Aplicabilidade da Fenotipagem Eritrocitária em Doadores Voluntários e Pacientes Politransfundidos

Autores

  • Romir Rodrigues Universidade Paranaense
  • Danilo Silvestre Gerônimo Especialista em Análises Clínicas
  • Sidney Edson Mella Junior Centro Universitário Maringá - CESUMAR
  • Maria Luisa Dias Fraga Peron Hemonúcleo Regional de Paranavaí

Palavras-chave:

Aloimunização, Fenotipagem Sanguínea, Reações Transfusionais

Resumo

A aloimunização é a formação de anticorpos frente a antígenos na transfusão sanguínea incompatível e em gestantes. Pacientes com patologias crônicas, dependentes de transfusões sanguíneas, têm maior propensão de desenvolver aloimunização. A formação de aloanticorpo em politransfundidos depende do antígeno estimulador e do título. Além da resposta rápida, há também a formação de anticorpos de memória. Para o paciente politransfundido, hemocomponentes compatíveis, estabelece mínimos riscos de reações transfusionais e adicionalmente a fenotipagem eritrocitária possibilita uma maior disponibilidade de hemocomponentes compatíveis. O objetivo desta pesquisa é caracterizar a importância da fenotipagem eritrocitária do doador para outros antígenos além do ABO e Rh(D), determinando a frequência das reações transfusionais por aloanticorpos e possível imunogenicidade nos pacientes politransfundidos. O estudo foi realizado no período de 31 de dezembro de 2005 a 31 de dezembro de 2009, com amostra constituída de 960 usuários, sendo 316 receptores e 644 doadores cadastrados no Hemonúcleo Regional de Paranavaí. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética do Centro Universitário Maringá, aprovado sob nº CEP 002/2010, CAAE 0001.0.299.000-10. Os dados foram analisados estatisticamente através do programa Prisma, versão 5.0, adotando nível de significância de 5% (p < 0,05). Os resultados demonstram que 29,82% dos receptores possuem aloanticorpo Anti-D, 13,16% crioaglutininas, 22,83% possuem dois aloanticorpos e 1,76% apresentam três aloanticorpos, sendo 75,32% atendidos na Clínica do Rim em Paranavaí, 17,09% na Santa Casa/ Hospital Regional de Paranavaí, distribuídos na faixa etária de 46 a 60 anos. A presença de receptores para dois ou mais aloanticorpos aumenta a probabilidade de aloimunização. Quando o receptor possui dois aloanticorpos, como, por exemplo, Anti-D e Anti-M, desconsiderando a fenotipagem ABO, apenas 1,86% dos doadores são compatíveis. Considerando a fenotipagem ABO, diminui para 0,62% doadores. Ao considerar, além dos aloanticorpos, os antígenos eritrocitários que o receptor apresenta como negativo, escolhendo a compatibilização com antígenos de alta imunogenicidade, encontram-se 0,47% de doadores compatíveis, com antígenos de moderada imunogenicidade, reduz-se para 0,31% doadores compatíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Romir Rodrigues, Universidade Paranaense

Docente Adjunto, Mestre em Ciências Farmacêuticas, Curso de Farmácia, Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Paranaense – UNIPAR; Farmacêutico do Hemonúcleo Regional de Paranavaí – PR.

Danilo Silvestre Gerônimo, Especialista em Análises Clínicas

Especialista em Análises Clínicas pelo Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR; Farmacêutico Generalista.

Sidney Edson Mella Junior, Centro Universitário Maringá - CESUMAR

Docente Adjunto, Mestre em Ciências Biológicas, Curso de Farmácia, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR

Maria Luisa Dias Fraga Peron, Hemonúcleo Regional de Paranavaí

Mestre em Análises Clínicas pela Universidade Estadual de Maringá. Diretora Técnica do Hemonúcleo Regional de Paranavaí, PR.

Downloads

Publicado

2013-09-12

Como Citar

Rodrigues, R., Gerônimo, D. S., Mella Junior, S. E., & Peron, M. L. D. F. (2013). Aplicabilidade da Fenotipagem Eritrocitária em Doadores Voluntários e Pacientes Politransfundidos. Saúde E Pesquisa, 6(3). Recuperado de https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/2614

Edição

Seção

Artigos Originais