Mulheres brasileiras que praticam com maior frequência o treinamento resistido apresentam menores escores de ansiedade e depressão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2022v15n2.e10192

Palavras-chave:

Saúde mental, Treinamento de força, Variáveis de treinamento

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre o treinamento resistido (TR) e variáveis relacionadas com escores de ansiedade e depressão em mulheres brasileiras. Participaram do estudo 154 mulheres praticantes de TR (40,9±8,6 anos; 61,7±9,9 kg; 160,0±5,0 cm) e 113 mulheres não praticantes de exercício físico (Controle) (39,0±8,0 anos; 64,2±11,2 kg; 160,0±6,0 cm). As participantes responderam à Hospital Anxiety and Depression Scale e questões sociodemográficas relacionadas ao exercício físico. Diferenças estatísticas ocorreram entre os grupos em relação à ansiedade (TR: 0,75±0,48 vs. Controle: 1,07±0,57; P<0,001) e depressão (TR: 0,84±0,34 vs. Controle: 1,02±0,40; P<0,001). A frequência semanal de TR foi preditora de ansiedade [?=-0,165; F(1,138)=6,39; P=0,05] e depressão [?=-0,213; F(1,138)=6,46; P=0,01]. Conclui-se que mulheres brasileiras que praticam TR apresentam menores escores de ansiedade e depressão quando comparadas à não praticantes de exercício físico. Além disso, maior frequência semanal de TR prediz menores escores de ansiedade e depressão nesta população.

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Biografia do Autor

Marina Pereira Gonçalves, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

Docente no Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

José Fernando Vila Nova de Moraes, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Docente no Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

Marivane Reis Britto, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Graduação em Educação Física, Universidade de Pernambuco (UPE), Petrolina (PE), Brasil.

Letícia Coelho de Oliveira, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde e Biológicas, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

Ariel Custódio de Oliveira II, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

Discente no Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

Sergio Rodrigues Moreira, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

Docente no Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

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Arquivos adicionais

Publicado

2022-04-29

Como Citar

Gonçalves, M. P. ., Moraes, J. F. V. N. de ., Britto, M. R., Oliveira, L. C. de ., Oliveira II, A. C. de ., & Moreira, S. R. . (2022). Mulheres brasileiras que praticam com maior frequência o treinamento resistido apresentam menores escores de ansiedade e depressão. Saúde E Pesquisa, 15(2), 1–11. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2022v15n2.e10192

Edição

Seção

Artigos Originas - Promoção da Saúde