Representações sociais da violência de trânsito e aspectos psicossociais relacionados

Autores

  • Andréia Isabel Giacomozzi Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Andréa Barbará da Silva Bousfield Universidade Federal de Santa Catarina
  • Juliana Gomes Fiorott Universidade Federal de Santa Catarina
  • Maiara Leandro Universidade Federal de Santa Catarina
  • Anderson Silveira Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Bruna Letícia da Silva Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2020v13n1p193-204

Palavras-chave:

Acidentes de Trânsito, Representações sociais, Violência

Resumo

Realizou-se estudo qualitativo, de natureza exploratório-descritiva e de corte transversal, por meio de 50 entrevistas semi-estruturadas com pacientes (45 homens e 5 mulheres) internados em decorrência de acidente de transporte terrestre. Na maioria dos casos o veículo era motocicleta e era o próprio entrevistado quem estava conduzindo-o. O principal motivo do deslocamento era a ida ou volta do trabalho. E em 40 casos não estava chovendo. Sobre violência de trânsito os participantes a representam a partir de uma concepção de que a sociedade como um todo é violenta, e que o trânsito é mais uma das possibilidades de manifestação deste fenômeno, em uma sociedade onde falta educação e respeito para a vida. Tais aspectos principalmente se referem aos motoristas de automóvel, que de certa forma agiriam com “descaso” em relação aos motociclistas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréia Isabel Giacomozzi, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Department of Psychology of the Federal University of Santa Catarina

Andréa Barbará da Silva Bousfield, Universidade Federal de Santa Catarina

Department of the Federal University of Santa Catarina;

Juliana Gomes Fiorott, Universidade Federal de Santa Catarina

Master in Psychology by the Postgraduate Program of Psychology (PPGP) and member of the Laboratory of Social Psychology of Communication and Cognition (LACCOS), Brazil.

Maiara Leandro, Universidade Federal de Santa Catarina

Master in Psychology by the Postgraduate Program of Psychology (PPGP) and member of the Laboratory of Social Psychology of Communication and Cognition (LACCOS), Brazil

Anderson Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Master in Psychology by the Postgraduate Program of Psychology (PPGP) and member of the Laboratory of Social Psychology of Communication and Cognition (LACCOS), Brazil.

Bruna Letícia da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Undergraduate student in Psychology at the Federal University of Santa Catarina, Brazil.

Referências

OMS - World Health Organization. Global status report on road safety. Geneva: World Health Organization. 2018; 323 p.

Ministério da Saúde. Óbitos por acidentes de trânsito diminuem após 10 anos de Lei Seca. 2016. Available at: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43593-10-anos-de-lei-seca-obitos-por-acidentes-de-transito-diminuem-2.

Lima CM, Vasconcelos CH, Mascarenhas MDM, Montenegro MMS, Silva MMA, Souto RMCV. Acidentes de transporte terrestre no Brasil: caracterização das internacões (2014) e óbitos (2000 e 2014), tendências e previsões das taxas de mortalidade (2000-2020). In: Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilancia em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promocão da Saúde. Saúde Brasil 2015/2016: uma análise da situacão de saúde e da epidemia pelo vírus Zika e por outras doencas transmitidas pelo Aedes aegypti.

Waiselfisz, JJ. Mapa da violência 2014. Os jovens no Brasil. Flancos Brasil; 2014.

Scalassara MB, Souza RKT, Soares DFPPS. Características da mortalidade por acidentes de trânsito em localidade da região sul do Brasil. Rev SaudePublica. 2016; 32: 125-132.

Shibata A, Fukuda K. Risk factors of fatality in motor vehicle traffic accidents. AccidAnal Prev. 1994; 26: 391-7.

Hasselberg M, Laflamme L, Weitoft GR. Socioeconomic differences in road traffic injuries during childhood and youth: a closer look at different kinds of road user. J. epidemiol. community health. 2001; 55:858-62.

