Uso de práticas integrativas e complementares por idosos
Resumo
O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de uso das Práticas Integrativas Complementares (PICs) e os fatores associados a esta prática entre idosos de um município do sul de Mato Grosso. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, realizado com idosos de um município da região Centro-oeste do Brasil. Participaram do estudo 115 idosos. Os dados foram coletados nos domicílios dos idosos por meio de questionário semiestruturado. Foi utilizado um modelo de regressão logística múltipla. O uso de PICs foi relatado por 57,39% (n= 66) dos idosos e foi significativamente superior entre as mulheres (RP = 1,18; IC95% 1,18 – 1.19). A PIC mais utilizada foi plantas medicinais (63,44%). Conclui-se que os idosos utilizam as PICs, sobretudo na forma de fitoterapia, e que esta prática está associada ao gênero feminino. Os resultados indicam a necessidade de ampliação e diversificação das PICs a fim de contribuir para um atendimento integral à população.Referências
IBGE. PNAD 2016: população idosa cresce 16% frente a 2012 e chega a 29,6 milhões. Brasil: IBGE, 2017.
Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALA. Public policies challenges on the background of demographic transition and social changes in Brazil. Interface (Botucatu). 2017; 21(61):309-20.
Brasil. Portaria nº 2.528 de 19 de outubro de 2006: Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília- DF, 2006.
Saraiva AM et al. Histórias de cuidados entre idosos institucionalizados: as práticas integrativas como possibilidades terapêuticas. Ver. Enferm. UFSM. 2015; 5(1):131- 140.
Souza IMC,Tesser CD. Medicina Tradicional e Complementar no Brasil: inserção no Sistema Único de Saúde e integração com a atenção primária. Caderno de Saúde Pública. 2017; 33(1):1-15.
Varela DSS; Azevedo DM. Saberes e práticas fitoterápicas de médicos na estratégia saúde da família. Trab. Educ. Saúde. 2014; 12(2): 273-290.
Contatore OA et al. Uso, cuidado e política das práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2015; 20(10): 3263-73.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-SUS/Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares: informe maio 2017. DAB, 2017.
Saraiva AM, Silva WMM, Silva JB, Silva PMC, Dias MD, Filha MOF. Histórias de cuidados entre idosos institucionalizados: as práticas integrativas como possibilidades terapêuticas. Rev Enferm UFSM. 2015; 5(1):131-140.
Patrocinio WP. Atividade integrativas e complementares para o envelhecimento saudável. Revista da Universidade Ibirapuera São Paulo. 2015; 9(1): 9-16.
Elolemy AT, Albedah AMN. Public Knowledge, Attitude and Practice of Complementary and Alternative Medicine in Riyadh Region, Saudi Arabia. Oman Medical Journal. 2012; 27(1): 20-26.
Nahin RL et al. Health behaviors and risk factors in those who use complementary and alternative medicine. BMC Public Health. 2007.
Steel A, Mcintyre E, Harnett J, Adams HFJ, Sibbritt D, Wardle J, Frawley J. Complementary medicine use in the Australian population: Results of a nationally-representative cross-sectional survey. Scientific Reports. 2018; 8(1): 1-7.
Neto JFR, Faria AA, Figueiredo MFS. Medicina com plementar e alternativa: utilização pela com unidade de Montes Claros, minas gerais. Rev Assoc Med Bras. 2009; 55(3): 296-301.
Cruz BLP, Sampaio FS. O uso de práticas complementares por uma equipe de saúde da família e sua população. Rev. APS. 2012; 15(4):486-495.
Albedah AMN, Khalil MKM, Elolemy AT, Mudaiheem AAA, Eidi SA, Yahia OA, Saleh A, Henaryc, BY. The use of and out-of-pocket spending on complementary and alternative medicine in Qassim province, Saudi Arabia. Ann Saudi Med. 2013; 33(3): 282-289.
Kristoffersen AE, Stub T, Salamonsen A, Musial F, Hamberg K. Gender differences in prevalence and associations for use of CAM in a large population study. BMC Complementary and Alternative Medicine. 2014; 14:463.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-SUS/Ministério da Saúde. Informe. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
Botton A, Cúnico SD, Strey MN. Diferenças de gênero no acesso aos serviços de saúde: problematizações necessárias. Mudanças – Psicologia da Saúde. 2017; 25 (1): 67-72.
Quandt SX, Ceolin T, Echevarría-guanilo ME. Concepção de saúde e autocuidado pela população masculina de uma Unidade Básica de Saúde. Revista Enfermería Global. 2015; (40): 55-65.
Neto JAC, Sirimarco MT, Neto JAD, Valle DA, Martins JSC, Cândido TC. Uso e compreensão da medicina alternativa e complementar pela população de Juiz de Fora. HU Revista. 2010; 36(4): 266-276.
Couto AG, Binz MC, Moraes AJP, Caetano BLS, Cunha CC. Conhecimento, uso e aceitação de acadêmicos de medicina sobre as práticas integrativas e complementares. Vittalle. 2018; 30(1): 56-62.
Lima CA; et, al. Práticas integrativas e complementares: utilização por agentes comunitários de saúde no autocuidado. Rev Bras Enferm. 2018; 71(6):2842- 8.
Johnson PJ, Jou J, Rhee TG, Rockwood TH, Upchurch DM. Complementary health approaches for health and wellness in midlife and older US adults. Maturitas. 2016; 89: 36-42.
Santana MDO, Sá JS, Neves AF, Figueiredo PGJ, Viana JA. O poder das plantas medicinais: uma análise histórica e contemporânea sobre a fitoterapia na visão de idosas. Revista multidebates. 2018; 2(2): 10-27.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.