Relação da função vesical e marcha em indivíduos com vírus linfotrópico de células T humana tipo 1
DOI:
https://doi.org/10.17765/1983-1870.2018v11n2p213-221Palavras-chave:
Paraparesia espástica, Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde, FisioterapiaResumo
Correlacionar a disfunção da bexiga e a necessidade de assistência na marcha em indivíduos com vírus linfotrópico de células T humana tipo 1. Trata-se de um estudo analítico, observacional e transversal, realizado com 16 pacientes de ambos os sexos, diagnóstico de Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1 (PET/MAH) definitivo, avaliados pela Escala Ponderada de Paraplegia Espástica (EPPE) e caracterizados quanto ao grau de auxílio na marcha por meio dos dispositivos utilizados durante a deambulação. Todos os achados foram codificados pela Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF); aqueles relacionados à função vesical se converteram para o componente funções do corpo e quanto ao auxílio da marcha para atividade e participação. Utilizaram-se os testes G (Aderência), Qui-quadrado e o de correlação de Spearman para análise estatística (p?0,05). A maioria apresentou problema ligeiro para função vesical (b6202.1) e nenhuma dificuldade (d465.0) ou moderada (d465.2) para a necessidade de auxílio na marcha. Houve correlação (p=0,009) entre o auxílio na marcha e a função da bexiga. Assim, os códigos da CIF mostraram que quanto maior a dificuldade de locomoção maior é o problema na função da bexiga.Downloads
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