Lourens PF, Vissers JAMM. Jessurun M. Annual mileage, driving violations and accident involvement in relation to drivers’ sex, age and level of education. Accid Anal Prev. 1999; 31:593-7.

Apostolidis T, DanyLPenséesociale et risquesdans le domaine de la santé : le regard des représentationssociales. PsychologieFrançaise. 2012; 57: 67-81.

Morin M, Apostolidis T, Dany L, Preau M, Spire B. Diagnósticos, intervenções e avaliações psicossociais no campo sanitário e social. In A. S. P. Moreira & B. V. Camargo (ed.). Contribuições para a teoria e o método de estudo das representações Sociais. 253-268. João Pessoa, PB: Ed.da UFPB; 2007.

Jodelet D. Representações sociais: um domínio em expansão. In D. Jodelet (org.). As representações sociais. 17-44. Rio de Janeiro: EdUERJ; 2001;

Moscovici S. A representação social da psicanálise. Álvaro Cabral (trad.). Rio de Janeiro: Zahar editores; 1978.

Guimelli C. Le modèle des schèmescognitifs de base (SCB): méthodes et applications. In: ABRIC, J.C (Org.), Méthodesd’études des représentationssociales. Saint Agne: Érès. 2003; 119-143.

Flament C, Rouquette ML. Anatomie des idéesordinaire: comment étudier les représentationssociales. Paris: Armand Colin; 2003.

Camargo BV, Justo AM. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temaspsicol. 2013; 21 (2): 513-518.

Marchand P, Ratinaud P. L’analyse de similitude appliqueéaux corpus textueles: les primairessocialistes pour l’electionprésidentiellefrançaise. In: Actes des 11eme Journéesinternationalesd’Analysestatistique des DonnéesTextuelles. (687–699). Presented at the 11eme Journéesinternationalesd’Analysestatistique des DonnéesTextuelles. JADT. Liège, Belgique; 2012.

Ratinaud P, Marchand P. Application de la méthode ALCESTE à de “gros” corpus et stabilité des “mondes lexicaux”: analyse du “CableGate” avec IraMuTeQ. In: Actes des 11eme Journéesinternationalesd’Analysestatistique des DonnéesTextuelles (835–844). Presented at the 11eme Journéesinternationalesd’Analysesstatistique des DonnéesTextuelles. JADT. Liège; 2012.

Veloz MCT, Nascimento-Schulze CM, Camargo BV. Representações sociais do envelhecimento.Psicol. Reflex. Crit. 1999; 2(12): 479-501.

Silveira JZM, Souza JC. Sequelas de acidentes de trânsito e impactos na qualidade de vida. Rev. Saúde e Pesqui. 2016; 9 (2): 373-380.

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Folha informativa - Acidentes de trânsito. 2019. Available at: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5147:acidentes-de-transito-folha-informativa&Itemid=779

Valent F, Schiava F, Savonitto C, Gallo T, Brusaferro S, Barbone F. Risk factors for fatal road traffic accidents in Udine, Italy. Accident Analysis and Preventions. 2002; 34: 71-84.

Yau KKW, Lo HP, Fung SHH. Multiple-vehicle traffic accidents in Hong Kong. Accident Analysis and Prevention. 2006; 38: 1157–1161.

Kim K, Brunner IM, Yamashita E. Modeling fault among accident-involved pedestrians and motorists in Hawaii. Accident Analysis and Prevention. 2008; 40: 2043-2049.

Palácio MAG, Inhoti PA, Palácio SG. Acidentes e doenças do trabalhorelacionadas a trabalhadores da área de transportes de carga no Brasil no período de 2010 e 2011.Rev. Saúde e Pesqui. 2015; 8 (3): 451-460.

Alves EF. Características dos acidentes de trânsito com vítimas de atropelamento no município de Maringá - PR, 2005/2008.Rev. Saúde e Pesqui. 2010; 3 (1): 25-32.

