Homem cuidador familiar de idosa com Doença de Alzheimer
Resumo
O envelhecimento populacional tem produzido demandas às famílias, como o cuidado do idoso acometido por alguma doença no domicílio. Esse artigo visa descrever o cuidado de homem cuidador familiar de idosa com doença de Alzheimer. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caso único, realizada com um único homem cuidador de idosa. Os resultados evidenciam que o cuidador dedica-se integralmente ao cuidado da idosa e não recebe orientações de profissionais de saúde para apoiá-lo no desenvolvimento dessa atividade. A decisão de cuidar é influenciada pelo (con)viver de filho e mãe e por não ter outra pessoa disponível, e sua continuidade fudamenta-se no reconhecimento de que outras pessoas também vivenciam situações semelhantes. Emergem sentimentos relacionados a essa atividade, como amor, satisfação, obrigação e convivência com a doença de Alzheimer. Conclui-se que a assunção da responsabilidade pelo cuidado da idosa resulta implicações, como as econômicas, no cotidiano do homem cuidador e da idosa cuidada.Referências
ANJOS, K. F.; BOERY, R. N. S. O.; PEREIRA, R.; PEDREIRA, L.C.; VILELA, A.B.A.; SANTOS, V. C. Associação entre apoio social e qualidade de vida de cuidadores familiares de idosos dependentes. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 5, p. 1321-1330, maio. 2015.
ARAÚJO, A.P.S.; MOREIRA, R. C. P. S.; SLABCOUSHI, R. L. Correlação entre o impacto de cuidar e capacidade funcional de pacientes com doença de Alzheimer. Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 2, p. 177-184, maio/dez. 2011.
ARRUDA, M. C.; ALVAREZ, A. M.; GONÇALVES, L.H.T. O familiar cuidador de portador de doença de Alzheimer participante de um grupo de ajuda mútua. Cienc Cuid Saude, v. 7, n. 3, p. 339-345, Jul/Set. 2008.
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Cuidar melhor e evitar a violência: Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.
COLLINS, C.R. Men as caregivers of the elderly: support for the contributions of sons. Journal of Multidisciplinary Healthcarev. v. 11, n. 7, p. 525-531, nov. 2014.
GALLUCCI NETO, J; TAMELINI, M.G; FORLENZA, O.V. Diagnóstico diferencial das demências. Rev Psiq Clín. v. 32, n. 3, p. 119-30, maio/jun. 2005.
HERRERA JÚNIOR, E; CARAMELLI, P; NITRINI, R. Estudo epidemiológico populacional de demência na cidade de Catanduva, estado de São Paulo. Arch clin psychiatry, v. 25, n. 2, p. 70-3, 1998.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo: síntese das informações das cidades. Rio de Janeiro (RJ): IBGE; 2015.
ILHA, S.; BACKES, D.S.; SANTOS, S.S.C.; GAUTÉRIO-ABREU, D.P.; SILVA, B.T., PELZER, M.T. Doença de alzheimer na pessoa idosa/família: dificuldades vivenciadas e estratégias de cuidado. Esc Anna Nery, v. 20, n. 1, p. 138-146, jan/mar. 2016.
LEITE, C. D. S. M.; MENEZES, T.L.M.; LYRA, E.V.V.; ARAÚJO, C.M.T. Conhecimento e intervenção do cuidador na doença de Alzheimer: uma revisão da literatura. J Bras Psiquiatr, v. 63, n.1, p. 48-56, abr-jun. 2014.
MACHADO, J. C. Doença de Alzheimer. In: FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POLTRONIERE, S.; CECCHETTO, F. H.; SOUZA, E. N. Doença de Alzheimer e demandas de cuidados: o que os enfermeiros sabem? Rev Gaúcha Enferm, v. 32, n. 2, p. 270-278. jun 2011.
SEIMA, M. D.; LENARDT, M. H.; CALDAS, C. P. Relação no cuidado entre o cuidador familiar e o idoso com Alzheimer. Rev Bras Enferm, v. 67, n. 2, p. 233-240, mar/abr. 2014.
VIZZACHI, B.A.; DASPETT, C.; CRUZ, M.G.S.; HORTA, A.L.M. A dinâmica familiar diante da doença de Alzheimer em um de seus membros. Rev Esc Enferm USP, v. 49, n. 6, p. 933-938, dez. 2015.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.