Estudo longitudinal dos traumatismos severos em dentes decíduos: complicações clínicas e radiográficas
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2020v13n2p333-341Palavras-chave:
Complicações., Dente decíduo, Traumatismos dentáriosResumo
O objetivo é avaliar a frequência dos traumatismos em dentes decíduos, as sequelas advindas das injúrias envolvendo os tecidos de sustentação, bem como a associação destas injúrias às sequelas clínicas e radiográficas. Trata-se de um estudo clínico longitudinal, no qual foram avaliados 342 dentes traumatizados, atendidas no serviço odontológico de uma instituição pública, as avaliações foram realizadas após o traumatismo e decorrido 24 meses. Os dados foram submetidos a uma análise descritiva e ao teste Qui-quadrado (p?0,05). A maior frequência de traumas acorreu na idade 24-35 meses, o principal fator etiológico à queda da própria altura (77,8 %), gênero masculino (59,5%), arco dentário o superior (96,5%), dente 51 (43,1%); 70,6% possuíam mais de um dente afetado e 8,2% histórico de trauma; a injúria mais prevalente foi a luxação lateral (33,6%). Na proservação, houve associação entre tipo de injúria ao tecido de suporte com a presença de sequelas radiográficas (p=0,02) e perda precoce (p=0,01). Conclui-se que as principais sequelas observadas foram a descoloração coronária e reabsorção radicular inflamatória e houve associação significante entre as variáveis tipo de injúria ao tecido de sustentação com a presença de sequelas radiográficas e a perda precoce do dente decíduo traumatizado.Downloads
Referências
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