DEMANDA DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS: O CASO DO AÇAÍ E DA CASTANHA-DO-PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2018v11n4p1039-1059Palavras-chave:
Amazônia, Mercado, Métodos quantitativos, Produtos extrativos.Resumo
O objetivo do trabalho foi estimar as relações de demanda dos produtos florestais não madeireiros açaí e castanha-do-Pará, localizados nas seis mesorregiões do Estado do Pará, a partir da estimativa dos parâmetros das equações de demandas agregadas marshallianas, a fim de estimar as elasticidades e analisar as implicações para ampliar a eficácia das políticas de ICMS e preços mínimos e de comercialização. O modelo especificado foi um painel de dados, estimado pelo método de Mínimos Quadrados Generalizados em dois Estágios (MQG2E). Os resultados revelaram que o fruto do açaí extrativo é um bem inferior à sua demanda, sendo inelástica a preço. A castanha foi caracterizada como produto substituto do açaí e os produtos da lavoura temporária um bem complementar do açaí. A demanda de castanha foi inelástica e classificada como um bem normal. Por fim, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços apresentou impacto significativo na redução das demandas de açaí e da castanha.Referências
BALTAGI, B. H. Econometric analysis of panel data. 5. ed. John Wiley & Sons, 2013.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura. 2015. Disponível em: [www.sidra.ibge.gov.br/bda/acervo]. Acesso em: 06 mar. 2016.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2015). Produção agrícola municipal, 2016. Disponível em: [www.sidra.ibge.gov.br/bda/acervo]. Acesso em: 15 mar. 2016.
IDESP - Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. Estatísticas. 2014. Disponível em: www.idesp.pa.gov.br. Acesso em: 10-12 mar. 2014.
KRAG, M. N.; SANTANA, A. C.; MARTINS, C. M.; VALE, R. S. Análise sistêmica do arranjo produtivo local da castanha-do-brasil na região da Calha Norte, Pará. Revista de Ciências Agrárias, v. 59, n. 2, p. 243-251, 2016.
MANKIW, N. G. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
MARSHALL, A. Princípios de economia. São Paulo: Abril Cultural, 1982. 272p.
NOGUEIRA, A. K. M.; SANTANA, A. C. Análise de sazonalidade de preços de varejo de açaí, cupuaçu e bacaba no estado do Pará. Revista de Estudos Sociais, ano 11, n. 21, v. 1, p. 7-22, 2009.
NOGUEIRA, A. K. M.; SANTANA, A. C. Benefícios socioeconômicos da adoção de novas tecnologias no cultivo do açaí no Estado do Pará. Revista Ceres, v. 63, n. 1, p. 1-7, 2016.
NOGUEIRA, A. K. M.; SANTANA, A. C.; GARCIA, W. S. A dinâmica do mercado de açaí fruto no Estado do Pará: de 1994 a 2009. Revista Ceres. Viçosa, v. 60, p. 324-331, 2013.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2010.
SAHA, D.; SUNDRIYAL, R. C. Utilization of nontimber forest products in humid tropics: Implications for management and livelihood. Forest Policy and Economics. Amsterdam, v. 14, n. 1, p. 28-40, 2012.
SANTANA, A. C.; KHAN, A. S. Custo social da depredação florestal no Pará: o caso da castanha-do-brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 30, n. 3, p. 253-269, 1992.
SANTANA, A. C. Elementos de economia, agronegócio e desenvolvimento local. Belém: UFRA, 2005, v. 500. 197p.
SANTANA, A. C. Estudo exploratório das cadeias produtivas do açaí e da castanha-do-brasil na Amazônia brasileira. Belém: IPAM, 2016.
SANTANA, A. C. Mercado de produtos agropecuários e florestais dos polos de Altamira, Itaituba e Santarém, estado do Pará. Belém: UFRA/FUNPEA/IPAM, 2013.
SANTANA, A. C. Recent changes in the relations of Brazilian meat demand system. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 37, n. 2, p. 161-184, 1999.
SANTANA, A. C. Valoração de produtos florestais não madeireiros da Amazônia: o caso da castanha-do-brasil. Tese (Professor Titular). Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015.
SANTANA, A. C.; COSTA, F. A. Mudanças recentes na oferta e demanda do açaí no Estado do Pará. In: SANTANA, A. C.; CARVALHO, D. F.; MENDES, F. A. T. Análise sistêmica da fruticultura paraense: organização, mercado e competitividade empresarial. Belém: Banco da Amazônia, 2008, p. 205-226.
SANTANA, A. C.; GOMES, S. C. Mercado, comercialização e ciclo de vida do mix de produtos do açaí no Estado do Pará. In: CARVALHO, D. F. (Ed.). Ensaios selecionados sobre a economia da Amazônia nos anos 90. Belém: Universidade da Amazônia, 2005.
SANTANA, A. C.; SANTANA, Á. L.; GOMES, S. C.; SANTANA, Á. L.; NOGUEIRA, A. K. M.; OLIVEIRA, C. M.; SANTOS, M. A. S. Evidências do mercado de produtos da pequena produção na região da Transamazônica e BR-163 no estado do Pará, Revista de Estudos Sociais, v. 17, n. 2, p. 186-215, 2015.
SANTANA, A. C.; SANTANA, Á. L.; SANTANA, Á. L.; SANTOS, M. A. S.; OLIVEIRA, C. M. Análise discriminante múltipla do mercado varejista de açaí em Belém do Pará. Revista Brasileira de Fruticultura. São Paulo, v. 36, p. 532-541, 2014.
SANTANA, A. C.; SANTANA, Á. L.; SALOMÃO, R. P.; SANTANA, Á. L.; COSTA, N. L.; SANTOS, M. A. S. O Custo Socioambiental da Destruição de Castanheiras (Bertholletia excelsa) no Estado do Pará. Revista de Estudos Sociais, v. 18, n. 1, p. 3-21, 2016.
SANTANA, A. C.; SANTANA, Á. L.; SANTANA, Á. L. Açaí pulp demand in the retail Market of Belém, State of Pará. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 39, n. 1, p. 1-7, 2017a.
SANTANA, A. C.; SANTANA, Á. L.; SANTANA, Á. L.; MARTINS, C. M. Valoração e sustentabilidade da
castanha-do-brasil na Amazônia. Revista de Ciências Agrárias, v. 60, n. 1, p. 77-89, 2017b.
SILVA, A. A.; SANTOS, M. K. V.; GAMA, J. R. V.; NOCE, R.; LEÃO, S. Potencial do Extrativismo da Castanha-do-Pará na Geração de Renda em Comunidades da Mesorregião Baixo Amazonas, Pará, Floresta e Ambiente, v. 20, n. 4, p. 500-509, 2013.
VARIAN, Microeconomia: princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 807p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.