Caracterização e gerenciamento dos resíduos gerados no beneficiamento das sementes de milho

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2021v14n4e8143

Palabras clave:

Biomassa residual, Potencial energético, Pré-processamento, Subproduto agrícola, Zea mays

Resumen

O estudo teve como objetivo a caracterização dos resíduos gerados em Unidade de Beneficiamento de Sementes de milho e promover alternativas gerenciais a sua destinação. Foram acompanhadas as atividades na unidade para coletar dados referentes aos resíduos gerados nas etapas do beneficiamento, da recepção do milho em espiga à armazenagem das sementes, em sete lotes, aleatoriamente, selecionados na recepção dos caminhões no período janeiro/fevereiro 2018. Para o mapeamento da geração de resíduos sólidos o levantamento das informações, a caracterização dos resíduos gerados, através da composição gravimétrica e classificação seguiu os critérios da NBR 10.004 e 10.007. Relacionado à quantidade e tipos de resíduos, predomina a geração de resíduos sólidos de Classe II, a maioria recicláveis e potenciais de redução dos custos de produção; há necessidade de conscientização referente à coleta seletiva, principalmente em relação aos resíduos sólidos de Classe I e de treinamento que incentive os colaboradores para uma gestão integrada de resíduos sólidos. Nos âmbitos técnicos e ambientais, a reutilização de resíduos gerados na UBS como subprodutos da produção de sementes se apresenta com grande capacidade de solucionar parte dos problemas ambientais causados pelo processo, como fonte de energia, alimentação animal e substrato vegetal gerar renda e reduzir custos. O mapeamento dos resíduos gerados na produção de sementes na UBS permitiu apontar gargalos e soluções considerando parâmetros econômicos e ambientais para um programa de gestão ambiental eficiente.

Biografía del autor/a

Larissa Leite de Araújo, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Técnica em Agropecuária, discente no curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

Gustavo Soares Wenneck, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Engenheiro Agrônomo, discente no programa de Pós-graduação em Agronomia (PGA) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

Reni Saath, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Doutora em Agronomia, docente do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá - UEM, Maringá (PR), Brasil.

Gabriel Ramos Donini, Universidade Estadual de Maringá

Discente no curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

Josélia Portilho dos Santos, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Discente no curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

Danilo César Santi, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Engenheiro Agrônomo, discente no programa de Pós-graduação em Agronomia (PGA) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá (PR), Brasil.

Citas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC, nº 306, de 07 de dezembro de 2004.

ANDRADE, R. V.; AUZZA, S. A. Z.; ANDREOLI, C.; NETTO, D. A. M.; OLIVEIRA, A. C. Qualidade fisiológica das sementes do milho híbrido simples HS 200 em relação ao tamanho. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 25, n. 3, p. 576-582, maio/jun. 2001.

ANDRADE, T. C. S.; CHIUVITE, T. B. S. Meio Ambiente: um bom negócio para a indústria - práticas de gestão ambiental. São Paulo: Tocalino, 2004. 161p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10004:2004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. p. 71.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: Sistema de Gestão Ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

BENTO, A. L.; TORRES, F. L.; LEMES, R. R.; MAGALHÃES, T. A. Sistema de Gestão Ambiental para Resíduos Sólidos Orgânicos. UNIFAL, 2013.

BRASIL. Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, p. 3-7, 3 ago. 2010. PL 203/1991.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de 2013. Estabelece os padrões de identidade e qualidade para a produção e a comercialização de sementes. Diário Oficial da União, nº 181, 18 set. 2013. Seção 1.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Instrução Normativa MAPA nº 60 de 22 de dezembro de 2011. Aprova o Regulamento Técnico do Milho.

CALEGARI, L.; FOELKEL, C. E. B.; HASELEIN, C. R.; ANDRADE, J. L. S.; SILVEIRA, P.; SANTINI, E. J. Características de algumas biomassas usadas na geração de energia no Sul do Brasil. Biomassa e Energia, v. 2, n. 1, p. 37-46, 2005.

CARVALHO, A. M. M. L.; PEREIRA, B. L. C.; SOUZA, M. M. Produção de pellet’s de madeira. In: SANTOS, F.; COLODETTE, J. et al. (Ed.). Bioenergia e biorrefinaria: cana-de-açúcar & espécies florestais. Viçosa, 2013. cap. 14, p. 379-400.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590p.

COMPANHIA NACIONAL DO ABASTECIMENTO - CONAB. Acompanhamento de safra brasileira de grãos - Safra 2018/19 - Décimo levantamento, Brasília, v. 6, p. 1-50, julho 2019. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos. Acesso em: 12 dez. 2019.

COPETTI, A. C. C.; SANTOS, D. R.; PELLEGRINI, J. B. R.; CAPOANE, V.; SCHAEFER, G. L. Caracterização de agroindústrias e seus resíduos da região da Quarta Colônia de Imigração Italiana no RS. In: TIECHER, T. (Org.). Manejo e conservação do solo e da água em pequenas propriedades rurais no sul do Brasil: práticas alternativas de manejo visando a conservação do solo e da água. UFRGS, Porto Alegre, 2016, 186p. Cap. 7, p. 87-99.

