Reação de plantas de pimentão após cultivo de gramíneas no manejo de nematoide das galhas
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2023v16n4e10989Palavras-chave:
Meloidogyne incógnita, Plantas antagonistas, SupressãoResumo
O uso de cultivares resistentes em sistema de rotação e/ou sucessão de culturas apresenta-se como uma das estratégias mais eficientes no controle de nematoides. Assim, objetivou-se avaliar a reação de plantas de pimentão após o cultivo de genótipos de milho e gramíneas forrageiras à Meloidogyne incognita. As sementes de milho e forrageiras foram semeadas em vasos, e após a germinação inoculou-se 5.000 ovos/juvenis de M. incognita, e as plantas foram crescidas até aos 50 dias. Em seguida, a parte aérea das plantas foi eliminada, permanecendo apenas o sistema radicular no solo. Mudas de pimentão cv. Ikeda foram transplantadas como indicadoras para cada vaso. Aos 50 dias de cultivo, avaliou-se: altura de plantas; massa fresca da parte aérea; comprimento, massa fresca e volume de raízes das plantas de pimentão; e variáveis associadas ao número de galhas e massa de ovos de M. incognita. Todos os genótipos de gramíneas avaliados influenciaram positivamente no desenvolvimento vegetativo das plantas de pimentão. O híbrido de milho Dow 2B710 e as gramíneas Andropogon gayanus (cv. Planaltina), Brachiaria brizantha (cv. MG-4) e Panicum maximum (cv. Massai), reduziram o número de galhas. Somente o híbrido de milho Dow 2B688 não teve efeito na redução da massa de ovos nas raízes, e com exceção do Dow 2B688 e P. maximum (cv. Aruna), as demais reduziram o número de juvenis nas raízes. Com exceção da testemunha, do A. gayanus (cv. Planaltina) e P. maximum (cultivares Tobiatã, Tanzania e Massai), os demais genótipos são eficientes no controle de M. incognita.Referências
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