada às intercorrências gestacionais, infecção congênita, doença hipertensiva específica da gestação, exposição à sífilis, infecção neonatal, sepse neonatal e malformações congênitas. Conclusão: destaca-se a importância da Atenção Primária e da atuação em rede para o cuidado à saúde materno-infantil.Downloads
Referências
Brasil. Portaria GM/MS nº 715, de 4 de abril de 2022. Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, para instituir a Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami). 2022. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-715-de-4-de-abril-de-2022-391070559.
Marinho C da SR, Flor TBM, Pinheiro JMF, Ferreira MÂF. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: impacto de ações assistenciais e mudanças socioeconômicas e sanitárias na mortalidade de crianças. Cad Saúde Pública. 2020;36(10):e00191219. https://doi.org/10.1590/0102-311X00191219.
Shimocomaqui GB, Masuda ET, Souza VG, Gadelha AKS, Eshriqui I. Atenção ambulatorial especializada à saúde materno-infantil em regiões do PlanificaSUS. Rev Saude Publica. 2023; 57(Supl 3): 3s. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2023057005336.
Paraná. Governo do Estado. Secretaria da Saúde. Estratificação de risco de crianças no Paraná. Paraná: Secretaria de Saúde; 2021. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2021-05/Estratifica%C3%A7%C3%A3o%20de%20risco%20e%20acompanhamento%20de%20puericultura%20aprovada%20em%20CIB%2028.04.2021.pdf.
Lemos RA, Frônio JS, Neves LAT, Ribeiro LC. Estudo da prevalência de morbidades e complicações neonatais segundo o peso ao nascimento e a idade gestacional em lactentes de um serviço de follow-up. Rev. APS. 2010; 13(3):277-290.
Serafim MPS, Gomes KM, Silva DM, Brunél JL. Perfil das crianças usuárias do ambulatório de saúde mental do município de Içara-SC. Estudos Interdisciplinares em Psicologia. 2019; 10 (2): 192-209. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n2p192.
Gomes Junior SS, Santo GLE, Pereira GO, Silva VYB, Mendonça LR, Barbosa NM et al. Perfil das crianças atendidas em um ambulatório médico universitário. Revista Foco. 2023; 16(7): 1-13. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v16n7-030.
World Health Organization. Survive and Thrive: transforming care for Every small and sick newborn. Key Findings. Geneva: World Health Organization; 2019. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/326495/9789241515887-eng.pdf?sequence=1.
Anjos CN, Mello CS, Santana JM. Determinantes sociais e biológicos da mortalidade infantil no Recôncavo da Bahia. Revista de Ciências Médicas e Biológicas. 2021; 20(2): 259-268. http://dx.doi.org/10.9771/cmbio.v20i2.43700.
Rumor PCF, Heidemann ITSB, Souza JB, Manfrini GC, Durand MK, Beckert RAT. Reflections of the social determinants of health on school children’s learning. Rev Esc Enferm USP. 2022;56:e20220345. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2022-0345en.
Brasil. Ministério da Saúde. Datasus: informações de saúde. Estatísticas vitais. Nascidos vivos. 2022. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/.
Trevilato GC, Riquinho DL, Mesquita MO, Rosset I, Augusto LGS, Nunes LN. Anomalias congênitas na perspectiva dos determinantes sociais da saúde. Cad. Saúde Pública. 2022; 38(1): e00037021. https://doi.org/10.1590/0102-311X00037021.
Cosme HW, Lima LS, Barbosa LG. Prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em recém-nascidos do município de São Paulo no período de 2010 a 2014. Rev Paul Pediatr. 2017; 35(1): 33-38. http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;1;00002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2019_vigilancia_fatores_risco.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2023: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2023. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-brasil-2023-vigilancia-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas-por-inquerito-telefonico.
Souza CM, Iser BM, Malta DC. Diabetes gestacional autorreferido – uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde. Cad saúde colet. 2023; 31(3): e31030043. https://doi.org/10.1590/1414-462X202331030043.
Pedrini DB, Cunha MLC, Breigeiron MK. Estado nutricional materno no diabetes mellitus e características neonatais ao nascimento. Rev Bras Enferm. 2020; 73(suppl 4): e20181000. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-1000.
Sampaio AFS, Rocha MJF, Leal EAS. Gestação de alto risco: perfil clínico-epidemiológico das gestantes atendidas no serviço de pré-natal da maternidade pública de Rio Branco, Acre. Rev Bras Saude Mater Infant. 2018; 18(3): 567-575. https://doi.org/10.1590/1806-93042018000300007.
Pedraza DF, Lins ACL. Complicações clínicas na gravidez: uma revisão sistemática de estudos com gestantes brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva. 2021; 26(Supl. 3): 5329-5350. https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.33202019.
Zirr GM, Mendonça CS. Internações por condições sensíveis à atenção primária no município de Gramado/RS. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2023;18(45):3530. https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3530www.rbmfc.org.brISSN 2197-7994.
Alves JB, Gabani FL, Ferrari RAP, Tacla MTGM, Linck Júnior A. Neonatal sepsis: mortality in a municipaly in Southern Brazil, 2000 to 2013. Rev. Paul. Pediatr. 2018; 36(2): 132-140. https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00001.
Araújo MAL, Esteves ABB, Rocha AFB, Silva Junior GB da, Miranda AE. Factors associated with prematurity in reported cases of congenital syphilis. Rev Saúde Pública. 2021;55:28. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055002400.
Araújo MAL, Andrade RFV, Barros VL de, Bertoncini PMRP. Factors associated with unfavorable outcomes caused by Syphilis infection in pregnancy. Rev Bras Saude Mater Infant. 2019;19(2):411-9. https://doi.org/10.1590/1806-93042019000200009.
Ferreira Junior AR, Albuquerque RAS, Aragão SR, Rodrigues MENG. Perfil epidemiológico de mães e recém-nascidos prematuros. Rev Enferm Contemp. 2018; 7(1): 6-12. https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v7i1.1159.
Rosa NP, Mistura C, Leivas DVP, Veiga TM, Neves ET, Pereira LD. Fatores de riscos e causas relacionados à prematuridade de recém-nascidos em uma instituição hospitalar. Research, Society and Development. 2021; 10(9):e55610918431. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18431.
Blencowe H, Cousens S, Oestergaard MZ, Chou D, Moller AB, Narwal R et al. National, regional and worldwide estimates of preterm birth rates in the year of 2010 with time trends since 1990 for selected countries: a systematic analisys and implications. Lancet. 2012; 379(9832): 2162-72. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60820-4.
Salge AKM, Vieira AVC, Aguiar AKA, Lobo SF, Xavier RM, Zatta LT. Fatores maternos e neonatais associados à prematuridade. Rev. Eletr. Enferm. 2009; 11(3): 642-646. https://doi.org/10.5216/ree.v11.47198.
Cruz AAMB, Santos LC, Minharro MCO, Romanholi RMZ, Prearo AY, Alencar RA. Fatores de natureza social associados ao risco de prematuridade em município paulista. Acta Paul Enferm. 2023; 36: eAPE00632. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2023AO00632.
Marques BL, Tomasi YT, Saraiva S dos S, Boing AF, Geremia DS. Orientações às gestantes no pré-natal: a importância do cuidado compartilhado na atenção primária em saúde. Esc Anna Nery. 2021;25(1):e20200098. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0098.
Leal M do C, Esteves-Pereira AP, Viellas EF, Domingues RMSM, Gama SGN da. Prenatal care in the Brazilian public health services. Rev Saúde Pública. 2020;54:08. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001458.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Saúde e Pesquisa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.