DEMIRBAS, A. Combustion characteristics of different biomass fuels. Progress in energy and combustion science. Turquia: Elsevier, v. 30, p. 219-230, 2004.

ECKHARDT, D. P.; ANTONIOLLI, Z. I.; SCHIEDECK, G.; SANTANA, N. A.; REDIN, M.; DOMINGUEZ, J.; JACQUES, R. J. S. Vermicompostagem como alternativa para o tratamento de resíduos nas propriedades rurais do sul do Brasil. In: TIECHER, T. (Org.). Manejo e conservação do solo e da água em pequenas propriedades rurais no sul do Brasil: práticas alternativas de manejo visando a conservação do solo e da água. UFRGS, Porto Alegre, 2016. 186p. Cap. 8, p. 100-117, 2016.

FARONI, L. R. A. Avaliação qualitativa e quantitativa do milho em diferentes condições de armazenamento. Engenharia na Agricultura, v. 13, n. 03, p. 193-201, 2005.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ - IAL. Métodos físico-químicos para análises de alimentos. ZENEBON, O.; PASCUET, N. S.; TIGEA, P. (Coord.). São Paulo: IAL, 2008. 1020p.

KOLLING, E. M.; TROGELLO, E.; MODOLO, A. J. M.; DALLACORT, R. Análises técnica e funcional de um sistema de beneficiamento de cereais operando com milho safrinha. Revista Brasileira de Milho e Sorgo. Minas Gerais, v. 11, n. 2, p. 202-208, 2012.

LIMA, G. B. G. Utilização de biomassa na secagem de produtos agrícolas via gaseificação com combustão adjacente dos gases produzidos. 2004. Monografia (Engenharia Mecânica) - Universidade Estadual de Campinas, 2004.

MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2ª ed. Londrina: ABRATES, 2015. 659p.

MARTINS FILHO, S. T.; MARTINS, C. H. Utilização da cinza leve e pesada do bagaço de cana-de-açúcar como aditivo mineral na produção de blocos de concreto para pavimentação. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, Maringá, v. 10, n. 4, p. 1205-1225, 2017. Doi: https://doi.org/10.17765/2176-9168.2017v10n4p1205-1224.

MENEZES, N. L.; LERSCH-JUNIOR, I.; STORCK, L. Qualidade física e fisiológica das sementes de milho após beneficiamento. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 24, n. 1, p. 97-102, 2002.

NERLING, D.; COELHO, C. M. M.; MAZURKIÉVICZ, J.; NODARI, R. O. Qualidade física e fisiológica de sementes de milho durante o beneficiamento. Revista de Ciências Agroveterinárias, v. 13, n. 3, p. 238-246, 2014.

NOGUEIRA, M. F. M.; RENDEIRO, G. Caracterização Energética da Biomassa Vegetal. In: BARRETO, E. J. F. (coord.). Combustão e Gaseificação da Biomassa Sólida: soluções energéticas para a Amazônia. Brasília: Ministério de Minas e Energia, 2008. p. 52-63.

NONES, D. L.; BRAND, M. A.; AMPESSAN, C. G. M.; FRIEDERICHS, G. Biomassa residual agrícola e florestal na produção de compactados para geração de energia. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 16, n. 2, p. 155-164, 2017.

PAVINATO, P. S.; ROSOLEM, C. A. Disponibilidade de nutrientes no solo - decomposição e liberação de compostos orgânicos de resíduos vegetais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 32, n. 3, p. 911-920, 2008. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832008000300001.

PUZZI, D.; ANDRADE, A. N. Abastecimento e armazenagem de grãos. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 2000. 666p.

RAO, D.; BALACHANDAR, D.; THAKURIA, D. Soil biotechnology and sustainable agricultural intensification. Indian Journal of Fertiliser, v. 11, p. 87-105, 2015.

UTINO, S.; FRANCO, D. F.; COSTA, S. V.; MAGALHÃES, A. M.; PETERS, V. J.; SILVA, M. G. Produção de sementes. AGEITEC – Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000foh66zuv02wyiv8065610dh n0auj1.html. Acesso em: 03 dez. 2019.

ZAGO, V. C. P.; BARROS, R. T. V. Gestão dos resíduos sólidos orgânicos urbanos no Brasil: do ordenamento jurídico à realidade. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 219-228, 2019.

Publicado

2021-07-31

Cómo citar

Araújo, L. L. de ., Soares Wenneck, G., Saath, R. ., Donini, G. R. ., Portilho dos Santos, J. ., & Santi, D. C. (2021). Caracterização e gerenciamento dos resíduos gerados no beneficiamento das sementes de milho. Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 14(4), 939–952. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2021v14n4e8143

Número

Sección

Meio Ambiente