Repercussões emocionais manifestadas por enfermeiros(as) diante do cuidado a pacientes com COVID-19

Emotional repercussions manifested by nurses in the care of COVID-19 patients

Palavras-chave: COVID-19, Cuidados de enfermagem, Enfermeiras e enfermeiros, Emoções manifestas, Profissionais de enfermagem

Resumo

Este estudo teve por objetivo compreender as repercussões emocionais manifestadas pelos(as) enfermeiros(as) de um hospital de campanha diante do cuidado a pacientes com Covid-19. Tratou-se de uma pesquisa descritiva e exploratória qualitativa com 16 enfermeiros assistenciais de um hospital de campanha referência à Covid-19 da região Central do Brasil. Para a coleta de dados, foram utilizados questionário de perfil profissiográfico e entrevistas online, posteriormente, submetidos à análise de conteúdo temática. Referente aos resultados, emergiu-se a categoria "Repercussões emocionais de enfermeiros(as) diante do cuidado a pacientes com Covid-19”, evidenciando que os profissionais manifestaram impotência, incerteza, insegurança, medo, tristeza, consternação, irritação, saudade, rejeição, apatia, satisfação e felicidade pela experiência de contribuir, altruísmo, desvelo, empatia e gratidão. Este estudo revelou a ambivalência de emoções advindas da atuação dos(as) enfermeiros(as) na assistência a pacientes com Covid-19, demonstrando que mesmo após vacinas, há necessidade de ações de promoção da saúde mental aos profissionais de enfermagem.

 

Palavras-chave: Covid-19. Cuidados de enfermagem. Enfermeiras e enfermeiros. Emoções manifestas. Profissionais de enfermagem.

 

INTRODUÇÃO

A pandemia da Covid-19 trouxe grandes desafios aos sistemas de saúde globais, demandando estratégias e políticas públicas complexas para prevenção, contenção, diagnóstico e tratamento1. Esses desafios alteraram a rotina dos serviços de saúde e impuseram aos profissionais de saúde a urgência de adaptação ao novo cenário, acarretando intensificação das cargas físicas e psíquicas do trabalho com implicações para a saúde dos trabalhadores, em razão da exposição ao vírus, ao adoecimento e à morte2.

Diante desse cenário, é importante ampliar o olhar para as questões emocionais dos profissionais de saúde que atuam na assistência às pessoas com Covid-19, especialmente à equipe de enfermagem que é a categoria que permanece em maior tempo junto ao paciente, pois além de cuidadores, também necessitam de cuidados em saúde mental.

Nesse sentido, conhecer as vivências de enfermeiros(as) relacionadas às repercussões da pandemia de Covid-19 é fundamental para a construção de estratégias de promoção da saúde deste grupo, o que contribui para a segurança dos pacientes3. Logo, é necessário compreender a habilidade relacional dos profissionais de enfermagem no enfrentamento da pandemia, que implica no estabelecimento de relações interpessoais norteadas pela empatia pelos pacientes, seus familiares e com os demais integrantes da equipe de saúde, essencial para a concretização da inteligência emocional e a minimização de desgastes4.

Vale dizer que a emoção pode ser compreendida como uma reação imediata e de curta duração a um dado estímulo, não envolvendo pensamento ou qualquer racionalização; ela orienta o indivíduo em suas ações e possibilita apreender a realidade5. Já o sentimento envolve o componente cognitivo, de percepção e avaliação de algo; é perceptível somente à própria pessoa e é mais duradouro do que as emoções6.

Apesar de se tratar de uma doença nova, já foram observados os efeitos negativos da Covid-19 na saúde mental dos profissionais de saúde, e a enfermagem tem maior suscetibilidade ao adoecimento psíquico. Isso se deve ao maior tempo gasto e interação com os pacientes; pressão para realizar suas atividades com qualidade; e o enfrentamento do processo de morte e morrer, uma vez que são profissionais treinados e capacitados para curar7-8.

Assim, a alta carga de trabalho, sensação de apoio inadequada, alta taxa de infecção pela Covid-19 entre os trabalhadores, medo de contaminar familiares e casos de óbitos na própria equipe de saúde são os principais fatores para graves problemas de saúde mental, aumento de casos da síndrome de Burnout, além do aumento de ansiedade, depressão, estresse e transtorno do pânico9-10, desfavorecendo o desenvolvimento do autocuidado dos enfermeiros, sendo imprescindível promover um ambiente apropriado a esses profissionais, pois do contrário, problemas pré-existentes e a exposição laboral contribuirão para o aumento de sofrimento físico e psíquico deles11.

Ademais, uma investigação que objetivou descrever os impactos da pandemia de Covid-19 para a saúde de enfermeiros revelou que o medo do desconhecido e de transmitir o vírus para os integrantes de suas famílias, além da experiência do luto e da necessidade de desenvolver estratégias de enfrentamento tanto em nível pessoal quanto profissional são fatores que interferem na saúde e na qualidade da assistência prestada pelos enfermeiros12.

Dessa forma, outra pesquisa realizada em Guayaquil, no Equador, com o foco de explorar os sentimentos, fatores de estresse e estratégias de adaptação de enfermeiras durante a pandemia da Covid-19, apontou que o sentimento humanista, além do medo de contaminação pelo vírus e o estresse relacionado ao trabalho estão presentes no cotidiano do exercício laboral das enfermeiras. Isso sinaliza que a pandemia da Covid-19 traz prejuízos emocionais ao profissional de enfermagem, o que pode levar à exaustão, caso ações não sejam realizadas para minimizar essa situação13.

Sendo assim, o presente estudo revestiu-se de importância, dada à vulnerabilidade e complexidade ocupacional dos profissionais de enfermagem, além da necessidade de desenvolver ações de promoção da saúde mental por parte da gestão dos serviços de saúde para auxiliar no desenvolvimento da inteligência emocional dos(as) enfermeiros(as), e teve como objetivo compreender as repercussões emocionais manifestadas pelos(as) enfermeiros(as) de um hospital de campanha diante do cuidado a pacientes com Covid-19.

 

MÉTODOS

Tratou-se de uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem qualitativa que se desenvolveu de acordo com o Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Studies (COREQ). O cenário da pesquisa foi um hospital de campanha para Covid-19 (HCAMP), em um município do estado de Goiás, destinado ao atendimento de pacientes contaminados e em tratamento para a Covid-19.

Para contatar os participantes do estudo, foi realizada uma reunião prévia com a gerência de enfermagem do hospital para apresentar o projeto e solicitar que os enfermeiros em atuação fossem convidados. Na ocasião, a gerência sugeriu a coleta de dados de forma remota em razão do risco de contaminação, pela pandemia de Covid-19 em curso e aos processos de trabalho.

Foi enviado um convite por e-mail para a direção do hospital, que foi repassado aos enfermeiros. Além da explicação sobre a pesquisa, o contato da pesquisadora foi disponibilizado no e-mail de convite aos 44 enfermeiros em atuação direta com pacientes com Covid-19. Desses, 16 aceitaram participar do estudo. Os critérios de inclusão compreenderam enfermeiros em efetivo exercício profissional, que trabalhavam na assistência direta a pacientes com Covid-19. Foram excluídos os enfermeiros com contratação inferior a 30 dias na unidade.

Após o aceite do convite, os enfermeiros receberam link para realizar entrevistas on-line por meio de um aplicativo de videoconferência (Google Meet). Ao acessarem a sala de reunião, foram orientados sobre o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e objetivos da pesquisa.

A coleta de dados ocorreu individualmente durante o mês de novembro de 2021, com os 16 enfermeiros, após a realização de dois testes piloto, de forma on-line, cujos áudios e vídeos foram gravados e, posteriormente, transcritos para análise dos dados. As entrevistas foram conduzidas por uma enfermeira e uma aluna de iniciação científica, que foram treinadas previamente para garantir concordância na obtenção dos dados.

Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas sobre o perfil profissiográfico e a questão norteadora: “Quais os sentimentos vivenciados no atendimento aos pacientes diagnosticados por Covid-19 e como agiram para lidar com esses sentimentos?” A duração média das entrevistas foi de 30 minutos.

As entrevistas transcritas foram analisadas utilizando a Análise de Conteúdo, de acordo com Bardin, em três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados: inferência e interpretação14. Na pré-análise o material a ser analisado foi organizado, seguido da leitura flutuante dos dados para a formulação das hipóteses iniciais, dos objetivos e de indicadores por meio da análise de trechos de texto nos documentos14.

Na exploração do material foram operacionalizados os sistemas de codificação através da identificação das unidades de registro e contexto, orientada pelas hipóteses e referencial teórico para subsidiar a classificação e categorização. Por fim, na fase de tratamento dos resultados, foi realizada a condensação das informações oriundas do processo analítico por meio das interpretações inferenciais, o que originou as categorias14.

O projeto seguiu as recomendações da resolução nº 466/201215. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), protocolo nº 4.530.689 e CAAE 39567920.1.0000.5078. Para garantir o sigilo, os participantes foram codificados pela letra “E” seguida do número de identificação da realização das entrevistas.

 

RESULTADOS

A média de idade dos entrevistados foi de 36 anos, sendo que 50% dos participantes possuíam entre um a dois anos de experiência profissional, e 68,8% eram do sexo feminino. Em relação à quantidade de vínculos empregatícios, 62,5% deles possuíam mais de um vínculo e 100% trabalhavam em regime cooperado.

Do processo de análise de conteúdo emergiu-se a categoria “Repercussões emocionais de enfermeiros(as) diante do cuidado a pacientes com Covid-19” que evidenciou a manifestação dos aspectos subjetivos dos enfermeiros durante sua prática assistencial no período da pandemia de Covid-19 conforme ilustra a árvore de códigos (Figura 1).

 

A sensação de impotência emergiu nos depoimentos dos enfermeiros pelo fato de que, mesmo prestando a assistência, o quadro clínico dos pacientes piorava rapidamente, culminando em óbitos, ou ainda, por presenciarem o pedido de ajuda das pessoas assistidas com medo da morte:

“(...) a gente viu pacientes que progrediram muito rápido (...) Chegar ao óbito, assim coisa de dias, sabe?! Tipo, eu internar o paciente hoje e depois de amanhã eu voltar para meu plantão, e saber que ele teve uma complicação na manhã e acabou falecendo.” (E1).

 

“Eu cheguei a ter pacientes homens, barbados, de 30, 40 anos, que chegavam no hospital, você ia conversar com esse paciente, ele caia no choro e falava ‘pelo amor de Deus, eu não quero morrer’. Isso mexe bastante com o psicológico da gente.” (E4).

 

A incerteza diante de um novo cenário epidemiológico e de uma patologia para a qual não existiam condutas clínicas consolidadas para uma assistência resolutiva foi mencionado por um dos participantes:

 

“A gente entrou lá e ninguém sabia como lidar com aquilo, nem como abordar os pacientes. Existem doenças que a gente vai acompanhando, a gente sabe já o que pode fazer, para tá dando melhor conforto, para ajudar o paciente, essa a gente não sabia nada.” (E4).

 

Nessa direção, outro participante mencionou a manifestação de insegurança pelo fato de ser seu primeiro emprego associado à situação da pandemia:

 

“Por ser o primeiro emprego, nos primeiros plantões já entra inseguro e ainda mais uma situação dessa, né. Meio de uma pandemia assustadora, então foi muito turbulenta a situação.” (E12)

 

O medo foi mencionado em alguns relatos, tanto em relação ao novo e desconhecido quanto à contaminação pela nova doença, conforme constam nos seguintes relatos:

 

“Eu acho que a gente fica com pé atrás, por a gente lidar com vida humana né, então, qualquer erro que você cometer, pode ser fatal para alguém. Eu acho que o maior obstáculo que eu tive foi esse, de ter um pouco de medo (...)” (E6).

