Aspectos Produtivos e Socioeconômicos do Arranjo Produtivo Local Bovino e Bubalino no Arquipélago do Marajó, Estado do Pará

  • Cyntia Meireles de Oliveira Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Carlos André Corrêa de Mattos Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Antônio Cordeiro de Santana Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Palavras-chave: Arranjo Produtivo Local, Marajó, Pecuária

Resumo

O Arranjo Produtivo Local da pecuária bovina e bubalina no Marajó além de ser importante na geração de trabalho e renda, pode também possibilitar a criação de divisas, considerando a indicação geográfica para carne, leite e produtos de maior valor agregado, tal como o queijo do Marajó. A candidatura da ilha do Marajó à Reserva da Biosfera constitui uma oportunidade de negócio e coloca o desafio de encontrar formas de desenvolvimento sustentável. Considerando-se a importância socioeconômica dessa cadeia produtiva no Marajó, objetivou-se descrever e analisar a cadeia de produção da pecuária marajoara. A pesquisa foi realizada nos municípios de Soure e Salvaterra pertencentes à microrregião do Arari, combinando pesquisa secundária e primária. Os questionários foram aplicados junto a vinte e três informantes dentre produtores, demais agentes da cadeia e entidades como associações e cooperativas. Constatou-se que há uma fraca atuação das instituições públicas na coordenação das atividades de pesquisa e extensão rural além do comportamento individual dos produtores decorrente das dificuldades em estabelecer laços de capital social. Como decorrência, as propriedades utilizam baixa tecnologia, assim como o manejo, a seleção genética e as práticas de gestão são deficitários. Assim, o Arranjo Produtivo Local da pecuária no Marajó tem sido pouco eficiente apesar do seu potencial de produção em pastagem natural, já que não fornece indícios de contribuir para o desenvolvimento, pois não é internalizada e tampouco possibilita a geração de encadeamentos para frente e para trás.

Biografia do Autor

Cyntia Meireles de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Doutora em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Brasil; Docente da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH); Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação Strico sensu em Administração PPAD (Mestrado/Doutorado) da Universidade da Amazônia (UNAMA), Brasil.
Carlos André Corrêa de Mattos, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); Docente permanente do Programa de Mestrado Profissional em Gestão Pública do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e da Faculdade de Administração (FAAD) da Universidade Federal do Pará (UFPa), Brasil
Antônio Cordeiro de Santana, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV); Docente Titular da Universidade Federal Rural da Amazônia pós-graduação (Mestrado em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia e em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, e Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido), Brasil.
Publicado
2016-03-31
Seção
Agronegócio