Epidemiologia das intoxicações medicamentosas registradas no Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas de 2012-2016

Palavras-chave: Envenenamento, Epidemiologia, Preparações farmacêuticas

Resumo

Dentre o universo de substâncias tóxicas, os medicamentos são os mais envolvidos em intoxicações. Em 2016, eles representaram 34% das intoxicações no Brasil. O objetivo foi analisar as intoxicações medicamentosas registradas entre os anos de 2012 a 2016, identificando as possíveis causas. Trata-se de um estudo documental realizado por meio de dados secundários disponíveis no sinitox e de informações contidas em bases de dados. As variáveis analisadas foram a frequência por região, a zona de ocorrência, o sexo, a faixa etária, a circunstância, a evolução dos casos e a frequência de óbitos. Os resultados mostraram que o Sudeste foi a região mais prevalente; o grupo mais atingido foi as mulheres de 20 a 49 anos, seguido de crianças de um a quatro anos; e a tentativa de suicídio como a principal circunstância. Pretende-se direcionar gestores e profissionais de saúde no planejamento de ações preventivas, amenizando esses incidentes e promovendo melhor qualidade de vida para a população.

Biografia do Autor

Ana Beatriz Morais Almeida, Faculdade UNINASSAU
Graduada em Farmácia pela Faculdade UNINASSAU. Centro Universitário de Fortaleza (UNINASSAU), Ceará, Brasil
Gabriela Ferreira Uchoa, Faculdade UNINASSAU
Graduada em Farmácia pela Faculdade UNINASSAU. Centro Universitário de Fortaleza (UNINASSAU), Ceará, Brasil.
Alyne Mara Rodrigues Carvalho, Universidade Federal do Ceará e Faculdade UNINASSAU
Mestre e doutora em Farmacologia. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM). Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente dos cursos de Farmácia e Enfermagem da Faculdade UNINASSAU Fortaleza, Ceará, Brasil.
Leonardo Freire Vasconcelos, Faculdade UNINASSAU Fortaleza
Doutor em Biotecnologia em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde. Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente dos cursos de Fisioterapia e Psicologia da Faculdade UNINASSAU Fortaleza, Ceará, Brasil.
Diego Silva Medeiros, Universidade Estadual do Ceará
Doutorando em Sociologia. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
Malena Gadelha Cavalcante, Universidade Federal do Ceará e Faculdade UNINASSAU
Farmacêutica. Mestre em Ciências Médicas. Docente da Faculdade UNINASSAU, Brasil.

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Publicado
2020-06-12
Seção
Artigos Originais