Prevalência da retinopatia hipertensiva entre jovens e adultos na oftalmoscopia direta: Prevalence of hypertensive retinopathy among young people and adults in direct ophthalmoscopy

Joyce Lopes Vieira; Ellany Gurgel Cosme do Nascimento; José Antonio da Silva Júnior; José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti; José Edvan de Souza Júnior

doi:10.17765/2176-9206.2025v18e13084

Autores

Joyce Lopes Vieira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0001-8486-8314
Ellany Gurgel Cosme do Nascimento Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0003-4014-6242
José Antonio da Silva Júnior Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0001-7965-3095
José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0002-1554-3249
José Edvan de Souza Júnior Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0002-6489-0036

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2025v18e13084

Palavras-chave:

Hipertensão, Oftalmoscopia, Retinopatia hipertensiva, Diagnóstico, Fatores de risco

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência de retinopatia hipertensiva entre jovens e adultos diagnosticados através da oftalmoscopia direta. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de bibliografia realizada nas bases de dados Medline, Embase, Biblioteca Virtual em Saúde e Cochrane Library, a partir de uma estratégia de busca de alta sensibilidade. Resultados: Foram encontrados 593 artigos, restando 13 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão. A retinopatia hipertensiva esteve presente em mais de 50% dos participantes em 8 artigos. Em relação ao perfil epidemiológico, 4 estudos identificaram maior incidência da retinopatia hipertensiva na raça negra e no sexo masculino, como fatores de risco para a retinopatia hipertensiva. Conclusão: A gravidade e o tempo de diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica apresentaram alta correlação com o desenvolvimento da retinopatia hipertensiva e a presença de retinopatia hipertensiva pode atuar na estratificação de risco cardiovascular independente dos níveis pressóricos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joyce Lopes Vieira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Discente do Curso de Graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ellany Gurgel Cosme do Nascimento, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

José Antonio da Silva Júnior, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Mestre em Saúde e Sociedade pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Discente de Doutorado no Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas (PPGMCF) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, Mossoró (RN), Brasil.

José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Enfermeiro. Doutor em Psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

José Edvan de Souza Júnior, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Médico. Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Referências

1. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT et al. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol. 2016;107(3). https://doi.org/10.5935/abc.20160140.

2. Zhou B, Bentham J, Cesare M, Bixby H, Danaei G, Cowan MJ et al. Worldwide trends in blood pressure from 1975 to 2015: a pooled analysis of 1479 population-based measurement studies with 19· 1 million participants. The Lancet. 2017;389(10064):37-55. https://doi.org/10.1016/s0140-6736(16)31919-5.

3. Malta DC, Gonçalves RPF, Machado IE, Freitas MIF, Azeredo C, Szwarcwald CL. Prevalência da hipertensão arterial segundo diferentes critérios diagnósticos, Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2018;21:e180021. https://doi.org/10.1590/1980-549720180021.supl.1.

4. Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde [citado 2022 fev 25]. Disponível em: https://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def/2017-CID10-Capitulos I00-I99.

5. Oparil S, Acelajado MC, Bakris GL, Berlowitz DR, Cífkova R, Dominiczak AF et al. Hypertension. Nat Rev Dis Primers. 2018;4:18014. https://doi.org/10.1038/nrdp.2018.14.

6. Précoma DB, Oliveira GMM, Simão AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO et al. Atualização da diretriz de prevenção cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia-2019. Arq Bras Cardiol. 2019;113:787-891. https://dx.doi.org/10.5935/abc.20190204.

7. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2021;116:516-658. https://dx.doi.org/10.36660/abc.20201238.

8. Williams B, Mansia G, Spiering W, Rosei EA, Azizi M, Burnier M et al. ESC/ESH Guidelines for the management of arterial hypertension: The Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Cardiology (ESC) and the European Society of Hypertension (ESH). European heart journal. 2018;39(33):3021-3104. https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehy339.

9. Dziedziak J, Zaleska-Zmijewska A, Szaflik JP, Cudnoch-J?drzejewska A. Impact of Arterial Hypertension on the Eye: A Review of the Pathogenesis, Diagnostic Methods, and Treatment of Hypertensive Retinopathy. Med Sci Monit. 2022;28. https://doi.org/10.12659/msm.935135.