 

“Era um ambiente novo, porque a gente entra com muito medo. A doença era nova, né?! O medo de contaminação, de trazer para casa, tudo isso contava.” (E8).

 

A tristeza foi citada por um participante ao relatar a gravidade do quadro clínico dos pacientes assistidos e a rápida evolução para fase terminal:

 

“Devido a gente estar muito perto de pacientes que evoluíam para a fase terminal, muito rápido, a gente ficava abalada sim (...) No começo, eu fiquei bastante balançada, a cabeça não ficou boa, já não é boa né?! Aí ficou pior.” (E1)

 

Além disso, a consternação causada pela experiência de testemunhar a perda de muitos pacientes pela Covid-19 também foi expressa no depoimento de um dos enfermeiros:

 

“Às vezes eu chegava aqui em casa e questionava ‘porque uma pessoa tão nova, mas nossa, chegou lá dessa forma, por que que aconteceu isso?’. Mas assim de sofrimento mesmo para falar assim, nossa que me desestabilizou, não. Não chegou a tal ponto.” (E3).

 

A irritação foi mencionada por um participante como resultado do trabalho em plantões noturnos, e essa sensação se estendeu para além do ambiente de trabalho:

 

“Eu estava muito irritada, ficando sem paciência com todo mundo, desse tempo que eu comecei a fazer escala noturna. Tanto é que quando eu saí, parece que eu tirei um peso de 100kg das minhas costas.” (E6).

 

A saudade de pessoas próximas da família pelo risco de contaminação pela Covid-19 foi uma emoção verbalizada por um dos enfermeiros:

 

“E a saudade, né? Porque eu sempre fui muito apegado ao meu filho, nunca tinha passado três meses distante do meu filho (…) O que me judiou muito foi a saudade, eu queria estar próximo, sabe?” (E12).

 

Os enfermeiros também citam a rejeição em relação às abordagens que constantemente passavam por mudanças e o sentimento de estigma por parte da população em geral, ao demonstrarem medo e receio dos profissionais de saúde. Sentimento esse, expressado no seguinte relato:

 

“(...) a gente também teve a questão do preconceito. Eu acho que isso foi mais difícil porque ‘Nossa vocês trabalham lá no hospital da doença, nossa’, entendeu?” (E4).

 

A apatia foi evidenciada na fala de um participante, ao mencionar que se sentia indiferente à situação vivida:

 

“Eu até me questionava muito: ‘nossa, será que eu peguei aquela parte da profissão como muita gente fala, vocês acabam ficando frios e tal’ (…) Porque eu não tive esse momento de sofrimento ou não querer ir trabalhar lá.” (E3).

 

A satisfação pela experiência de conseguir exercer a sua profissão e iniciar a carreira foi citada em muitos relatos:

 

“Foi uma oportunidade de adquirir experiência, na questão da assistência, porque eu não tinha.” (E8).

 

“Eu pensei ‘que bom que alguém me deu oportunidade’. Porque é muito difícil você formar e distribuir currículo, ninguém te dá oportunidade porque você não tem experiência.” (E9).

 

“Então, é uma forma além de adquirir experiência, né, por ser uma doença nova, você tá atuando na linha de frente.” (E2).

 

O altruísmo e o propósito dos profissionais da saúde apareceram nas falas dos enfermeiros, como ilustrado a seguir:

 

“Mas quando eu vi que aqui era referência mesmo, e era um peso maior (…) aí a gente sente como se tivesse mais serventia, sobre a pandemia. Como se a gente tivesse realmente a frente. Aí eu me senti mais tranquila, para poder seguir.” (E16).

 

A empatia pelos familiares que perderam um ente querido emergiu no depoimento de um profissional:

 

“É muito sofrimento, principalmente na hora que eles morrem. Eu fazia plantão durante o dia, então tinha visita, a gente via os familiares sofrendo, ia acompanhando, era muito, muito triste ver o sofrimento. Já chorei bastante, segurei também, porque querendo ou não, a gente cria um vínculo.” (E11).

