Atividade física relacionada aos sintomas depressivos e estado cognitivo de idosas

  • Alessandra Zappelini Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Lucia Maria Andreis Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Joseani Paulini Neves Simas
  • Gabryelle Zanini Gongora Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Maria Julia Parcias do Rosário Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Silvia Rosane Parcias Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Palavras-chave: Atividade motora, Depressão, Cognição, Envelhecimento, Centros de convivência e lazer

Resumo

O estudo teve como objetivo relacionar a atividade física com sintomas depressivos e estado cognitivo de idosas de um grupo de convivência. Foi caracterizados como retrospectivo documental. A amostra foi composta por 76 idosas com média de idade de 68,95±6,07 anos. Os dados foram obtidos por meio de um questionário de identificação pessoal e socioeconômico; Questionário Internacional de Atividade Física, versão curta; Escala de Depressão Geriátrica e Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Foi usada estatística descritiva e inferencial (testes Mann-Whitney e Spearman). A maioria das idosas era ativa/muito ativa (76,3%) e não apresentava sintomas depressivos (73,7%). Quase a totalidade (98,7%) não apresentava déficit cognitivo. Na correlação dos minutos de atividade física moderada/vigorosa com a idade, sintomas depressivos e estado cognitivo, a variável idade apresentou resultado estatisticamente significativo (p=0,012). Conclui-se que o nível de atividade física diminuiu com o avançar da idade. Idosas que praticavam mais minutos de atividade física semanal tinham menos sintomas depressivos e melhor estado cognitivo.

Biografia do Autor

Alessandra Zappelini, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (SC), Brasil.
Lucia Maria Andreis, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Doutoranda em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis (SC), Brasil.
Joseani Paulini Neves Simas
Doutoranda em Motricidade Humana pela Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal.
Gabryelle Zanini Gongora, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis (SC), Brasil.
Maria Julia Parcias do Rosário, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
Graduada em Medicina pela Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão (SC), Brasil.
Silvia Rosane Parcias, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Doutora em Psiquiatria, Neurologia y Neurociencias - Universidad de Zaragoza/Es. Docente do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis (SC), Brasil.

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Publicado
2018-02-12
Seção
Artigos Originais