Brasil. Ministério da Previdência Social (BR). Anuário estatístico de acidente de trabalho. Brasília: Ministério da Prevideência Social. 2015; 991 p.

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Acidentes de transporte relacionados ao trabalho no Brasil, 2007 a 2016. 2018; (49).

Neri MC. A nova classe média: O lado brilhante dos pobres. Rio de Janeiro: FGV/CPS; 2010.

Iversen H, Rundm T. Attitudes towards traffic safety, driving behaviour and accident involvement among the Norwegian public. Ergonomics. 2004; 47: 555-572.

Sümer N. Personality and behavioral predictors of traffic accidents: testing a contextual mediated model. Accident Analysis & Prevention. 2003; 35: 949-964.

Felix FEG, Nascimento EGC. Adesão a equipamentos de segurança no trânsitopormulheres. Rev. Saúde e Pesqui. 2018; 11 (2): 369-375.

Gibbs JP. Deterrence Theory and Research Jack P. Gibbs. The law as a behavioral instrument. 1986; 33: 87.

Homel R. Policing and punishing the drinking driver: a study of general and specific deterrence. Springer Science & Business Media; 2012.

Høye A. Speed cameras, section control, and kangaroo jumps–a meta-analysis. Accident Analysis & Prevention. 2014; 73: 200–208. https://doi.org/10.1016/

Kergoat M, Delhomme P, Meyer T. Appraisal of speed-enforcement warning messages among Young drivers: Influence of automatic versus human speed enforcement in a known or unknown location. Transportation Research Part F: Traffic Psychology and Behaviour. 2001; 46: 177-194.

Fleiter JJ, Lennon A, Watson B. Como as outras pessoas influenciam sua velocidade de condução? Explorando o ‘quem’ e o ‘como’ das influências sociais no excesso de velocidade a partir de uma perspectiva qualitativa. Parte F da pesquisa do transporte: Psicologia e comportamento do tráfego. 2010; 13(1): 49-62.

Cross CP, Copping LT, Campbell A. Sex differences in impulsivity: A meta-analysis. Psychological Bulletin. 2011; 137:97–130. https://doi.org/10.1037/a0021591

Farr RM. As raízes da psicologia social moderna. Petrópolis: Vozes; 2002.

Doise W. Les représentationssociales. In C. Bonnet, R. Ghiglione and T. F. Richard (Eds.), Traitéde psychologie cognitive. 1990; vol III: 111- 174. Paris: Dunod.

Moscovici S. A Psicanálise, Sua imagem e seu público. 10. ed: 1976. Paris PUF; 1961.

Moscovici, S. Social influence and social change. Vol. 10. Academic Press; 1976.

Sherif M. Social interaction: Process and products. Routledge; 2017.

Doise W.L’ancragedans les études sur les représentationssociales. Bulletin de psychologie. 1992; 45: 189-195.

Jodelet D. Le corps, la persone et autrui. Psychologie sociale dês relations à autrui. 1994; 41-68.

Doise W. Les représentationssociales: définition d’un concept. Connexions. 1985; 45:243-253.

Rouquette ML. Representações e práticas sociais: alguns elementos teóricos. Estudosinterdisciplinares de representação social. 1998; 2:39-46.

Deschamps JC, Moliner P. As representações sociais. A identidade em Psicologia Social: dos processos identitários às representações sociais. 2009; 125-140.

Jodelet D. Social representations: the beautiful invention. Journal for the Theory of Social Behaviour. 2008; 38:411-430.

Moscovici S. A invenção da sociedade: sociologia e psicologia. Petrópolis, RJ: Vozes; 2011.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-03-02

Como Citar

Giacomozzi, A. I., Bousfield, A. B. da S., Fiorott, J. G., Leandro, M., Silveira, A., & Silva, B. L. da. (2020). Representações sociais da violência de trânsito e aspectos psicossociais relacionados. Saúde E Pesquisa, 13(1), 193–204. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2020v13n1p193-204

Edição

Seção

Artigos Originais