Satisfação de pessoas com hipertensão acerca dos atributos da Atenção Primária à Saúde

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Avaliação dos serviços de saúde, Enfermagem, Estratégia saúde da família, Hipertensão, Integralidade em saúde

Resumo

Estudo transversal, que avaliou a satisfação de pessoas com hipertensão acerca dos atributos da Atenção Primaria à Saúde. A coleta de dados ocorreu no primeiro semestre de 2016, utilizando um instrumento desenvolvido e validado, específico para população com hipertensão, que avaliou o acesso ao diagnóstico e ao tratamento; adesão/vínculo; elenco de serviços; coordenação do cuidado; enfoque familiar e orientação comunitária. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial no tratamento das variáveis. Participaram do estudo 417 pessoas com hipertensão, que avaliaram como satisfatório as oito dimensões da atenção básica. A análise de regressão multivariada evidenciou que aqueles com controle pressórico inadequado possuíam maiores chances de avaliar o elenco de serviços e coordenação do cuidado como insatisfatórios. Conclui-se que os serviços ofertados foram avaliados como satisfatório na maioria das dimensões avaliadas, no entanto, as pessoas com inadequação pressórica apontam necessidade de melhoria na coordenação do cuidado e na integralidade dos serviços prestados.

Biografia do Autor

Anderson da Silva Rêgo, Centro Universitário Maringá - Uningá
Enfermeiro. Doutor em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Docente do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Maringá - Uningá, Maringá (PR), Brasil.
Marcelo da Silva, Universidade Cesumar - UniCesumar
Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Docente do curso de Medicina Universidade Maringá – UniCesumar. Maringá (PR), Brasil.
Marcia Glaciela da Cruz Scardoelli, Universidade Cesumar - UniCesumar
Mestre em Enfermagem. Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Docente do curso de Enfermagem e de Medicina da Universidade Cesumar – UniCesumar, Maringá (PR), Brasil.
Rafaely de Cássia Nogueira Sanches, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.
Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad, Universidade Estadual de Londrina - UEL
Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental. Docente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina (PR), Brasil.
Maria Aparecida Salci, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do curso de graduação e pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.
Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Docente do curso de graduação e pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

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Publicado
2021-04-30
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde