Câncer de mama e imagem corporal: impacto dos tratamentos no olhar de mulheres mastectomizadas
Resumo
Esta pesquisa avaliou a percepção da imagem corporal de mulheres mastectomizadas, com ou sem reconstrução mamária, investigando como o adoecimento e os tratamentos impactaram suas vidas. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa. Participaram dez mulheres com diagnóstico de câncer mamário, mastectomizadas, com ou sem reconstrução mamária, atendidas no HU/UFJF, de janeiro a novembro de 2015, por meio de uma entrevista semiestruturada. Para análise qualitativa, aplicou-se a Análise de Conteúdo de Bardin, de onde emergiram as categorias: “Diagnóstico e Enfrentamento”, “Rede de Apoio”, “Tratamentos e seus Anseios”, “Imagem Corporal”, e “Papel na Sociedade”. Concluiu-se que o cuidado com a saúde das mulheres acometidas pela doença demanda assistência multiprofissional, que auxilie no processo de enfrentamento do câncer e na reabilitação para além das limitações físicas, com o intuito de reconexão do corpo físico, psíquico e espiritual, visando facilitar a adaptação ao “novo corpo” e permitir incremento na autoestima, a reinserção social e melhoria da qualidade de vida.Referências
Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação. Rio de Janeiro (RJ): Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; 2019.
Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Prevenção e Vigilância; 2017.
Brochonski JW, Rodrigues S de A, Manzotti CAS, Bernuci MP. Perfil das mulheres diagnosticadas com câncer de mama no município de Maringá-PR. Saúde e Pesquisa. 2017;10(1):51-58.
Sá GS, Pinheiro-Carozzo, NP. Imagem corporal e habilidades sociais em pacientes com câncer de mama. Rev Psicol IMED. 2018;10(1):37-55.
Inocenti A, Santos MA dos, Loyola EAC de, Magalhães PAP de, Panobianco MS. Repercussão dos efeitos da cirurgia reconstrutora na vida de mulheres com neoplasias da mama. Texto & Contexto Enferm. 2016;25(2):1-9.
Oliveira FBM, Santana e Silva F, Prazeres ASB dos. Impacto do câncer de mama e da mastectomia na sexualidade feminina. Rev Enferm UFPE on line. 2017;11(supl.6)2533-40.
Gokal K, Wallis D, Ahmed S, Boiangiu I, Kancherla K, Munir F. Effects of a self-managed home-based walking intervention on psychosocial health outcomes for breast cancer patients receiving chemotherapy: a randomised controlled trial. Support Care Cancer. 2016;24(3):1139-66.
Silva MB da, Pessoa Júnior JM, Miranda FAN de. Trajetória de vida de mulheres mastectomizadas à luz do discurso do sujeito coletivo. Rev Pesqui Cuid Fundam. 2016;8(23):4365-4375.
Almeida TR, Filgueiras MST. O que Narciso acha feio: corpo ideal e a imagem corporal no câncer de mama. In: Filgueiras MST, Faria HMC, Almeida TR, organizadoras. Câncer de mama: interlocuções e práticas interdisciplinares. Curitiba: Appris; 2018. p. 119-138.
Dias LV, Muniz R, Viegas ADC, Cardoso DH, Amaral DEDD, Pinto BK. Mulher mastectomizada por câncer de mama: vivência das atividades cotidianas. Rev Pesqui Cuid Fundam. 2017;9(4):1074-1080.
Adorna E da L, Morari-Cassol EG, Ferraz NMS. A mastectomia e suas repercussões na vida afetiva, familiar e social da mulher. Saúde (Santa Maria). 2017;43(1):163-168.
Costa ID, Santos DHO, Silva V de M, Chaves CMCM, Silva FC, Pernambuco AP. Utilização de um Core Set da CIF para a descrição da atividade e participação de mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico para o câncer de mama. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas. 2018;2(1):4-14.
Ibrahim MMT, Smirnow N, Sateren W, Fournier B, Kavan P, Palumbo M, et al. Time course of upper limb function and return-to-work post-radiotherapy in young adults with breast cancer: a pilot randomized control trial on effects of targeted exercises program. Journal Cancer Surviv. 2017;11(6):791-799.
Recchia TL, Prim AC, Luz CM da. Upper limb functionality in quality of life in women whith five-year survival after breast cancer surgery. Rev Bras Ginecol Obstet. 2017;39(3):115-122.
Koch MO, Zamian R, Victor GLG, Segura DCA. Depressão em pacientes com câncer de mama em tratamento hospitalar. Rev Saúde e Pesquisa. 2017;10(1):111-117.
Farias LMA, Aguiar VCF, Carvalho AMF de, Linhares JM, Linhares AEMS, Sousa MM de. Grupo de mulheres mastectomizadas: construindo estratégias de cuidado. SANARE. 2015;14(2):91-97.
Martins ARB, Ouro TA do, Neri M. Compartilhando vivências: contribuição de um grupo de apoio para mulheres com câncer de mama. Rev Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar. Rio de Janeiro. 2015;18(1):131-151.
Ferreira RMB, Lemos MF. A mulher e o câncer: um olhar sobre o corpo adoecido. Perspectivas em Psicologia. Uberlândia (MG). 2016;20(1):178-201.
Carvalho SM, Tolomelli FA, Gusmão AL, Grincenkov FRS. Corpo, funcionalidade, espiritualidade e câncer de mama. In: Filgueiras MST, Faria HMC, Almeida TR, organizadoras. Câncer de mama: interlocuções e práticas interdisciplinares. Curitiba: Appris; 2018. p. 137-155.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: HUCITEC; 2014.
Bardin L. Análise de Conteúdo. 70. ed. São Paulo: Martins Fontes; 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras para pesquisas com seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, 13 jun. 2013. Seção 1, p.59.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.