10. Keith NM, Wagener HP, Barker NW. Some different types of essential hypertension: their course and prognosis. Am J Med Sci. 1939;197:332-43. https://doi.org/10.1097/00000441-197412000-00004.

11. Aissopou EK, Papathanassiou M, Nasothimiou EG, Konstantonis GD, Tentolouris N, Theodossiadis PG et al. The Keith–Wagener–Barker and Mitchell–Wong grading systems for hypertensive retinopathy: association with target organ damage in individuals below 55 years. J hypertens. 2015;33(11):2303-2309, 2015.

12. Barbosa TC, Paula JA, Barbos WM, Costa AFP. Valor Preditivo do Exame de Fundo de Olho na Detecção da Nefropatia Hipertensiva. Rev Bras Clin Med. 2008;6:219-223.

13. Pierin AMG, Flórido CF, Santos J. Crise hipertensiva: características clínicas de pacientes com urgência, emergência e pseudocrise hipertensivas em um serviço público de emergência. Einstein. 2019;17. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019AO4685.

14. Menezes LM, Morais NNA. Achados de fundoscopia de pacientes diabéticos e/ou hipertensos. Rev Bras Oftalmol. 2020;79:28-32. https://doi.org/10.5935/0034-7280.20200005.

15. Manresa JM, Forés R, Vázquez X, Alzamora MT, Heras A, Delgado P, et al. Fiabilidad de la retinografía para la detección de retinopatía hipertensiva en Atención Primaria. Aten Primaria. 2020;52(6):410-417. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2019.06.005.

16. Di Marco E, Aiello F, Lombardo M, Di Marino M, Missiroli F, Mancino R, et al. A literature review of hypertensive retinopathy: systemic correlations and new technologies Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2022;26(18):6424-6443. https://doi.org/10.26355/eurrev_202209_29742

17. Androwiki JE, Scravoni IA, Ricci LH, Fagundes DJ, Ferraz CA. Evaluation of a simulation tool in ophthalmology: application in teaching funduscopy. Arq Bras Oftalmol. 2015;78(1). https://doi.org/10.5935/0004-2749.20150010.

18. Van Den Born BJH, Hulsman CAA, Hoekstra JBL, Schilingemann RO, Van Montfrans GA. Value of routine funduscopy in patients with hypertension: systematic review. BMJ. 2005;331(7508):73. https://doi.org/10.1136/bmj.331.7508.73.

19. Wong TY, Cheung N, Islam FMA, Klein R, Criqui MH, Cotch MF, et al. Relation of retinopathy to coronary artery calcification: the multi-ethnic study of atherosclerosis. Am J Epidemiol. 2008;167(1):51-58. https://doi.org/10.1093/aje/kwm256.

20. Galvão TF, Pansani TSA, Harrad D. Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e serviços de saúde. 2015;24:335-342, 2015. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017.

21. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo). 2010;8:102-106, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134.

22. Toledo MC,Toledo OC, Cordiés Jackson LC. Hipertensión arterial y retinopatía hipertensiva: Su comportamiento en un área de salud. Rev Cubana Med. 2000;39(4):210-6.

23. Bakalli A, Angeli F, Reboldi G, Verdecchia P. Relationship of hypertensive retinopathy to thoracic aortic atherosclerosis in patients with severe arterial hypertension. Clin Exp Hypertens. 2011;33(2):89-94. https://doi.org/10.3109/10641963.2010.503307.

24. Figueiredo Neto JA, Cunha GM, Figueiredo LT, Rocha EM, Vasconcelos-Santos DV. Oftalmoscopia direta versus retinografia da detecção de retinopatia hipertensiva: estudo comparativo. Arq Bras Cardiol. 2010;95(2):215-22. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000086

25. Duncan BB, Wong TY, Tyroler HA, Davis CE, Fuchis FD. Hypertensive retinopathy and incident coronary heart disease in high risk men. Br J Ophthalmol. 2002;86(9):1002-6. https://doi.org/10.1136/bjo.86.9.1002.

26. Suri MF, Qureshi AI. Hipertensão retiniana e risco de doenças cardiovasculares em uma coorte nacional. J Vasc Interv Neurol. 2008;1(3):75.

