Capacidade para o trabalho em trabalhadores de um instituto de pesquisa

Palavras-chave: Categorias de trabalhadores, Epidemiologia, Saúde do trabalhador

Resumo

O estudo objetivou avaliar a capacidade para o trabalho (CT) e analisar os fatores associados à capacidade inadequada em funcionários de um instituto de pesquisa, segundo o vínculo empregatício. Realizou-se uma pesquisa transversal com 515 servidores e terceirizados de uma instituição de pesquisa no Estado do Pará. Utilizou-se um questionário com variáveis sociodemográficas, funcionais e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). A média do ICT do grupo dos servidores foi 40,9, e a CT inadequada somou 20,7%. Para os terceirizados, os valores foram 44,3 e 5,1%, respectivamente. A análise múltipla dos servidores mostrou que apenas as variáveis sexo e idade permaneceram significativas. Para os terceirizados, nenhuma variável apresentou significância estatística. As categorias profissionais com maior prevalência de ICT inadequado foram: entre os servidores, os pesquisadores; entre os terceirizados, os trabalhadores da manutenção. Os resultados demonstram que as diferenças existentes entre esses funcionários estão fortemente relacionadas ao vínculo empregatício.

Biografia do Autor

Mariza Brasil de Carvalho, Instituto Evandro Chagas - IEC
Mestre em Odontologia pela UFPA/PA e Analista de gestão em pesquisa e investigação biomédica do Instituto Evandro Chagas (IEC), Ananindeua (PA), Brasil.
Laura Soares Tupinambá, Banco Central do Brasil
Mestre em Gestão e Serviços em Saúde pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e Analista do Banco Central do Brasil (BC), Brasil.
Helder Henrique Costa Pinheiro, Universidade Federal do Pará - UFPA
Doutor em Doenças Tropicais pela UFPA/PA e Docente do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (UFPA), Pará, Brasil.

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Publicado
2020-11-24
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde