Competências para formação do fisioterapeuta no âmbito das diretrizes curriculares e promoção da saúde

Autores

  • Kamylla Pereira Borges Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG/Câmpus Anápolis

DOI:

https://doi.org/10.17765/1983-1870.2018v11n2p347-358

Palavras-chave:

Competências, Fisioterapia, Diretrizes curriculares, Promoção da saúde

Resumo

As competências para promoção da saúde têm sido construídas e validadas no âmbito internacional, destacando-se o projeto CompHP. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de fisioterapia estabelecem competências que dialogam com a promoção da saúde. O objetivo desse estudo é relacionar as competências preconizadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais com a promoção da saúde definidas pelo CompHP e identificar essas competências em quatro projetos pedagógicos de cursos de fisioterapia em Goiânia/GO. A metodologia adotada foi análise documental, os dados foram processados com auxílio do software NVivo10. Constatou-se que existem dificuldades para desenvolvimento das competências preconizadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e para Promoção da Saúde como falta de articulação com a atenção básica do SUS e o currículo com enfoque reabilitador. Concluiu-se que a formação do fisioterapeuta, nesses cursos analisados, ainda está centrada na doença e modelo biomédico, desarticuladas com as competências preconizadas pelas diretrizes e para promoção da saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kamylla Pereira Borges, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG/Câmpus Anápolis

Doutora em Ensino na Saúde, pela UnB, Docente do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG/Câmpus de Anápolis, Brasil.

Referências

Pagliosa FL, Daros MA. O Relatório de Flexner: para o bem e para o mal. Rev Bras Educ Méd. 2008;4(32), 492-9.

Ceccim RB. Invenção da saúde coletiva e do controle social em saúde no Brasil: nova educação na saúde e novos contornos e potencialidades à cidadania. REU. 2007;33(1),29-48.

Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 4 de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Fisioterapia. Brasília: Diário Oficial da União, Seção 1, p. 11.

Almeida MJ, Campos JJB, Turini B, Nicoletto SCS, Pereira LA, Rezende LR, Mello PL. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais na graduação em Medicina no Paraná. Rev Bras Educ Méd. 2007; 31(2):156-65.

Fernandes JD, Rebouças LC. Uma década de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Enfermagem: avanços e desafios. Rev Bras Enferm. 2013;66(spe):95-101.

Perrenoud P. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed; 2000

Dempsey C, Barry M, Battel-Kirk B. The CompHP core competencies framework for health promotion handbook: workpackage 4. Galway: Executive Agency for Health Promotion and Consumers: National University of Ireland, 2011. [internet] Disponível em: <http://www.iuhpe.org/images/PROJECTS/ACCREDITATION/CompHP_Competencies_Handbook.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2015.

Barry MM, Allegrante JP, Lamarre MC, Aild ME, Taub A. Galway consensus conference: international collaboration on the development of core competencies for health promotion and health education. IUHPE. Global Health Promotion. 2009; 16(2):42-54.

Allegrante JP, Barru MM, Auld ME, Lamarre MC. Galway revisited: tracking global progress in core competencies and quality assurance for health education and health promotion. Health Education & Behavior. 2012;39(6):643-7.

Rebelatto JR, Botomé SP.Fisioterapia no Brasil: Fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. São Paulo: Manole; 1999.

Medeiros PA, Foletto PHM, Mayer MS. Contribuições da Visita Domiciliar na Formação em Fisioterapia. Trab. Educ. Saúde (Rio de Janeiro). 2012;10(3):407-26.

Formiga NFB, Ribeiro KSQS. Inserção do Fisioterapeuta na Atenção Básica: Uma Analogia entre Experiências Acadêmicas e a Proposta dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF). Rev Bras Ciênc Saúde. 2012;16(2):113-22.

Rodriguez MR. Análise histórica da trajetória profissional do fisioterapeuta até sua inserção nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF). Comun. Ciências Saúde. 2010;21(3):261-6.

