Cinco semanas de pré-temporada alteram o consumo máximo de oxigênio e a composição corporal de futebolistas?

Palavras-chave: Esporte, Futebol, Profissional, Vo2máximo, Desempenho físico

Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar as alterações do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e da composição corporal de atletas profissionais de futebol após cinco semanas de pré-temporada. A amostra foi composta por atletas profissionais de futebol do sexo masculino participantes da série A1 primeira divisão do campeonato pernambucano do ano 2019 (n=22; idade: 24,0±3,6 anos). Foi avaliado, na pré-temporada e após cinco semanas de treinamento, o VO2max através do teste de 1600m, bem como variáveis antropométricas e um teste t pareado foi aplicado para verificar a diferença entre as médias pré vs. pós-treinamento. Houve melhora significativa nas varáveis analisadas com redução no índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura-estatura (Rcest), percentual de gordura corporal e aumento no Vo2máx após cinco semanas de treinamento específico para jogadores de futebol profissional na fase de preparação física inicial (<0.05). Conclui-se que cinco semanas de preparação física em jogadores de futebol profissional foram suficientes para o aumento do VO2max e a redução de variáveis da composição corporal (IMC, CC, Rcest e percentual de gordura dos atletas).

Biografia do Autor

Reginaldo Luiz do Nascimento, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Brasil.
Manoel da Cunha Costa, Universidade de Pernambuco - UPE
Universidade de Pernambuco (UPE) Brasil.
Flavio de Souza Araujo, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) Brasil.
Mayardo Fanuel Silva Gomes, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Brasil.
William Lima da Silva, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Brasil.
Jorge Luiz de Brito-Gomes, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Brasil.
Ferdinando Oliveira Carvalho, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Brasil

Referências

Pedrinelli A, Cunha-Filho GAR, Thiele ES, Kullak OP. Estudo epidemiológico das lesões no futebol profissional durante a Copa América de 2011, Argentina. Rev Bras Ortop. 2013; 48(2): 131-6.

Ribeiro F, Matos DG, Aidar FJ, Matos JAB, Marins JCB, Silva AJ, Reis VM. Características Cineantropométricas de Jogadores de Futebol Profissionais de Minas Gerais: Comparações em Diferentes Posições. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. 2011; 9(30): 9-16.

Oliveira L, Holanda VSB, Brito-Gomes JL, Pontes NEC, Souza GG, Aniceto RR, Pérez-Gómez J. Are there any differences in the agility performance tests among goalkeepers depending on the type of surface? A crossover study. Hum Mov. 2019; 20(4):59–67.

Koundourakis NE, Androulakis NE, Malliaraki N, Tsatsanis C, Venihaki M, Margioris AN. Discrepancy between exercise performance, body composition, and sex steroid response after a six-week detraining period in professional soccer players. PLoS ONE. 2014; 9(2): e87803.

Perrier-Melo RJ, Gusmão VJAG, Oliveira LIGL, Brito-Gomes JL, Oliveira SFM, Costa MC. A frequência de treino semanal pode interferir no condicionamento atlético de jogadoras de futebol? - Revista Brasileira do Esporte Coletivo. 2017; 1(1): 29-32.

Sousa S, Rodrigues EQ, Cintra-Filho DA. Relações entre composição corporal e desempenho anaeróbio em jovens futebolistas. Rev. Bras. Cien e Mov. – 2013; 21(4): 121-6.

Rossetto A, Laux RC, Zanini D, Zawadzki P. Características Antropométricas e da Composição Corporal de Jovens Jogadores de Futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, São Paulo. 2017; 9(34): 308-13.

González-Mendoza RG, Gaytán-González A, Jiménez-Alvarado JÁ, Villegas-Balcázar M, Jáuregui-Ulloa AA, Torres-Naranjo F, López-Taylor JR. Accuracy of anthropometric equations to estimate DXA-Derived skeletal muscle mass in professional male soccer players. Journal of Sports Medicine. 2019; 1-6: ID 4387636.

Petreça DG, Junior EDB, Becker E. Comparação da composição corporal de atletas profissionais de futsal e futebol de campo. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, São Paulo. 2017; 9(33): 180-189.

Almeida JÁ, Campbell CSG, Pardono E, Sotero RC, Magalhães G, Simões HG. Validação de Equações de Predição em Estimar o Vo2max de Brasileiros Jovens a Partir do Desempenho em Corrida de 1.600m. Rev Bras Med Esporte. 2010; 16(1): 57-60.

Perrier-Melo RJ, Barbosa RR, Brito-Gomes JL, Oliveira SFM, Fortes LS, Costa MC. Análise comparativa da potência aeróbia máxima em jogadoras de futebol de acordo com as posições do sistema de jogo. ConScientiae Saúde. 2018; 17(4):463-8.

Batista MB, Cyrino ES, Milanez VL, Silva MJC, Arruda M, Ronque ERV. Estimativa do consumo máximo de oxigênio e análise de concordância entre medida direta e predita por diferentes testes de campo - Rev Bras Med Esporte. 2013; 19(6): 404-9.

Perim RR, Signorelli GR, Araújo CGS. Stability of relative oxygen pulse curve during repeated maximal cardiopulmonary testing in professional soccer players. Braz J Med Biol Res. 2011; 44(7): 700-6.

Silva CGS, Castro CLB, Franca JF, Bottino A, Myers J, Araujo CGS. Ponto Ótimo Cardiorrespiratório em Futebolistas Profissionais: Uma Nova Variável Submáxima do Exercício - International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018; 31(4):323-332.

Manna I, Kranna GL, Dhara PC. Effect of training on physiological and biochemical variables of soccer players of different age groups. Asian Journal of Sports Medicine. 2010; 1(1): 5-22.

Oliveira SFM, Oliveira LMFT, Brito-Gomes JL, Melo RJP, Costa MC, Guimarães FJSP. Comparação de Dois Testes Indiretos Anaeróbicos em Futebolistas Profissionais e Suas Correlações com o Desempenho Aeróbico. Rev Bras Ciênc Esporte. 2017; 39(3): 307-13.

Voltarelli FA, Fett CA, Coelho CF, Ravagnani FCP. Consumo Máximo de Oxigênio em Atletas de Futebol por Meio de Diferentes Métodos. Rev Bras Med Esporte. 2011; 17(6): 385-8.

Silva DAS, Pelegrini A, Pires-Neto CS, Vieira MFS, Petrosky EL. O Antropometrista na busca de dados mais confiáveis. Rev Bras Cienantropom Desempenho Hum. 2011; 13(1):82-5.

Barbalho MSM, Novoa HJD, Amaral JC. Consumo máximo de oxigênio (Vo2) em atletas de futebol profissionais de diferentes posições de jogo. Revista Brasileira de Futsal e Futebol – São Paulo. 2017; 9(32): 37-41.

Silva JF, Dittrich N, Guglielmo LGA. Avaliação aeróbia no futebol. Rev Bras Cienantropom Desempenho Hum. 2011; 13(5): 384-391.

Reinke S, Karhausen T, Doehner W, Taylor W, Hottenrott K, et al. The influence of recovery and training phases on body composition, peripheral vascular function and immune system of professional soccer players. PLoS ONE. 2009; 4(3): e4910. doi:10.1371.

Gonçalves LS, Souza EB, Oliveira EP, Burini RC. Perfil antropométrico e consumo alimentar de jogadores de futebol profissional. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva – São Paulo. 2015; 9(54): 587-596.

Rosa, ASP. Comparação do perfil antropométrico: peso, altura e imc de atletas do Santos futebol clube profissional e sub-20. Revista Brasileira de Futsal e Futebol - São Paulo. 2011; 3(8): 123-126.

Prado WL, Botero JP, Guerra RLF, Rodrigues CL, Cuvellos LC, Dâmaso AR. Perfil antropométrico e ingestão de macronutrientes em atletas profissionais brasileiros de futebol, de acordo com suas posições. Rev Bras Med Esporte. 2006; 12(2): 61-5.

Publicado
2020-06-12
Seção
Artigos Originais