DEMANDA DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS: O CASO DO AÇAÍ E DA CASTANHA-DO-PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2018v11n4p1039-1059Palabras clave:
Amazônia, Mercado, Métodos quantitativos, Produtos extrativos.Resumen
O objetivo do trabalho foi estimar as relações de demanda dos produtos florestais não madeireiros açaí e castanha-do-Pará, localizados nas seis mesorregiões do Estado do Pará, a partir da estimativa dos parâmetros das equações de demandas agregadas marshallianas, a fim de estimar as elasticidades e analisar as implicações para ampliar a eficácia das políticas de ICMS e preços mínimos e de comercialização. O modelo especificado foi um painel de dados, estimado pelo método de Mínimos Quadrados Generalizados em dois Estágios (MQG2E). Os resultados revelaram que o fruto do açaí extrativo é um bem inferior à sua demanda, sendo inelástica a preço. A castanha foi caracterizada como produto substituto do açaí e os produtos da lavoura temporária um bem complementar do açaí. A demanda de castanha foi inelástica e classificada como um bem normal. Por fim, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços apresentou impacto significativo na redução das demandas de açaí e da castanha.Citas
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