Exequibilidade da Técnica de Moiré de sombra na identificação de desvios posturais em escolares

Palavras-chave: Adolescentes, Crianças, Estudos de viabilidade, Topografia de Moiré

Resumo

O objetivo deste estudo foi examinar a exequibilidade do uso da Técnica de Moiré de Sombra (TMS) em triagens periódicas no ambiente escolar e estabelecer o estado da prevalência de desvios posturais em uma escola pública do município do Rio de Janeiro. A amostra se compôs por 304 alunos. O exame da TMS baseou-se na diferença do número de franjas nas regiões dorsal e cintura escapular. A exequibilidade foi identificada considerando-se parâmetros preestabelecidos. Identificaram-se 225 sujeitos com diferença de franjas na região dorsal, e 224 com diferença de franjas na cintura escapular. Quanto à exequibilidade, a amostra foi examinada em sete dias e não houve dificuldades na execução da técnica, no processamento das imagens e nos materiais requeridos. Considerou-se a TMS exequível para triagens populacionais, permitindo exames periódicos em larga escala. A TMS pode ser uma estratégia na implementação de programas de saúde pública na escola, objetivando a melhora da qualidade de vida.

Biografia do Autor

Tainá de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Membro do Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil.
Gustavo Leporace, Instituto Brasil de Tecnologias da Saúde do Rio de Janeiro
Doutor Engenharia Biomédica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil. Coordenador de Pesquisas do Instituto Brasil de Tecnologias da Saúde. Professor Orientador do Programa de Pós-graduação em Radiologia Clínica, Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, São Paulo, Brasil.
Márcia Ramos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ) e Membro do Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil.
Guilherme Locks, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Mestre pela Universidade Gama Filho (UGF) e Professor Assistente do Instituto de Educação Física e Desportos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil.
Rogério Melo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutorando no Programa de Pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Membro do Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil.
Igor Carvalho, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutor em Ciências Médicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Membro do Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil.
Luiz Alberto Batista, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutor em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Docente do programa de Pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

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Publicado
2021-04-30
Seção
Artigos Originais