Autonomia e orientação esportiva no comportamento moral de atletas de rendimento
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2020v13n4p899-908Palavras-chave:
Autonomia, Desempenho atlético, MoralResumo
Este estudo propõe um Modelo Explicativo de Moral no esporte verificando a percepção de autonomia e sua influência no comportamento pró e antissocial nos atletas, mediados pela orientação esportiva. Foram avaliados 180 atletas da Região Sul do Brasil de ambos os sexos participantes em competições nacionais ou internacionais. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Satisfação de Necessidades Básicas no Esporte (BNSSS); Escala Multidimensional de Orientação Esportiva (MSOS); e Escala de Comportamento Pró-social e Antissocial no Esporte (PABSS). Os dados foram analisados por meio de um Modelo de Equações Estruturais. Os atletas apresentaram valores elevados de autonomia, julgamento independente, respeito às regras, convenções sociais e comportamentos pró-sociais, com baixos valores de comportamentos antissociais. O modelo de equações estruturais testado demonstra que a orientação esportiva pode ser uma variável mediadora entre a relação da autonomia e principalmente os comportamentos pró-sociais. Conclui-se que uma moral pós-convencional no esporte associada a um movimento autônomo perpassa uma orientação positiva da prática esportiva.Downloads
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