Trabalho do enfermeiro em unidade hospitalar: entre o prescrito e o real
Palavras-chave:
Enfermeiras e enfermeiros, Medicina clínica, Hospitais universitários, Trabalho, Unidades hospitalares
Resumo
Este estudo teve o objetivo de identificar como ocorre o trabalho prescrito e o trabalho real do enfermeiro em unidade de internação clínica cirúrgica. Uma pesquisa qualitativa, tipo estudo de caso, foi realizada com 12 enfermeiros em unidade de internação clínica cirúrgica. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, observação sistemática e entrevista semiestruturada. Realizou-se análise de conteúdo, sob a perspectiva do referencial da ergologia. Após a análise dos dados, emergiu a categoria “Trabalho do enfermeiro em unidade hospitalar: entre o prescrito e o real”. O trabalho do enfermeiro caracteriza-se por rotinas preestabelecidas e regido por normas e legislações. No entanto, evidencia-se o trabalho real, na medida em que profissional se confronta com dramáticas do uso de si, microgestionando as atividades e efetivando renormalizações. Concluiu-se que o trabalho do enfermeiro é efetivado durante o trabalho real, mas, por vezes, os enfermeiros remetem-se mais a adesão ao trabalho prescrito.Referências
1. Antunes R. A dialética do trabalho II. Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular; 2013. 232 p.
2. Marx, K. O capital: crítica da economia política: livro I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 2016. 571 p.
3. Giovana VP, Divanice C, Simões ALA. Dimensions of the work of the nurse in the hospital setting. Rev Rene. [Internet]. 2014 [cited 2019 Fev 5];15(5):1-11. Available from: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/3237/2492.
4. Schwartz Y. Conceptualizing the work, the visible and invisible. Trab. educ. saúde (Online). [Internet]. 2011 [cited 2019 Jan 5]; 9(1):19 - 45. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1981-77462011000400002&script=sci_abstract&tlng=pt.
5. Schwartz, Y. Manifesto por um ergoengajamento. In: Bendassolli, P.F.; Soboll, L.A. Clínicas do Trabalho: novas perspectivas para a compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas; 2011. 132p.
6. Schwartz Y, Durrive L. Trabalho e ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense; 2010. 185p.
7. Ribeiro JP, Gomes GC, Mota MS, Silva CD, Fuculo JPRoB. Productivity of subjectivity and autonomy of nursing professionals in Pediatrics. Rev. Bras. Enferm. [Internet]. 2019 Fev [citado 2019 Abr 04]; 72(1): 41-48. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672019000700041&lng=pt.
8. Schwartz Y. Motivations of the concept of selfbody: selfbody, activity, experience. Letras de Hoje. [Internet]. 2010 [cited 2019 Fev 5]; 49(3):259 - 274. Available from: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/19102/12151.
9. Schwartz Y, Duc M, Durrive L. Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense; 2010. 362 p.
10. Muniz HP, Santorum KMT, Franca MB. The construction of the concept of selfbody on the work of Yves Schwartz. Fractal, Rev. Psicol. [internet]. 2018 [cited 2018 Dez 5]; 30(2):69-77. Available from:.
11. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 2014. 315 p.
12. Oliveira MH, Silva MMFP. The Visibility of Hygiene Self-Care in Nurse-to-Nurse Shift Change Reports Rev. Latino-Am. Enfermagem. [Internet]. 2011 [cited 2018 Dez 5]; 19(1):131-139. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n1/pt_18.pdf
13. Osório C, Rotenberg L, Araujo TM, Soares R. O trabalho cotidiano em hospitais: o ponto de vista da atividade de enfermagem. Trabalhar na saúde: experiências cotidianas e desafios para a gestão do trabalho e do emprego. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 107p.
14. Freitas CL, Costa MMRA, Telles FPCP. The ergology as theoretical reference: possibilities of nursing care and research. R. Enferm. Cent. O. Min. [Internet]. 2014 [cited 2018 Dez 5]; 4(2): 1222-1228. Available from: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/613/757
15. Alvarez ALTD. Interfaces ergonomia-ergologia: uma discussão sobre trabalho prescrito e normas antecedentes. In: Figueiredo M, Athayde M, Brito J, Alvarez D, org. Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 284p.
16. Silva LAA, Franco GP, Leite MT, Pinno C, Lima VML, Saraiva N. Educational conceptions that permeate regional health continued-education plans. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2011 [cited 2019 Mar 28]; 20(2): 340-348. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072011000200017&lng=en.
17. Motta, R. Far beyond the ant and the grasshopper. Letras de hoje. [Internet]. 2014 [cited 2019 Mar 28]; 49(3):290-296. Available from: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/15864.