 

O desvelo foi relatado por um participante do estudo como um aspecto que norteava a sua atuação para fazer o melhor pelos pacientes:

 

“A gente começou a dar mais valor (...) a gente começou a ter um outro tipo de visão, de tentar fazer o máximo por aquele paciente que entrava lá, a gente dava o sangue mesmo.” (E1).

 

Ademais, a gratidão pelos aprendizados advindos da experiência vivenciada também foi expressa pelos participantes:

 

“Agradecer a Deus demais, principalmente, nós que passamos por isso tudo e hoje poder ter essa conversa, então assim é só gratidão, é aprendizado que foi demais, demais.” (E4).

 

DISCUSSÃO

Os resultados apontam diferentes emoções e sentimentos vivenciados pelos enfermeiros tanto de modo negativo quanto positivo. A sensação de impotência diante dos desdobramentos da pandemia foi evidenciada nos relatos dos(as) enfermeiros(as) como algo recorrente no seu cotidiano profissional, situação que não se limita somente ao cenário assistencial. Uma pesquisa que teve como objetivo identificar os efeitos da pandemia de Covid-19, na saúde mental da comunidade acadêmica de uma universidade federal, revelou que 93,5% dos participantes manifestaram sentimento de impotência16.

Incertezas diante do novo cenário imposto pela pandemia foram outro sentimento que emergiu no contexto da assistência de enfermagem aos pacientes. Um estudo qualitativo, realizado com 719 profissionais de enfermagem, apontou que incertezas relacionadas ao futuro, se voltaria à normalidade ou não, foram um dos significados atribuídos pelos participantes às suas vivências no contexto da pandemia de Covid-1917.

O sentimento de insegurança foi outro achado do estudo, evidenciado pelos(as) enfermeiros(as) no contexto do seu exercício laboral, o que corrobora com outra investigação que almejou descrever a experiência vivenciada por enfermeiras em conexão com agentes comunitários de saúde (ACS) para enfrentamento local da pandemia da Covid-19, sinalizando que os ACS exerciam suas atividades no território com medo e insegurança18.

Um estudo sobre as condições de trabalho e percepções de profissionais de enfermagem que atuam no enfrentamento à Covid-19 no Brasil relatou que 83% de seus entrevistados apontaram o medo como uma sensação vivida em diversas situações, no contexto familiar, no ambiente de trabalho, na relação com a gestão e quando pensavam no futuro, o que corrobora com os achados desta pesquisa. Cerca de 45% relataram o medo como sentimento vivenciado durante a pandemia, sendo um impulsor para o autocuidado e um fator que os levou ao estresse19.

A irritação foi outra emoção manifestada por um dos participantes durante plantões noturnos, o que gerou desgaste físico e emocional. Uma pesquisa com foco em avaliar o impacto emocional, o tipo de preocupações e as necessidades relacionadas à exigência do confinamento social desencadeado pela pandemia de Covid-19 apontou que 57,5% dos participantes sinalizaram preocupação com a saúde e que, após seis semanas de recolhimento, obtiveram diferenças significativas para a irritação20.

Além disso, outro profissional frisou a saudade do filho pelo fato de ter que se manter isolado para atuar no tratamento de pacientes com Covid-19. Um estudo qualitativo, realizado com 45 entrevistas concedidas por enfermeiros para jornais de grande circulação no Brasil e em Portugal, apontou que uma estratégia utilizada por um dos enfermeiros para minimizar a saudade do filho foi manter conversas por meio das redes sociais21.

O sentimento de rejeição foi manifestado pelos participantes pelo fato de estarem atuando na linha de frente e potencializado pelo medo e preconceito da comunidade. Uma investigação com o objetivo de compreender as repercussões da pandemia da Covid-19 no cotidiano de familiares de profissionais de saúde atuantes em unidades de emergência revelou que o preconceito também acontece inclusive pelos familiares dos profissionais de saúde22.

