A experiência de mulheres no pós-parto sobre o planejamento familiar
Resumo
O estudo objetivou analisar a experiência de mulheres no pós-parto, sobre o planejamento familiar. Neste período, a mulher tende a receber menor atenção dos profissionais de saúde, uma vez que os olhares estão mais voltados ao recém-nascido, e as questões relacionadas à sexualidade não recebem atenção. Pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória, realizada com 17 mulheres no período de até um ano pós-parto. Foi utilizada a técnica da entrevista semiestruturada para a coleta de dados e a análise temática de Bardin para a sua organização. Após a análise do material verbal coletado, três categorias emergiram: Gravidez não planejada pela ‘falha’ do método; Consulta puerperal; e Planejamento familiar após o parto. O planejamento familiar preconizado pelo Ministério da Saúde não é compatível com as ações realizadas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Isso porque as mulheres entrevistadas experienciaram, em sua maioria, gravidez indesejada e continuam vulneráveis a adquirir outras futuras gestações.Referências
Almeida APF de, Assis MM de. Efeitos colaterais e alterações fisiológicas relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais hormonais orais. Rev Eletrôn Atualiza Saúde. 2017; 5 (5): 85-93.
Brasil. Lei no 9.263, de 12 de Janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Diário Oficial da União. 12 jan. 1996.
Brasil, Departamento de Atenção Básica. Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva. Cadernos de Atenção Básica. 2010.
Moura LNB de, Gomes KRO. Planejamento familiar: uso dos serviços de saúde por jovens com experiência de gravidez. Cien Saude Colet. 2014; 19 (3): 853-863.
Ayiasi RM, Muhumuza C, Bukenya J, Orach CG. The effect of prenatal counselling on postpartum family planning use among early postpartum women in Masindi and Kiryandongo districts, Uganda. Pan Afr Med J. 2015; 21.
Brunson MR, Klein DA, Olsen CH, Weir LF, Roberts TA. Postpartum contraception: initiation and effectiveness in a large universal healthcare system. Am J Obstet Gynecol [Internet]. Elsevier Inc.; 2017; 217 (1): 55. e1-55.e9. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2017.02.036
Mengesha ZB, Worku AG, Feleke SA. Contraceptive adoption in the extended postpartum period is low in Northwest Ethiopia. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. BMC Pregnancy & Childbirth; 2015; 15 (1): 1-6. Available from: http://dx.doi.org/10.1186/s12884-015-0598-9
Pasha O, Goudar SS, Patel A, Garces A, Esamai F, Chomba E, et al. Postpartum contraceptive use and unmet need for family planning in five low-income countries. 2015; 12 (Suppl 2): 1-7.
Lakatos EM, Marconi M de A. Fundamentos de metodologia científica. Editora Atlas S. A. 2010.
Santos FM. Resenha análise de conteúdo: a visão de Laurence Bardin. Rev Eletrônica Educ [Internet]. 2012; 6 (1): 383-7.
De Coelho EAC, De Andrade MLS, Vitoriano LVT, De Souza JJ, Da Silva DO, Gusmão MEN, et al. Associação entre gravidez não planejada e o contexto socioeconômico de mulheres em área da Estratégia Saúde da Família. ACTA Paul Enferm. 2012.
Pierre LA dos S, Clapis MJ. Planejamento familiar em Unidade de Saúde da Família. Rev Latino-Am Enferm. 2010.
Silva RM da, Araújo KNC de, Bastos LAC, Moura ERF. Planejamento familiar: significado para mulheres em idade reprodutiva. Cien Saude Colet. 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Avaliação normativa do Programa Saúde da Família no Brasil: monitoramento da implantação e funcionamento das equipes de Saúde da Família - 2001/2002. C. Projetos, Programas e Relatórios. 2004.
Brandão ER, Cabral C da S, Ventura M, Paiva SP, Bastos LL, Oliveira NVBV de, et al. “Bomba hormonal”: os riscos da contracepção de emergência na perspectiva dos balconistas de farmácias no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saude Publica. 2016.
Americo CF, Nogueira PSF, Vieira RPR, Bezerra CG, Moura ERF, Lopes MV de O. Conhecimento de usuárias de anticoncepcional oral combinado de baixa dose sobre o método. Rev Lat Am Enfermagem. 2013.
Dourado I, MacCarthy S, Reddy M, Calazans G, Gruskin S. Revisiting the use of condoms in Brazil. Rev Bras Epidemiol [Internet]. 2015;18 (suppl 1):63-88. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000500063&lng=en&tlng=em
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.