Infestação pelo mosquito Aedes albopictus em um Município da Região Oeste de Santa Catarina
Resumo
O mosquito Aedes albopictus possui ampla distribuição em regiões tropicais, bem como nos países de clima temperado e tem sido apontado pela literatura científica como importante para a saúde pública. Observa-se a carência de estudos acerca da infestação, dispersão e a associação da espécie com o grau de urbanização, criadouros, tipos de imóveis e sazonalidade. Este estudo teve como objetivos, dentre outros, analisar a evolução da infestação por A. albopictus ao longo de um gradiente de urbanização. O estudo teve como referência geográfica o município de Chapecó (SC). Para avaliar a dispersão e a flutuação populacional foi criado um gradiente de urbanização. Para avaliar a tendência da infestação em cada região no período, foram utilizadas análises de regressão linear. A infestação pelo mosquito foi maior nas regiões periurbanas e rurais e menor nas regiões mais urbanizadas. Os resultados encontrados são relevantes no planejamento e na implantação de ações de prevenção das arboviroses transmitidas.Referências
Tchetgna HS, Ouilibona RS, Nkili-Meyong AA, Caron M, Labouba I, Selekon B, Njouom R, Leroy EM, et al. Viral Exploration of Negative Acute Febrile Cases Observed during Chikungunya Outbreaks in Gabon. Intervirology. 2018; 61: 174-184.
Marini F, Caputo B, Pombi M, Travaglio M, Montarsi F, Drago A, et al. Estimating Spatio-Temporal Dynamics of Aedes albopictus Dispersal to Guide Control Interventions in Case of Exotic Arboviruses in Temperate Regions. Scientific Rep. 2019; 9(10281): 1-9.
Cavalcante KRLJ, Tauil PL. Características epidemiológicas da febre amarela no Brasil, 2000-2012. Epidemiol. Serv. Saúde. 2016; 25(1): 11-20.
Johansen IC, Carmo RL, Alves LC. Desigualdade social intraurbana: implicações sobre a epidemia de dengue em Campinas, SP, em 2014. Cad. Metróp. 2016; 18(36): 421-440.
Santos RLC. Atualização da distribuição de Aedes albopictus no Brasil (1997-2002). Rev. Saúde Publica. 2003; 37(5): 1-4.
Saraiva JF, Maitra A, Galardo AKR, Scarpassa VM. First record of Aedes (Stegomyia) albopictus in the state of Amapá, northern Brazil. Acta Amaz. 2019; 49(1): 71-74.
Vega-Rúa A, Zouache K, Girod, R, Failloux AB, Lourenço-de-oliveira R. High vector competence of Aedes aegypti and Aedes albopictus from ten American countries as a crucial factor of the spread of Chikungunya. J. Virol. 2014; 88(11): 6294-6306.
Zequi JAC, Oliveira AA, Santos FP, Lopes J. Monitoramento e controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e Aedes albopictus (Skuse, 1984) com uso de ovitrampas. Semina: Ciênc. Biol. Saúde. 2018; 2: 93-102.
Egwu O, Ohaeri CC, Amaechi EC, Ehisianya CN. Distribution and abundance of mosquito larvae in Ohafia, Abia State, Nigeria. Cuad. Inv. UNED. 2018; 10(2): 379-385.
Dittmer J, Alafndi A, Gabrieli P. Fat body–specific vitellogenin expression regulates host-seeking behaviour in the mosquito Aedes albopictus. PLOS Biology. 2019; 9: 1-26.
Diniz DFA. Avaliação da diapausa e quiescência em populações naturais de Aedes aegypti e Aedes albopictus. Tese de doutorado, Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúde. Recife/PE, 2018. 116 p.
Zara ALSA, Santos SM, Fernandes-Oliveira ES, Carvalho RG, Coelho GE. Estratégias de controle de Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiol. Serv. Saúde. 2016; 25(2): 391-404.
