VIABILIDADE DA BIOELETRICIDADE A PARTIR DA CANA-DE-AÇÚCAR

  • Thaís Jeruzza Maciel Póvoas Souto Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Antônio Carlos Duarte Coelho Universidade Federal de Pernambuco
  • Romildo Morant de Holanda Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Alex Souza Moraes Universidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho
  • Yenê Medeiros Paz Universidade Federal de Pernambuco
  • Rivaldo Jerônimo da Silva
Palavras-chave: Biomassa, Cogeração, Usinas sucroenergéticas

Resumo

Buscou-se analisar o estudo do sistema de cogeração para o setor sucroalcooleiro, usando o bagaço, as pontas e as palha da cana e discutir a viabilidade para uso em larga escala. Para tal foram realizadas simulações de cálculo para determinar o balanço de energia elétrica, no qual as informações foram copiladas da literatura e de dados fornecidos pelas usinas do Estado de Pernambuco. Com isso, pelos resultados obtidos observou-se que a adição das pontas e palha no processo ocasionou aumento de aproximadamente 5% em relação à cogeração realizada exclusivamente com o bagaço. De acordo com os cálculos o faturamento obtido só com a utilização do bagaço como combustível era de R$ 13.104.000,00 diante disso surgiu a utilização da palha para melhorar a eficiência energética e aumentar a produção de bioeletricidade, passando para aproximadamente R$ 15.600.000,00. O excedente energético produzido poderá ser negociado para a concessionária responsável pela distribuição de energia na região. Todavia, nas últimas décadas, as usinas sucroenergéticas têm sido autossuficientes na demanda de energia térmica, mecânica e elétrica. Mais recentemente, há a possibilidade de comercialização da energia excedente, aumentando a receita dos produtores. Com o incremento da utilização da biomassa, a matriz energética brasileira está se tornando cada vez mais limpa. Consequentemente, deve-se romper a cultura de que a usina tem como seu principal produto o açúcar e o etanol, e que a bioeletricidade também deve ser um dos principais produtos, pelo grande potencial de cogeração e a autossuficiência dotada nas usinas.

Biografia do Autor

Thaís Jeruzza Maciel Póvoas Souto, Universidade Federal Rural de Pernambuco
Mestranda em Engenharia Ambiental na Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, Campus Recife (PE), Brasil.
Antônio Carlos Duarte Coelho, Universidade Federal de Pernambuco
Pós-Doutor em Processos Industriais de Engenharia Química pela École Centrale Paris. Professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Campus Recife (PE), Brasil.
Romildo Morant de Holanda, Universidade Federal Rural de Pernambuco
Doutor em Recursos Naturais pela Universidade de Campina Grande, UFCG, Brasil. Professor adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, Campus Recife (PE), Brasil.
Alex Souza Moraes, Universidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho
Pós-Doutor em Transporte de Poluentes Emergentes em Solo pela Université Joseph Fourier, Grenoble França. Professor adjunto da Universidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho, UACS-UFRPE, Brasil.
Yenê Medeiros Paz, Universidade Federal de Pernambuco
Doutoranda em Desenvolvimento em meio Ambiente na Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Campus Recife (PE), Brasil.
Rivaldo Jerônimo da Silva
Mestrando em Engenharia Ambiental na Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, Campus Recife (PE), Brasil
Publicado
2018-06-29
Seção
Agronegócio