Comparação da atividade física e satisfação com a vida em idosos institucionalizados e dos centros dia
Resumo
É de grande importância entender a relação entre atividade física e comportamento sedentário com a satisfação com a vida de idosos. O objetivo deste estudo foi comparar a atividade física e a satisfação com a vida entre idosos institucionalizados e idosos usuários dos Centro Dia. Trata-se de estudo transversal, realizado entre fevereiro a junho de 2017, com 31 idosos de ambos os sexos, sendo 19 institucionalizados e 11 frequentadores de Centro Dia, do município de Maringá, Paraná. Foi utilizado um questionário com questões sociodemográficas, Escala de Satisfação com a vida e o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta. Para a análise dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, Qui-quadrado, exato de Fisher, “U” de Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Spearman. A significância adotada foi de p < 0,05. Os idosos frequentadores dos Centro Dia caminham mais dias por semana (p = 0,001), praticaram mais dias de atividades moderadas por semana (p = 0,039) e mais minutos por dia (p = 0,039), por semana (p = 0,032) destas atividades. O tempo sentado durante a semana apresentou correlação significativa (p < 0,05) e negativa como os minutos de caminhada por dia, os minutos de caminhada por semana e a satisfação com a vida. Já o tempo sentado durante o fim de semana apresentou correlação significativa (p < 0,05) e negativa apenas com os minutos de caminhada por dia. Idosos institucionalizados são menos ativos fisicamente, apesar de ficarem menos tempo sentados durante os fins de semana. Além disso, o comportamento sedentário do idoso é um fator que pode estar relacionado à redução de atividades físicas leves e da satisfação com a vida.Referências
Boccolini CS, Camargo AT da SP. Morbimortalidade por doenças crônicas no Brasil: situação atual e futura. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2016. 25p. (Textos para Discussão).
Mino-León D, Reyes-Morales H, Doubova SV, Pérez-Cuevas R, Giraldo-Rodríguez L, Agudelo-Botero M. Multimorbidity Patterns in Older Adults: An Approach to the Complex Interrelationships Among Chronic Diseases. Arch Med Res. janeiro de 2017; 48 (1): 121-7.
Stenholm S, Westerlund H, Head J, Hyde M, Kawachi I, Pentti J, et al. Comorbidity and Functional Trajectories From Midlife to Old Age: The Health and Retirement Study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. março de 2015; 70 (3): 332-8.
WHO. WHO Global Forum on Innovations for Ageing Populations. 2014.
Ku P-W, Fox KR, Liao Y, Sun W-J, Chen L-J. Prospective associations of objectively assessed physical activity at different intensities with subjective well-being in older adults. Qual Life Res. novembro de 2016; 25 (11): 2909-19.
Almeida LM, Pereira HP, Fernandes HM. Efeitos de diferentes tipos de prática desportiva no bem-estar psicológico de jovens estudantes do ensino profissional. Rev Iberde Psicol Ejerc Dep. 2018; 13 (1): 15-21.
Lima LMM, Santos CSVDB, Almeida MCBMD, Martins MMFPD Ajustamento psicossocial e saúde em idosos: análise de clusters. Revista de Enfermagem Referência. 2008; 1 (16) 9-18.
Parente LF, Cunha M, Galhardo A, Couto M. Autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde na idade avançada. Rev Port Invest Comp Soc. 2017; 4 (1): 3-13.
Diener E. Subjective well-being. Psychol Bull. maio de 1984; 95 (3): 542-75.
Martins E, Fernandes R, Mendes F. Bem-estar subjetivo e atividade física em pessoas idosas. Millenium. 2017; 2 (2): 65-72.
Kolosnitsyna M, Khorkina N, Dorzhiev H. Determinants of Life Satisfaction in Older Russians. Ageing Int. setembro de 2017; 42 (3): 354-73.
Ng ST, Tey NP, Asadullah MN. What matters for life satisfaction among the oldest-old? Evidence from China. Quinn TJ, organizador. PLOS ONE. 10 de fevereiro de 2017; 12 (2): e0171799.