A apatia também está presente durante a atuação da enfermagem em pacientes com Covid-19. Uma revisão integrativa da literatura que almejou identificar na literatura o impacto da síndrome de Burnout, enfrentado pelos profissionais de saúde no contexto da pandemia da Covid-19, apontou a ausência de perspectivas relacionadas à profissão como um desdobramento da nova realidade vivenciada pelos profissionais23, o que pode desencadear apatia não só em relação ao emprego, mas também em outras áreas da vida.

Apesar do contexto da pandemia, sentimentos de satisfação e felicidade em poder contribuir com o cuidado das pessoas durante a pandemia foram outras emoções verbalizadas pelos enfermeiros. Uma pesquisa implementada com profissionais de enfermagem que compõem a equipe de uma unidade Covid-19 de um hospital universitário na região Sul do Brasil apontou que a satisfação no trabalho e no turno de trabalho apresentaram associação estatisticamente significativa com a depressão24, revelando que a satisfação do profissional com o seu trabalho pode ser um fator de proteção que contribui com a sua saúde mental.

O altruísmo foi outra emoção manifestada pelos enfermeiros durante o seu exercício profissional no contexto da pandemia, o que é compartilhado por enfermeiros que atuavam na linha de frente e participaram das atividades de um projeto de extensão denominado Vida em Quarentena: Saúde Mental em Foco, que visava a promoção da saúde mental dos profissionais25.

Outro sentimento evidenciado por um dos participantes foi o desvelo para dar o seu melhor durante a assistência de enfermagem aos pacientes com Covid-19. O desvelo, juntamente com o zelo e compaixão são aspectos que são recomendados nos cuidados de enfermagem por Florence Nightingale, desde os primórdios da profissão26 e, durante a pandemia, essa característica ganhou ainda mais relevância e destaca a grandeza dos profissionais de enfermagem que, mesmo arriscando a própria integridade física e mental, se esforçam para cuidar do próximo.

Nessa direção, alguns participantes do estudo trouxeram relatos de gratidão por estarem contribuindo nesse momento e pelos aprendizados adquiridos. Realidade compartilhada em outra pesquisa que apontou que o sentimento de gratidão faz parte do cotidiano de profissionais de enfermagem na assistência a casos suspeitos ou confirmados de Covid-1927.

A empatia foi um dos achados do estudo que permeia a vivência dos enfermeiros durante a assistência aos pacientes e aos seus familiares que experienciam a perda de seu ente querido. Uma investigação que objetivou descrever o conhecimento de graduandos de enfermagem sobre o conceito de empatia no enfrentamento da Covid-19 revelou que 92% dos participantes conheciam o conceito de empatia, entretanto, nem sempre a exercem durante a sua prática28.

Pelo exposto, uma ferramenta que pode ser utilizada para promover a saúde mental durante períodos pandêmicos é os grupos terapêuticos que, além de trabalhar as questões emocionais, também estimulam interações entre os seus integrantes, acontecendo inclusive em formato virtual, como demonstra uma experiência com universitários29, o que pode ser estendido também para os(as) enfermeiros(as).

Além disso, a terapia floral é outro recurso que pode ser utilizado para o cuidado de pessoas que sofreram com repercussões advindas do isolamento social ocasionado pela pandemia de Covid-19, especialmente as queixas de ansiedade, medo, insegurança e insônia30.

Destacou-se como limitação do estudo a realização das entrevistas apenas com os enfermeiros, sendo que a inclusão dos demais integrantes da categoria como técnicos e auxiliares de enfermagem, bem como outros profissionais da equipe de saúde atuantes na linha de frente enriqueceria as discussões e reflexões, o que sugere a implementação de pesquisas futuras.

 

CONCLUSÃO

Pela manifestação dos(as) enfermeiros(as) que participaram do estudo, revelou-se ambivalência de emoções advindas de sua atuação na assistência a pacientes com Covid-19, tais como impotência, incerteza, insegurança, medo, tristeza, consternação, irritação, saudade, rejeição, apatia, satisfação e felicidade pela experiência de contribuir nesse momento de pandemia, altruísmo, desvelo, empatia e gratidão. Isso oportunizou a compreensão do mundo interno e subjetivo dos profissionais de enfermagem, revelando sentimentos antagônicos.