Martins VP, Silveira DA, Ramalho IL, Florindo MI. Aedes albopictus no Brasil: aspectos ecológicos e riscos de transmissão da dengue. Entomotrop. 2013; 28: 75-86.
Azevedo RSS, Oliveira CS, Vasconcelos PFC. Risco do chikungunya para o Brasil. Rev. Saúde Pública. 2015; 49(58): 49:58.
Ponnusamy L, Schal C, Wesson DM, Arellano C, Apperson CS. Oviposition responses of Aedes mosquitoes to bacterial isolates from attractive bamboo infusions. Parasites & Vectors. 2015, 8(486): 1-8.
Nogueira CG, Lacerda AMB, Cirino BA, Bezerra WA, Santalucia M, Bastos TSA. Ocorrência anual e sazonalidade de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 e Aedes albopictus (Skuse, 1895) (Diptera: Culicidae) entre 2010 e 2014 no estado de Goiás, Brasil. ARS Vet. 2015, 31(2): 75-75.
Rey J, Lounibos P. Ecología de Aedes aegypti y Aedes albopictus en América y transmisión enfermedades. Biomédica. 2015; 35(2): 177-185.
Lutinski JA, Zanchet B, Guarda C, Constanci C, Friedrich DV, Cechin FTC, et al. Infestação pelo mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) na cidade de Chapecó-SC. Rev. Biotemas. 2013; 26(2): 143-151.
Ibge. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. [internet] 2018 [acesso em 2019 Jul 26]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/ Acesso em: 26 jul. 2019.
Alvares CA, Stape JL, Sentelhas PC, Gonçalves JLM, Sparovek G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorol. Z. 2014; 22(6): 711–728.
Chapecó. Prefeitura de Chapecó. Vigilância em Saúde Ambiental, 2018.
Hammer O, Harper DAT, RIAN PD. Past: Palaeonthological statistics software package for education and data analysis. Versão. 1.37, 2001.
Miller BR, Ballinger ME. Aedes albopictus mosquitoes introduced into Brazil: vector competence for yellow fever and dengue viruses. Trans. Royal Soc. Trop. Med. Hyg. 1988; 82: 476-7.
Montagner FRG, Silva OS, Jahnke SM. Ocorrência de espécies de mosquitos associada à composição de paisagem em áreas verdes urbanas. Braz. J. Biol. 2018; 78(2): 233-239.
Urbinatti PR, Menezes RMT, Natal D. Sazonalidade de Aedes albopictus em área protegida na cidade de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde Pública. 2007; 41(3): 478-481.
Custódio JMO, Nogueira LMS, Souza DA, Fernandes MF, Oshiro ET, Oliveira E, et al. Abiotic factors and population dynamic of Aedes aegypti and Aedes albopictus in an endemic area of dengue in Brazil. Rev. Inst. Med. Trop. Sao Paulo. 2019; 61(18): 1-9.
Medeiros-Sousa AR, Ceretti-Junior W, Urbinatti PR, Natal D, Carvalho GC, Paula MB, et al. Mosquito (Diptera: Culicidae) survey in parks of São Paulo City I. Biota Neotrop. 2013; 13(1): 317-321.
Cruz-Francisco V, Veda-Moreno DI, Valdes-Murillo A. Aspectos ecológicos de la incidencia larval de mosquitos (Diptera: Culicidae) en Tuxpan, Veracruz, México. Rev. Col. Entomol. 2012; 38(1): 128-133.
Oliveira VC, Almeida Neto LC. Ocorrência de Aedes aegypti e Aedes albopictus em bromélias cultivadas no Jardim Botânico Municipal de Bauru, São Paulo, Brasil. Cad. de Saúde Pública. 2017; 33(1): 1-7.
Martins VEP, Alencar CHM, Facó PEG, Dutra RF, Alves CR, Pontes RJS, et al. Distribuição espacial e características dos criadouros de Aedes albopictus e Aedes aegypti em Fortaleza, Estado do Ceará. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2010; 43(1): 73-77.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.