Acolhimento com classificação de risco em um hospital da rede pública: percepção dos usuários

  • Elaine Cristina Santos Garcia Moreno Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
  • Flavia Maria dos Santos Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
  • Déborah Danielle Tertuliano Marinho Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
  • José Marcos de Jesus Santos Graduando em Enfermagem e Bolsista PIBIC na Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-5122-1469
  • Jéssica Oliveira da Cunha Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Palavras-chave: Acolhimento, Hospitais, Cuidados de enfermagem.

Resumo

O objetivo deste estudo foi conhecer a percepção dos usuários quanto ao acolhimento com classificação de risco em um hospital público. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, com abordagens descritiva e analítica, realizado por meio de entrevista com 80 usuários de um hospital público em Itabaiana, Sergipe. Os resultados mostraram que, dentre os participantes que já haviam passado por atendimento médico na unidade hospitalar (n= 72), somente 19,4% (n= 14) referiram conhecimento sobre o que seria a classificação de risco. O tempo de espera ≥ 1 hora foi referido por 16,3% (n= 13) dos participantes. A maioria foi atendida por técnicos de enfermagem (65%; n= 52) e apenas 3,8% (n= 3) disseram ter recebido informação sobre a classificação de risco recebida. Ainda assim, muitos usuários mostraram-se satisfeitos com este atendimento. Concluiu-se que os usuários desconhecem o significado da classificação de risco na priorização dos atendimentos à saúde.

Biografia do Autor

Elaine Cristina Santos Garcia Moreno, Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Flavia Maria dos Santos, Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Déborah Danielle Tertuliano Marinho, Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraíba (2007) e Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Professora do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ (2012) e Enfermeira do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Atualmente é professora e doutoranda na Universidade Federal de Sergipe.
José Marcos de Jesus Santos, Graduando em Enfermagem e Bolsista PIBIC na Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Graduando em Enfermagem, participante de projetos de pesquisa e extensão universitária (PIBIC/CNPq, PROEXT-MEC/SESu e PIBIXs) e monitor de laboratório morfofuncional e microscopia na Universidade Federal de Sergipe - Campus Lagarto.
Jéssica Oliveira da Cunha, Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.
Enfermeira pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto, Sergipe, Brasil.

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Publicado
2018-05-02
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde