Sífilis na gravidez: perfil e fatores sociodemográficos associados na Região Noroeste do Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2021v14n3e7772Palavras-chave:
Cuidado pré-natal, Sífilis, Sífilis congênitaResumo
O Brasil está enfrentando uma epidemia de sífilis. No ciclo gravídico-puerperal, a sífilis possui grande incidência, sendo assim considerada um problema de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo realizar a análise temporal e de incidência dos casos gestacionais e congênitos de sífilis em 28 municípios da região noroeste paulista. Trata-se de um estudo observacional, epidemiológico e ecológico desenvolvido com dados secundários coletados entre 2010 e 2017 nas bases públicas do SINAN e SINASC. Os casos relatados de sífilis gestacional/congênita foram descritos conforme as variáveis sociodemográficas, e testes de associação qui-quadrado realizados ao nível de significância de 5%. Encontraram-se 350 casos de sífilis gestacional e 164 casos de sífilis congênita; a taxa média de transmissão vertical foi de 44,09%; parceiros tiveram baixa adesão ao tratamento; e 86,59% das gestantes fizeram pré-natal. Conclui-se que a taxa de transmissão vertical da sífilis é alta, e poucos parceiros de grávidas aderem ao tratamento.Downloads
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