Trauma social em idade avançada
DOI:
https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v10n3p485-492Palavras-chave:
trauma social, dominância social, inclusão/exclusãoResumo
O paradoxo vivido na contemporaneidade permite simultaneamente o convívio entre diferentes gerações, e a potenciação de processos de estigmatização promotores de discriminação. As circunstâncias de violência e exclusão de grande subtileza, a que as pessoas de idade avançada são expostas, têm impactos físicos e psicológicos no seu bem-estar e na sua longevidade. A intensidade da desumanidade neste grupo etário manifesta-se de forma estrutural pela desigualdade social, pela naturalização da pobreza, originando discriminação, de forma interpessoal pela alteração das interações, nas relações sociais quotidianas de forma institucional, na aplicação e ou omissão das políticas sociais. A consignação das pessoas de idade avançada a uma perda significativa de estatuto social e familiar é potenciadora de traumas psicológicos de cariz moral e afetivo, com proporções muito profundas nas vidas deste grupo etário. Ao longo deste artigo serão evidenciadas e discutidas as questões potenciadoras do trauma social nas pessoas de idade avançada, relacionando-as com os processos de economia de mercado provocada pela globalização, que alteraram o modo como estes sujeitos são incluídos e/ou excluídos da sociedade de produção.Downloads
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