Karadag Arli S, Bakan AB, Varol E, Aslan G. Investigation of pain and life satisfaction in older adults: Pain and life satisfaction. Geriatr Gerontol Int. janeiro de 2018; 18 (1): 5-11.
Delhom I, Gutierrez M, Lucas-Molina B, Meléndez JC. Emotional intelligence in older adults: psychometric properties of the TMMS-24 and relationship with psychological well-being and life satisfaction. Int Psychogeriatr. agosto de 2017; 29 (08): 1327-34.
Macêdo LPV, Vieira GÂDCM, Costa MML. Relation between the functional capacity f the elderly and institutionalization: an integrative review. Cuid Fund. 2018; 10 (2): 542-548.
Alves MB, Menezes MDR, Felzemburg RDM, Silva VA, Amaral JB. Instituições de longa permanência para idosos: aspectos físico-estruturais e organizacionais. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2017; 21 (4): 1-8.
Born T, Boechat NS. Qualidade dos cuidados ao idoso institucionalizado. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. p. 1301-6.
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Seção São Paulo. Instituição de longa permanência para idosos: manual de funcionamento. São Paulo: SBGG; 2003.
Folstein M, Folstein S, Mchugh P. Mini Exame do Estado Mental: um método prático para classificar o estado cognitivo dos pacientes para o clínico. J Pesqui Psiquiátrica. 1975; 12.
Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. setembro de 2003; 61 (3B): 777-81.
Gouveia VV, Chaves SS da S, Oliveira ICP de, Dias MR, Gouveia RSV, Andrade PR d. A utilização do QSG-12 na população geral: estudo de sua validade de construto. Psicol Teor E Pesqui. dezembro de 2003; 19 (3): 241-8.
Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC, et al. Questionário Internacional de Atividade Física (Ipaq): Estudo de Validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2001; 6 (2): 5-18.
Cohen J. Quantitative methods in psychology: a power primer. Psychological Bulletin, v. 112, n. 1, p. 155-159, 1992.
Marmeleira J, Ferreira S, Raimundo A. Physical activity and physical fitness of nursing home residents with cognitive impairment: A pilot study. Exp Gerontol. dezembro de 2017; 100: 63-9.
Fagundes KVDL, Ribeiro ME, Morais Ribeiro JH de, Siepierski CT, Silva JV da, Mendes MA. Entidades de larga permanencia como alternativa para acoger adultos mayores. Rev Salud Pública. 1º de março de 2017; 19 (2): 210-4.
Alves J de C, Freitas EF. Atividade física. In: Freitas EF, Py L, organizadores. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016.
Barreto M da S, Carreira L, Marcon SS. Envelhecimento populacional e doenças crônicas: Reflexões sobre os desafios para o Sistema de Saúde Pública. Rev Kairós Gerontol. 2015; 18 (1): 325-39.
Mankowski RT, Anton SD, Axtell R, Chen S-H, Fielding RA, Glynn NW, et al. Device-Measured Physical Activity As a Predictor of Disability in Mobility-Limited Older Adults. J Am Geriatr Soc. outubro de 2017; 65(10): 2251-6.
Bampton EA, Johnson ST, Vallance JK. Profiles of resistance training behavior and sedentary time among older adults: Associations with health-related quality of life and psychosocial health. Prev Med Rep. 2015; 2: 773-6.
McAuley E, Doerksen SE, Morris KS, Motl RW, Hu L, Wójcicki TR, et al. Pathways from Physical Activity to Quality of Life in Older Women. Ann Behav Med. agosto de 2008; 36 (1): 13-20.
Elavsky S, McAuley E, Motl RW, Konopack JF, Marquez DX, Hu L, et al. Physical activity enhances long-term quality of life in older adults: Efficacy, esteem, and affective influences. Ann Behav Med. outubro de 2005; 30 (2): 138-45.
Withall J, Stathi A, Davis M, Coulson J, Thompson J, Fox K. Objective Indicators of Physical Activity and Sedentary Time and Associations with Subjective Well-Being in Adults Aged 70 and Over. Int J Environ Res Public Health. 02 de janeiro de 2014; 11 (1): 643-56.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.