Utilização da Ventilação Mecânica Não Invasiva no Pós-Operatório de Ressecção Pulmonar

  • Ana Isabela Morsch Passos Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Letícia Baltieri Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
  • Fernanda Diório Masi Galhardo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Lígia dos Santos Roceto Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Luciana Castilho Figueiredo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Ivan Felizardo Contrera Toro Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Palavras-chave: Neoplasias Pulmonares, Ventilação Mecânica, Fisioterapia, Espirometria

Resumo

A ressecção pulmonar, principal terapêutica do câncer de pulmão, é associada com complicações que podem ser atenuadas pelo uso de ventilação mecânica não invasiva (VMNI). O objetivo foi investigar os efeitos do uso da VMNI associada à fisioterapia convencional em pacientes submetidos à ressecção pulmonar por neoplasia. Foram incluídos pacientes com neoplasia de pulmão, submetidos à lobectomia, bilobectomia ou pneumonectomia. No pré-operatório foram submetidos à avaliação e foram coletadas variáveis espirométricas, pressões respiratórias máximas (PImáx e PEmáx) e pico de fluxo expiratório (PFE); realizaram fisioterapia convencional e VMNI (por duas horas), modo Bilevel, do pós-operatório imediato (POi) ao segundo PO, em um total de cinco sessões. Mensuradas pressão arterial média e frequência cardíaca nos minutos 0, 5º, 10º, 15º, 30º, 45º, 90º e 120º após início do protocolo. Mensurados PImáx, PEmáx, PFE e ventilometria todos os dias de atendimento. No quinto PO foram reavaliados. Foram incluídos 12 pacientes com idade média de 58,91±9,52 anos. Houve diferença estatisticamente significante para CVF e VEF1, com queda dos valores do pré ao quinto pós-operatório. Também houve queda estatisticamente significante da PImáx, PEmáx e PFE do pré-operatório ao PO imediato, porém, com retorno aos valores prévios da PImáx e PEmáx no PO5. Na análise das variáveis hemodinâmicas durante a aplicação da VMNI nos diferentes tempos, foi observada variação dos valores dentro das faixas de normalidade. Conclui-se que o uso da VMNI no pós-operatório de ressecção pulmonar por neoplasia pode ser um recurso coadjuvante com boa evolução no tratamento destes pacientes, sem alterações hemodinâmicas importantes.

Biografia do Autor

Ana Isabela Morsch Passos, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Fisioterapeuta, Doutoranda em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP.
Letícia Baltieri, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Fisioterapeuta, Doutoranda em Ciências da Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, SP.
Fernanda Diório Masi Galhardo, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Fisioterapeuta, Mestranda em Ciências da Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP.
Lígia dos Santos Roceto, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP.
Luciana Castilho Figueiredo, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Fisioterapeuta Doutora em Cirurgia, Coordenadora do curso de Aprimoramento em Fisioterapia em UTI da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP
Ivan Felizardo Contrera Toro, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Médico, Doutor, Docente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Departamento de Cirurgia
Publicado
2013-11-14
Seção
Artigos Originais