Avaliação das taxas de morte materna na Região Sul do Brasil, de 2015 a 2022: como estamos em relação aos ODS-ONU

Evaluation of maternal mortality rates in the Southern Region of Brazil from 2015 to 2022: our progress towards the un SDGs-ONU

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2024v17n4.e12750

Palavras-chave:

Direitos Reprodutivos, Morte Materna, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Resumo

OBJETIVO: Analisar taxas de morte materna (MM) no sul do Brasil, de 2015 a 2022 em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). METÓDO: Estudo transversal referente às taxas de MM na região sul. Os dados foram avaliados quanto ao alcance dos ODS de no máximo 30 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. RESULTADOS: O estado que mais se aproximou dos ODS foi SC, com taxas de MM entre 30,4, em 2016, a 38,6 em 2017. O segundo estado com melhor desempenho foi o RS variando entre 35,7 em 2015 a 41,3 em 2020. O PR apresentou os piores resultados, a menor taxa foi em 2017 com 31,7 e a maior em 2020 com 52,6. No contexto pandêmico, o PR também apresentou o pior desempenho com uma taxa de 128,6; SC com 88,35 e o RS 89,2. CONCLUSÃO: Nenhum estado alcançou os ODS, revelando a baixa qualidade da assistência à saúde no Brasil.

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Biografia do Autor

Thaise Ramos, Universidade Positivo

Graduada em Farmácia- Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-graduada em gestão e auditoria em saúde, com experiência em saúde pública. Atualmente estudante de graduação do curso de Medicina da Universidade Positivo, ex-membro do comitê científico do centro Acadêmico Zilda Arns, ex- monitora das disciplinas de Farmacologia de Microbiologia e de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Positivo.

Gabriella Micheten Dias, Universidade Positivo

Estudante de Medicina da Universidade Positivo (UP), 2020-2025. Ligante da Liga Acadêmica de Neurologia e Psiquiatria - adulto e pediátrica (LANEP), da Liga Acadêmica de Oftalmologia da Santa Casa de Curitiba (LAOF), da Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital do Trabalhador (LAGOHT). É acadêmica voluntária da Associação dos Médicos de Rua de Curitiba (PR). Atuou como voluntária na Campanha de Vacinação contra a COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR.

Jan Pawel Andrade Pachnicki , Universidade Positivo

Médico Graduado pela Faculdade Evangélica do Paraná (2005). Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (2007). Especialização em Oncoginecologia e Mastologia pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (2008). Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), certificado em 2007, Título de Especialista em Endoscopia Ginecológica - Histeroscopia, certificado como área de atuação em 2007 e Título de Especialista em Mastologia (TEMa), certificado em 2010. Mestre em Princípios da Cirurgia pela Faculdade Evangélica do Paraná, Instituto de Pesquisas Médicas e Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (2009). Doutor em Princípios da Cirurgia pela Faculdade Evangélica do Paraná, Instituto de Pesquisas Médicas e Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (2017). Professor de Ginecologia e Obstetrícia na Universidade Federal do Paraná, Universidade Positivo, Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Ex-Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (SOGIPA) no biênio 2018-2019. Vice-Presidente da Região Sul da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) 2020-2023. Secretário da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) Regional Paraná no triênio 2020-2022. Segundo-Secretário da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) Regional Paraná no triênio 2023-2025 Conselheiro do CRM/PR - Conselho Regional de Medicina do Paraná 2018-2023.

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Publicado

2024-07-04

Como Citar

Ramos, T., Micheten Dias, G. ., & Pawel Andrade Pachnicki , J. . (2024). Avaliação das taxas de morte materna na Região Sul do Brasil, de 2015 a 2022: como estamos em relação aos ODS-ONU: Evaluation of maternal mortality rates in the Southern Region of Brazil from 2015 to 2022: our progress towards the un SDGs-ONU. Saúde E Pesquisa, 17(4), e12750. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2024v17n4.e12750

Edição

Seção

Artigos Originais