O estudo trouxe contribuições para a prática de enfermagem, pois evidencia que mesmo após a disponibilização das vacinas, há necessidade de ações de promoção da saúde mental direcionadas aos profissionais de enfermagem antes e durante a sua inserção em unidades de saúde que prestam assistência às pessoas com suspeita e/ou confirmação de Covid-19 por parte da gestão dos serviços de saúde para o desenvolvimento da inteligência emocional das equipes para minimizar prejuízos psíquicos, pois a manifestação de medo e insegurança pelos(as) enfermeiros(as) ainda persiste.

Biografia do Autor

Ester Lorrane Borges Barreto , Universidade Federal de Goiás
Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO), Brasil.
Nathalia Martins de Morais, Universidade Federal de Goiás
Enfermeira. Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO), Brasil
Johnatan Martins Sousa, Universidade Federal de Goiás
Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO), Brasil.
Marciana Gonçalves Farinha, Universidade Federal de Uberlândia
É professora pública Federal desde 2011. Possui Licenciatura (1997) e Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (1998). Mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo - USP em Ciências, subárea Psicologia, área de concentração Fenomenologia (2001) e Doutorado em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo (2006) área de concentração Saúde Mental e Fenomenologia (2006). Trabalhou em clínica psicológica na vertente das abordagens Fenomenológicas-Existenciais como Existencial e Gestalt com atendimento a crianças, adolescente e adulto (1999-2011). Atuação em clínica de Acompanhamento Terapêutico (1999-2011). Atendimento em Ambulatório de Saúde Mental (2000 ? 2011) realizando atendimento à crianças, adolescentes e adultos. No Ensino Superior atuou como professora na Graduação em diversas Instituições de Ensino Público e Privado em cursos de Psicologia e outros e Pós-Graduação. Atualmente se dedica à docência na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia. Se dedica em pesquisas nas áreas de Psicologia Clínica, Gestalt, Fenomenologia, Saúde Mental, Tratamento e Prevenção Psicológica. Membro do Grupo de Pesquisa RECUID - REFLETIR PARA CUIDAR: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e do LEPPS - Laboratório de Ensino e Pesquisa em Psicologia da Saúde.
Nathália dos Santos Silva, Universidade Federal de Goiás
Enfermeira formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP). Doutora em Enfermagem na Universidade Federal de Goiás. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Saúde Mental. Professora Adjunta na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG). Atuou na Gerência de Saúde Mental do Estado de Goiás no período de 2013 a 2018. Membro dos grupos de pesquisa: Refletir para cuidar: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental (RECUID) e do Grupo de Estudos em Gestão e Recursos Humanos em Saúde e Enfermagem ? GERHSEn ? FEN/UFG. Pesquisadora nas áreas de gestão de serviços de saúde mental, enfermagem psiquiátrica e educação permanente em saúde. Mãe do Miguel e do Pedro.
Camila Cardoso Caixeta, Universidade Federal de Goiás
Possui graduação em Enfermagem (2001) pela Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Especialização em Saúde da Família (2004) pela Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Especialização em Saúde Mental pela Faculdade de Enfermagem da UFG (2011); Mestrado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP (Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas - DEPCH); Doutorado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP (Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas - DEPCH); Professora orientadora de Iniciação Científica (FEN/UFG); Professora Credenciada do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da UFG (mestrado e doutorado) e Professora Credenciada no Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da UFG; Líder do Grupo de Pesquisa vinculado ao CNPQ REFLETIR PARA CUIDAR: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental; Membro do capítulo Brasil The International Nurses Society on Addictions (IntNSA); Ex-Diretora da Atenção Estudantil da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFG. Atualmente Diretora da Faculdade de Enfermagem (FEN) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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Publicado
2024-03-31
Seção
Artigos Originais