Prevalência de enteroparasitoses em comunidade indígena de Mato Grosso, Brasil: um olhar sobre o saneamento e etnodesenvolvimento
Resumo
The intestinal parasitic diseases directly affect the quality of life of indigenous populations, because of vulnerabilities they experience. This study aimed to understand the prevalence of intestinal parasites among the Haliti-Paresí and relate with sanitation and ethno-development. It is a quantitative and cross-sectional study on indigenous Utiaritiland where reside the Haliti-Paresí, in the middle region northern Mato Grosso, Brazil. Data collection occurred in 2015, from interview with application of semi-structured form and collection of feces for coprological survey.Forty-three indigenous people participated in the study, of an average age of 30.9 years old, mostly women, and a predominance of basic education. The prevalence of enteroparasitosis was 46.6%, predominantly among men, reaching all adolescents, followed by children, without the influence of schooling in the rate of infection. Nine species were detected, being six pathogenic, Giardia duodenalis, Entamoebahistolytica, Ancilostomídeo, Blastocystishominis, Hymenolepis nana and Rodentolepis nana, in addition to three non-pathogenic, Iodamoebabutschlii, Entamoeba coli and Endolimax nana.The sanitation conditions, associated with cultural habits, point to the need for improvement in sanitation, since we detected a high prevalence of intestinal parasitoses in this study. The ethno-development may be crucial as strategies for the maintenance of culture in balance with health and sanitary development.Referências
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