Representações sociais dos usuários de cadeira de rodas

Palavras-chave: Atenção integral à saúde, Inclusão social, Representações sociais, Tecnologia assistiva

Resumo

O uso da cadeira de rodas pode vir carregado de significados peculiares que passam a circundar o mundo de quem necessita de tal tecnologia assistiva. Este estudo objetivou conhecer as representações sociais de pessoas com deficiência física sobre o uso da cadeira de rodas. A pesquisa foi de abordagem qualitativa por meio de entrevista semiestruturada com 10 pessoas com deficiência física que utilizavam tecnologia assistiva e que frequentavam uma clínica de Fisioterapia e um Centro Especializado de Reabilitação. A partir da análise dos resultados emergiu o bloco temático Representações sociais do uso da cadeira de rodas e as categorias: a dependência da cadeira e a independência funcional e a exclusão social diante do uso da cadeira. As formas de ver a utilização de tecnologias assistivas como a cadeira de rodas estão cercadas por conceitos e relações que demarcam a importância da atenção integral à saúde com vistas à inclusão social.

Biografia do Autor

Fabiola Hermes Chesani, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Doutora em Educação Científica e Tecnológica. Professora do Programa de Saúde e Gestão do Trabalho da UNIVALI e do Curso de Fisioterapia da UNIVALI, Itajaí (SC), Brasil.
Pyetra Prestes Negretti, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Fisioterapeuta e Mestranda do Programa de Pós Graduação em Saúde e Gestão do Trabalho da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Itajaí (SC), Brasil.
Carla Santos Grosskopf, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Fisioterapeuta pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Itajaí (SC), Brasil.
Carina Nunes Bossardi, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Doutora em Psicologia. Professora dos Programas de Mestrado em Psicologia e Saúde e Gestão do Trabalho da UNIVALI e do curso de graduação em Psicologia da UNIVALI, Itajaí (SC), Brasil.

Referências

Organização Mundial da Saúde [OMS]. Relatório mundial sobre a deficiência. World report on disability / World Health Organization, The World Bank. Tradução: Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo.2011.

Rodrigues CVC, Leffer A, Chesani FH, Mezadri T, Lacerda LLV de. Functional independence profile of people with physical disabilities. Fisioter. mov. 2019; 32: e003226.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde 2013: Ciclos de vida. Jan 2015: 24-5

Varela RCB, Oliver FC. A utilização de Tecnologia Assistiva na vida cotidiana de crianças com deficiência. Ciênc. Saúde coletiva. 2013; 18(6):1773-84.

Costa VSP, Melo MRAC, Garanhani ML, Fujsawa DS. Representações sociais da cadeira de rodas para a pessoa com lesão da medula espinhal. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2010; 18(4):755-62.

Moscovici S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 6.ed. Petrópolis: Vozes; 2009.

Jodelet, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: Jodelet D (Org.). As representações sociais. Rio de Janeiro: EdUERJ; 2001.

Camargo BC, Justo AM, Jodelet D. Normas, representações sociais e práticas corporais. Interamerican Journal of Psychology. 2010; 44(3): 449-57.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.

Camargo BV, Justo AM, Alves CDB. As funções sociais e as representações sociais em relação ao corpo: uma comparação geracional. Temas psicol. 2011; 19(1): 269-81.

Jodelet D. O movimento de retorno ao sujeito e a abordagem das representações sociais. Sociedade e estado. 2009; 24(3): 679-712.

Ossada VAY, Garanhani MR, Souza RB, Costa VSP. A cadeira de rodas e seus componentes essenciais para a locomoção de pessoas com tetraplegia por lesão da medula espinhal. Acta Fisiátrica. 2014; 21(4):162-6.

Vasquez MM et al. Cadeira de Rodas e Estigma: um estudo preliminar da percepção visual de não-usuários. HFD Revista. 2016; 5(10):3-16.

Mandy A, Chesani FH, Mezadri T. An exploration of the experiences of Brazilian hemiplegic manual wheelchair users. Disability and rehabilitation: assistive technology. 2019; (1):1-6.

Ekiz T, Demir SÖ, Özgirgin N. Wheelchair appropriateness in patients with spinal cord injury: a Turkish experience. Spinal Cord.Ago. 2014; 52(12):901-4.

Jung HS, Park G, Kim YS, Jung HS.Development and evolution of one-hand drivable manual weelchair hemiplegic patients. Appleid ergonomics. 2015; 48:11-21.

Vasco CC, Franco MHP. Indivíduos Paraplégicos e o Significado Construído para a Lesão Medular em suas Vidas. Psicologia: ciênc. e profissão. 2017;37(1):119-31.

Araújo LD, Santos ALSF, Rosa A, Gomes MC. O estágio curricular como práxis pedagógica: representações sociais acerca da criança com deficiência físico-motora entre estudantes de Fisioterapia. Rev. Interface. 2014;18(48):151-64.

Chesani FH, Mezadri T, Lacerda LLV de, Mandy A, Nalin F.A percepção de qualidade de vida de pessoas com deficiência motora: diferenças entre cadeirantes e deambuladores. Fisioter. Pesqui. 2018;25(4):418-24.

Nalin F, Groh VG, Chesani FH, Mezadri T, Lacerda LLV de. Percepção sobre aspectos da acessibilidade da pessoa com deficiência física adquirida, residente no município de Itajaí/SC. Revista Univap. 2019; 25(47):133-45.

Silva PM. A invisibilidade da diferença: a questão da exclusão dos deficientes do mercado de trabalho. Amazon’s Research and Environmental Law. 2014; 2(3):22-41.

Costa, MFL, Souza CTR. Acessibilidade e inclusão de cadeirantes na Universidade Federal do Pará. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação. 2014; 9(2): 459-69.

Publicado
2020-09-01
Seção
Artigos Originais