Araújo FRO. Discursos e práticas na formação de profissionais fisioterapeutas: realidade de cursos de Fisioterapia na região nordeste do Brasil. [Dissertação]. Natal (RN): Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2009.

Silva DJ, Daros MA. Inserção de profissionais de Fisioterapia na equipe de saúde da família e Sistema Único de Saúde: desafios da formação. Ciênc. Saúde Coletiva. 2007;12(6):1673-81.

Masetto MT. Competência Pedagógica do Professor Universitário. São Paulo: Summus; 2012.

QSR International. NVivo 10 for Windows: manual. [internet]. Acesso em 10 de maio de 2015. Disponível em http://download.qsrinternational.com/Document/NVivo10/NVivo10-Getting-Started Guide-Portuguese.pdf

Carvalho AI, Buss PM. Determinantes Sociais na Saúde, na Doença e na Intervenção. In:. Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. Políticas e Sistema de Saúde do Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2013, p. 141-166.

Ceccim RB. Educação Permanente em Saúde: descentralização e disseminação de capacitação pedagógica na saúde. Ciênc. Saúde Coletiva. 2005; 10(4):975-86.

Ceccim RB, Feuerwerker LO. Quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão,atenção e controle social. Physis. 2004;14(1):41-65.

Ministério da Educação. Conselho Federal de Educação. Resolução 4. Fixa os mínimos de conteúdos e duração dos cursos de fisioterapia e terapia ocupacional [internet]. Brasília (DF); 28 de fevereiro de 1983 [acesso em 15 de junho de 2015]. Disponível em: http://www.prolei.inep.gov.br/pesquisar.do;jsessionid= A05389F814EE4C24BA 603F755C800E7D?codThesaurus=37179.

Albuquerque VS, Batista RS, Tanji S, Moço ETM. Currículos disciplinares na área de saúde: ensaio sobre saber e poder. Interface (Botucatu). 2009; 13(31):261-72.

Garcia MAA, Pinto AIBCS, Odoni APC, Longhi BS, Machado LI, Linek MDS, Costa NA. Interdisciplinaridade e Integralidade no ensino em saúde. Rev. Cienc. Med. 2006;15(6):473-85.

Bispo EPF, Tavares CHF, Tomaz JMT. Interdisciplinarity in healthcare education: the preceptor’s view of family health. Interface (Botucatu). 2014;18(49):337-50.

Mattos R. A. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad. de Saúde Pública. 2004;20(5):1411-16.

Teixeira CF, Solla JP. Modelo de atenção à saúde: vigilância e saúde da família. Salvador: EDUFBA; 2006.

Araújo D. Noção de Competência e Organização Curricular. RBSP. 2007;31(supl. 1):32-43.

Lucchese R, Vera I, Pereira WR. As políticas de saúde - SUS - como referência para o processo ensino-aprendizagem do enfermeiro. Rev. Eletr. Enf. 2010;12(3):562-6.

Moretti-Pires RO. Complexidade em saúde Família e a Formação do Futuro profissional de saúde. Interface (Botucatu). 2009; 3(30):153-66.

Pontes ALM, Bornstein VJ, Giugliani C. O agente comunitário de saúde em Angola: desafios par sua atuação e para formação profissional em saúde. Trab. Ed. Saúde. 2012;9(3):521-33.

Gomes KO, Cotta RMM, Mitre SM, Batista RS, Cherchiglia ML. O agente comunitário de saúde e a consolidação do Sistema Único de Saúde: reflexões contemporâneas. Physis. 20(4):1143-64.

Downloads

Publicado

2018-08-30

Como Citar

Borges, K. P. (2018). Competências para formação do fisioterapeuta no âmbito das diretrizes curriculares e promoção da saúde. Saúde E Pesquisa, 11(2), 347–358. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2018v11n2p347-358

Edição

Seção

Artigos Originas - Promoção da Saúde