27. Amraoui F, Van Montfrans G A, Van den Born B J H. Value of retinal examination in hypertensive encephalopathy. J Hum Hypertens. 2010;24(4):274-9. https://doi.org/10.1038/jhh.2009.82.

28. Fu Z, Chen CT, Cagnone G, Heckel E, Sun Y, Cakir B. Dyslipidemia in retinal metabolic disorders. EMBO Mol Med. 2019;11(10):e10473. https://doi.org/10.15252/emmm.201910473.

29. Lira RPC, Pessoa C, Leal BC, Rocha EMF, Pessoa BPC, Cavalcanti LPG, et al. Utilidade da oftalmoscopia na hipertensão arterial sistêmica aguda. Arq Bras Oftalmol. 1997;60:294-297. https://doi.org/10.5935/0004-2749.19970063.

30. Karki KJD. Incidence of ophthalmoscopic fundus changes in hypertensive patients. Kathmandu Univ Med J. 2003;1(1):27-31.

31. Y?ld?r?m T, Özkan S, Y?lmaz Ö.Ç, Yavuz B. Increased rate of any retinopathy risk in patients with masked hypertension. Clin Exp Hypertens. 2020;42(6):479-482. https://doi.org/10.1080/10641963.2019.1705320.

32. Sakata K, Sakata V, Barreto Jr, Bottós KM, Bottós JM, Duarte Filho NP, et al. Hipertensão e retinopatia hipertensiva. Arq Bras Oftalmol. 2002;65(2):207-211. https://doi.org/10.1590/S0004-27492002000200009.

33. Henderson AD, Bruce BB, Newman NJ, Biousse V. Grade III or grade IV hypertensive retinopathy with severely elevated blood pressure. West J Emerg Med. 2012;13(6):529-34. https://doi.org/10.5811/westjem.2011.10.6755.

34. Molina OP. Fondo de ojo en la hipertensión arterial. Valor clínico oftalmológico. Rev Cubana Med. 1977;16(3).

35. Angeli F, Reboldi G, Verdecchia P. African Ancestry and uncontrolled hypertension: current knowledge and future perspectives. Am J Hypertens. 2021;34(12):1255-1258. https://doi.org/10.1093/ajh/hpab148.

36. Fraser-Bell S, Symes R, Vaze A. Hypertensive eye disease: a review. Clin Exp Ophthalmol. 2017;45(1):45-53. https://doi.org/10.1111/ceo.12905.

37. Chillo P, Ismail A, Sanyiwa A, Ruggajo P, Kamuhabwa K. Hypertensive retinopathy and associated factors among nondiabetic chronic kidney disease patients seen at a tertiary hospital in Tanzania: a cross-sectional study. Int J Nephrol Renovasc Dis. 2019;12:79-86. https://doi.org/10.2147/ijnrd.s196841.

38. Besharati MR, Yarmohammadi H, Pourmotahari F, Zeraati H, Mohammad K. Prevalence of retinopathy in hypertensive patients. Saudi Med J. 2006;27(11):1725-8.

39. Tapp RJ, Owen CG, Barman SA, Welikala RA, Foster PJ, Whincup PH, et al. Associações de diâmetros e tortuosidade microvasculares retinianos com pressão arterial e rigidez arterial: Biobanco do Reino Unido. Hypertension. 2019;74(6):1383-90. https://doi.org/10.1161/hypertensionaha.119.13752.

40. McGinnity K, Williams M. Direct ophthalmoscopy… soon to be forgotten?. Ulster Med J. 2019;88(2):115.

41. Oliveira NP, Silva JF, Santos JG, Lima JF, Souza JF, Almeida JF. O ensino do exame de fundo de olho: vivências e percepções de estudantes de medicina. Rev Bras Educ Med. 2021;45: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.2-20200305.

42. Kelly LP, Garza PS, Bruce BB, Graubart EB, Newman NJ, Biousse V. Teaching ophthalmoscopy to medical students (the TOTeMS study). Am J Ophthalmol. 2013;156(5):1056-1061.e10. https://doi.org/10.1016%2Fj.ajo.2013.06.022.