Substratos alternativos na produção de mudas de espinafre da Amazônia

Palavras-chave: Hortaliça não convencional, Agricultura familiar, Amaranthaceae, Alternathera sessilis (L.) R.Br. ex DC

Resumo

Como uma planta alimentícia não convencional de excelentes qualidades nutricionais, o espinafre da Amazônia se destaca entre outras espécies hortícolas, por apresentar alto potencial para uso na agricultura. No entanto, a literatura em relação ao uso de fontes orgânicas na produção de mudas é incipiente. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de mudas de espinafre da Amazônia produzidas com substratos alternativos. O experimento foi realizado na horta da Universidade Federal do Acre, no período de março a abril de 2022. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro blocos. Os tratamentos foram os diferentes substratos, onde: T1 = substrato de palheira, T2 = substrato palheira com carvão, T3 = substrato comercial, T4 = substrato comercial + substrato de palheira e T5 = substrato comercial + substrato palheira com carvão. As avaliações ocorreram aos 30 dias de cultivo, avaliando: altura, diâmetro, comprimento e largura foliar, número total de brotações e folhas, comprimento de raízes, massa fresca da parte aérea e de raízes, massa seca da parte aérea e de raízes, massa fresca e seca total, e calculado o índice de qualidade de Dickson. Houve efeito significativo dos substratos utilizados para as variáveis avaliadas das mudas de espinafre. Os substratos alternativos em mistura com o comercial, apresentou-se como uma alternativa na produção de mudas. Os substratos palheira com carvão e palheira pura, quando em mistura ao comercial, é uma alternativa a produção de mudas de qualidade para o espinafre da Amazônia.

Biografia do Autor

Márcio Silva, Universidade Federal do Acre - UFAC
Doutorando em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Acre – UFAC, Brasil.
Bárbara Mota, Universidade Federal do Acre - UFAC
Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal do Acre - UFAC, Brasil.
Roger Oliveira, Universidade Federal do Acre - UFAC
Doutorado em Produção Vegetal, na área de Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados e pela Universidade Federal do Acre - UFAC, Brasil.
Márcia Silva, Universidade Federal do Acre
Graduanda em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal do Acre - UFAC, Brasil.
Regina Lúcia Ferreira, Universidade Federal do Acre
Doutoranda em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, Brasil.

Referências

ALAM, M. A.; RAHMAT, N. A.; MIJIN, S.; RAHMAN, M. S.; HASAN, M. M. Influence of palm oil mill effluent (POME) on growth and yield performance of Brazilian spinach (Alternanthera sissoo). Journal of Agrobiotechnology, v. 13, n. 1, p. 40-49, 2022. Doi: https://doi.org/10.37231/jab.2022.13.1.287.

ARAÚJO NETO, S. E.; FERREIRA, R. L. F. Agricultura ecológica tropical. Rio Branco, AC: Clube de Autores, 2019. 169p.

ARAÚJO, E. F.; AGUIAR, A. S.; DE SANTANA ARAUCO, A. M.; DE OLIVEIRA GONÇALVES, E.; DE ALMEIDA, K. N. S. Crescimento e qualidade de mudas de paricá produzidas em substratos à base de resíduos orgânicos. Nativa, v. 5, n. 1, p. 16-23, 2017. Doi: https://doi.org/10.31413/nativa.v5i1.3701.

BASSINGTHWAIGHTE, D. Brazilian Spinach. Optimise Learning, 2018. Disponível em: . Acesso em 10 de Julho de 2022.

BHUYAN, B.; BAISHYA, K.; RAJAK, P. Effects of Alternanthera sessilis on liver function in carbon tetra chloride induced hepatotoxicity in wister rat model. Indian Journal of Clinical Biochemistry, v. 33, n. 2, p. 190-195, 2018. Doi: https://doi.org/10.1007/s12291-017-0666-1.

CHAGAS, J. F.; DA PAZ, S. A.; VENTURA, M. V.; COSTA, E. M.; MORTATE, R. K.; NUNES, B. D. M.; ALEX, J. D. O. Propagation and Vegetative Development of Portulaca oleracea Linn. in Different Substrates. Journal of Agricultural Science, v. 11, n. 7, 2019. Doi: https://doi.org/10.5539/jas.v11n7p22.

COCHRAN, W. G. The distribution of the largest of a set of estimated variances as a fraction of their total. Annals of Eugenics, v. 11, n. 1, p. 47-52, 1941. Doi: https://doi.org/10.1111/j. 1469-1809.1941.tb02271.x.

DA SILVA, P. L.; DE LIMA, D. V. T.; DA SILVA, G. M. B. PANCs - plantas alimentícias não convencionais e seus benefícios nutricionais. Environmental Smoke, v. 2, n. 2, p. 102-111, 2019. Doi: https://doi.org/10.32435/envsmoke.201922102-111.

DICKSON, A.; LEAF, A. L.; HOSNER, J. F. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. The Forestry Chronicle, Ontário, v. 36, n. 8, p. 10-13, 1960. Doi: https://doi.org/10.5558/tfc36010-1.

GRUBBS, F. E. Procedures for detecting outlying observations in samples. American Society for Quality, v. 11, n. 1, p. 1-21, 1969. Doi: https://doi.org/10.1080/00401706.1969.10490657.

INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. BDMEP - Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Disponível em: https://bdmep.inmet.gov.br. Acesso em: 28 ago. 2022.

KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Nova Odessa: Ed. Plantarum, 2014. 768p.

KRATZ, D.; WENDLING, I. Crescimento de mudas de Eucalyptus camaldulensis em substratos à base de casca de arroz carbonizada. Revista Ceres, v. 63, n. 3, p. 348-354, 2016. Doi: https://doi.org/10.1590/0034-737X201663030011.

LLANILLO, R.F.; GUIMARÃES, M.F.; FILHO, J.T. Morfologia e propriedades físicas de solo segundo sistemas de manejo em culturas anuais. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.17, n.5, p.524–530, 2013. Doi: https://doi.org/10.1590/ S1415-43662013000500009.

MAEKAWA, L.; COELHO, M. F. B.; DOS SANTOS WEBER, O. L. Substratos e restrição luminosa na produção de mudas de Ficus gomelleira Kunth. Revista de Ciências Agrárias-Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences, v. 63, p. 1-7, 2020. Doi: http://dx.doi.org/10.22491/rca.2020.3143.

MEDEIROS, M. D. B. C. L.; JESUS, H. I.; SANTOS, N. D. F. A.; MELO, M. R. S.; SOUZA, V. Q.; BORGES, L. S.; FREITAS, L. S. Índice de qualidade de Dickson e característica morfológica de mudas de pepino, produzidas em diferentes substratos alternativos. Revista Agroecossistemas, v. 10, n. 1, p. 159-173, 2018. Doi: http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v10i1. 5124.

OLIVEIRA, A. K. M.; PINA, J. C.; MATIAS, R. Crescimento e fitoquímica das folhas de Basella alba, uma olerícola não-convencional, em diferentes substratros. Vivências, v. 18, n. 37, p. 319-336, 2022. Doi: https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i37.

PACHECO, L. P.; PETTER, F. A. Benefits of cover crops in soybean plantation in brasilian cerrados. Soybean Applications and Technology. p. 67-94, 2011. Doi: https://doi.org/ 10.5772/15675.

PINHEIRO, B. L.; CORA, L. S.; BIAZATTI, R. M.; CRESTANI, M. C. W.; RUBERT, M.; DE LIMA, J. M. G.; DO NASCIMENTO, M. A. Desenvolvimento de mudas de repolho pelo uso de diferentes substratos. Scientia Plena, v. 18, n. 7, 2022. Doi: https://doi.org/ 10.14808/sci.plena.2022.070210.

PRIMAVESI, A. M. Manejo ecológico do solo: A agricultura em regiões tropicais. São Paulo: Ed. Nobel, 2017. 552p.

SALKIĆ, E.; SALKIĆ, B.; PAŠALIĆ, A.; SALKIĆ, A. Influence of Substrate on Germination and Fruiting of Tomatoes. Journal of Agriculture and Ecology Research International, v. 23, n. 4, p. 44-49, 2022. Doi: https://doi.org/10.9734/jaeri/2022/v23i430233.

SCHAFER, G. Plant substrate. Ornamental Horticulture, v. 28, n. 2, p. 140-141, 2022.

SCHAFER, G.; LERNER, B. L. Physical and chemical characteristics and analysis of plant substrate. Ornamental Horticulture, v. 28, p. 181-192, 2022. Doi: https://doi.org/10.1590/ 2447-536X.v28i2.2496.

SHAPIRO, S. S.; WILK, M. B. An analysis of variance test for normality (complete samples). Biometrika, v. 52, n. 3/4, p. 591-611, 1965. Doi: https://doi.org/10.2307/2333709.

SILVA, M. C. OLIVEIRA, R. V.; DE SOUZA, J. K. M.; SILVA, M. C.; MOURA, P. A.; DE LIMA, A. P. A.; FERREIRA, R. L. F. Qualidade de mudas de espinafre da Amazônia (Alternanthera sessilis) produzidas com uso de substratos distintos. Scientia Naturalis, v. 4, n. 2, p. 1-10, 2022. Doi: https://doi.org/10.29327/269504.4.2-6.

SNEATH, P. H. A.; SOKAL, R. R. Numerical Taxonomy: The Principles and Practice of Numerical Classification. Ed. WF Freeman e Co., San Francisco, 1973. 573p. Doi: https://doi. org/10.1002/9781118960608.bm00018.

SNEDECOR, G. W.; COCHRAN, W. G. Statistical methods. Ames: Iowa State University

Press, 1948. 503 p.

SOARES, I. D.; PAIVA, A. V. de; MIRANDA, R. O. V. de; MARANHO, A. S. Propriedades físicos e químicas de resíduos agroflorestais amazônicos para uso como substrato. Nativa, v. 2, n. 3, p. 155 161, 2014. Doi: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v02n03a05.

TUKEY, J. W. Comparing individual means in the analysis of variance. International Biometric Society, v. 5, n. 2, p. 99-114, 1949. Doi: https://doi.org/10.2307/3001913.

Publicado
2024-03-29
Seção
Agronegócio