18. Hennington ÉA. Management of work processes and humanization in health care: an ergological perspective. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2008 [cited 2019 Mar 27]; 42(3):555-561. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000300024&lng=en.
19. Resolução Cofen n.272 de 2002 – Revogada pela Resolução Cofen nº 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem nas Instituições de Saúde Brasileiras [internet], 2009 [cited 2019 Abr 04]. Available from: http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen-n-3582009_4309.html.
20. França M. No princípio dialógico da linguagem, o reencontro do Homo Loquens com o ser humano industrioso. In: Figueiredo M, Athayde M, Brito J, Alvarez D, org. Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 284p.
2. Marx, K. O capital: crítica da economia política: livro I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 2016. 571 p.
3. Giovana VP, Divanice C, Simões ALA. Dimensions of the work of the nurse in the hospital setting. Rev Rene. [Internet]. 2014 [cited 2019 Fev 5];15(5):1-11. Available from: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/3237/2492.
4. Schwartz Y. Conceptualizing the work, the visible and invisible. Trab. educ. saúde (Online). [Internet]. 2011 [cited 2019 Jan 5]; 9(1):19 - 45. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1981-77462011000400002&script=sci_abstract&tlng=pt.
5. Schwartz, Y. Manifesto por um ergoengajamento. In: Bendassolli, P.F.; Soboll, L.A. Clínicas do Trabalho: novas perspectivas para a compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas; 2011. 132p.
6. Schwartz Y, Durrive L. Trabalho e ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense; 2010. 185p.
7. Ribeiro JP, Gomes GC, Mota MS, Silva CD, Fuculo JPRoB. Productivity of subjectivity and autonomy of nursing professionals in Pediatrics. Rev. Bras. Enferm. [Internet]. 2019 Fev [citado 2019 Abr 04]; 72(1): 41-48. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672019000700041&lng=pt.
8. Schwartz Y. Motivations of the concept of selfbody: selfbody, activity, experience. Letras de Hoje. [Internet]. 2010 [cited 2019 Fev 5]; 49(3):259 - 274. Available from: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/19102/12151.
9. Schwartz Y, Duc M, Durrive L. Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense; 2010. 362 p.
10. Muniz HP, Santorum KMT, Franca MB. The construction of the concept of selfbody on the work of Yves Schwartz. Fractal, Rev. Psicol. [internet]. 2018 [cited 2018 Dez 5]; 30(2):69-77. Available from:
11. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 2014. 315 p.
12. Oliveira MH, Silva MMFP. The Visibility of Hygiene Self-Care in Nurse-to-Nurse Shift Change Reports Rev. Latino-Am. Enfermagem. [Internet]. 2011 [cited 2018 Dez 5]; 19(1):131-139. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n1/pt_18.pdf
13. Osório C, Rotenberg L, Araujo TM, Soares R. O trabalho cotidiano em hospitais: o ponto de vista da atividade de enfermagem. Trabalhar na saúde: experiências cotidianas e desafios para a gestão do trabalho e do emprego. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 107p.
14. Freitas CL, Costa MMRA, Telles FPCP. The ergology as theoretical reference: possibilities of nursing care and research. R. Enferm. Cent. O. Min. [Internet]. 2014 [cited 2018 Dez 5]; 4(2): 1222-1228. Available from: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/613/757
15. Alvarez ALTD. Interfaces ergonomia-ergologia: uma discussão sobre trabalho prescrito e normas antecedentes. In: Figueiredo M, Athayde M, Brito J, Alvarez D, org. Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 284p.
16. Silva LAA, Franco GP, Leite MT, Pinno C, Lima VML, Saraiva N. Educational conceptions that permeate regional health continued-education plans. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2011 [cited 2019 Mar 28]; 20(2): 340-348. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072011000200017&lng=en.
17. Motta, R. Far beyond the ant and the grasshopper. Letras de hoje. [Internet]. 2014 [cited 2019 Mar 28]; 49(3):290-296. Available from: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/15864.
18. Hennington ÉA. Management of work processes and humanization in health care: an ergological perspective. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2008 [cited 2019 Mar 27]; 42(3):555-561. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000300024&lng=en.
19. Resolução Cofen n.272 de 2002 – Revogada pela Resolução Cofen nº 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem nas Instituições de Saúde Brasileiras [internet], 2009 [cited 2019 Abr 04]. Available from: http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen-n-3582009_4309.html.
20. França M. No princípio dialógico da linguagem, o reencontro do Homo Loquens com o ser humano industrioso. In: Figueiredo M, Athayde M, Brito J, Alvarez D, org. Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 284p.
Publicado
2020-11-24
Edição
Seção
Artigos Originais
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.