Redução de doações de sangue: a importância da doação de campanha em Goiânia, Estado de Goiás, Brasil
Resumo
Analisar as tendências das doações de sangue no Hemocentro do Estado de Goiás (HEMOGO), Brasil, considerando as campanhas de incentivo e as infecções transmissíveis por transfusão. Estudo retrospectivo das doações de sangue entre 2010-2016. Os doadores foram agrupados em categorias autóloga, voluntária, de reposição e de campanha. Houve 149.983 doações com redução de 29% (p <0,05). As doações por homens, com idade entre 18 e 29 anos e com menor escolaridade diminuíram (p <0,05) ao longo do tempo. Quase 50% das doações eram da categoria voluntária, 30% de campanha, 18% de reposição e 1% de outras categorias. As doações da campanha diminuíram 5,02% (p <0,05) entre 2010 a 2016. A prevalência de infecções transmitidas por transfusão (ITT) foi de 3,71% e a chance de doadores de campanha terem ITT foi menor (OR = 0,8628; IC: 0,8126 - 0,9161; p <0,0001). Os resultados mostraram uma redução nas doações de sangue, influenciadas principalmente por uma diminuição nas doações da campanha.Referências
World Health Organization.Toward 100% Voluntary Blood Donation: A Global Framework for Action. World Health Organization. [Internet]. 2010. [cited Jan 20, 2020]; 11-25. Available from: https://www.who.int/bloodsafety/publications/9789241599696/en/
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados. Caderno de informação [recurso eletrônico]: sangue e hemoderivados: produção hemoterápica: Sistema Único de Saúde – SUS (serviços públicos e privados contratados): serviços privados não contratados pelo SUS/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados. [Internet]. 2013 [cited Jan 20, 2020];6: 10. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sangue_hemoderivados_producao_hemoterapica.pdf
EllingsonKD, SapianoMRP, HaassKA, SavinkinaAA, Baker ML, Chung KW, et al.Continued decline in bloodcollectionandtransfusion in the United States–2015. Transfusion. 2017; 57(Suppl 2): 1588–1598. doi:10.1111/trf.14165.
KanagasabaiU, Chevalier MS, Drammeh B, Mili F,Qualls ML,Bock N, et al. MMWR Morb Mortal Wkly Rep, 2018; 67(50): 1392–1396. Dói 10.15585/mmwr.mm6750a4. Trendsand Gaps in NationalBloodTransfusion Services — 14 Sub-SaharanAfrican Countries, 2014.
Saleem S, Wasim A, Sabih S, Khan A, Rizvi H, Jillani A et al. Assessing Acceptability of Short Message Service Based Interventions towards Becoming Future Voluntary Blood Donors. Journal of Blood Transfusion. 2014. Article ID 567697, 6 pages.doi: 10.1155/2014/567697.
Wevers A, WigboldusH, van den Hurk K, van Baaren R, VeldhuizenJ. Increasing first-time blood donation of newly registered donors using implementation intentions and explicit commitment techniques. VoxSanguinis. 2015 Aug 108; 18–26.doi:10.1111/vox.12189
Reich P, Roberts P, Laabs N, Chinn A, McEvoy P, Hirschler N, Murphy L. A randomized trial of blood donor recruitment strategies.Transfusion. 2006 Jul46(7); 1090-6.doi: 10.1111/j.1537-2995.2006.00856.x
Marantidou O, Loukopoulou L, Zervou E, Martinis G, Egglezou A, Fountouli P Dimoxenous P et al.Factors that motivate and hinder blood donation in Greece. Transfus Med. 2007 Dec17(6); 443-50.doi: 10.1111/j.1365-3148.2007.00797.x
Lacetera N, Macis M. Social image concerns and pro-social behavior: field evidence from a nonlinear incentive scheme. Journalof Economic Behavior and Organization. 2010 Nov;76(2):225-237. https://doi.org/10.1016/j.jebo.2010.08.007
World Health Organization.Global consultation: 100% voluntary non-remunerated donation of blood and blood components, Melbourne, 9e11 June 2009. Geneva: World Health Organization. [Internet]. 2009. [cited Jan 20, 2020]; 32. Available from: https://www.who.int/bloodsafety/ReportGlobalConsultation2009onVNRBD.pdf?ua=1
Lacetera N, Macis M, Slonim R. Will there be blood? Incentives and displacement effects in pro-social behavior.American Economic Journal – Economic Policy. 2012 Feb 4; 186-223. DOI: 10.1257/pol.4.1.186
Iajya V,Lacetera N, Macis M, Slonim R. The effects of information, social and financial incentives on voluntary undirected blood donations: Evidence from a field experiment in Argentina. Social Science & Medicine. 2012 ?98(C); 214-223. DOI: 10.1016/j.socscimed.2013.09.012
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Caderno de informação : sangue e hemoderivados : dados de 2015. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.[Internet]. 2017 [cited Jan 20, 2020]; Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_informacao_sangue_hemoderivados_2015.pdf
Veldhuizen IJT, Doggen CJM, Atsma F, De Kort WL. Donor profiles: demographic factors and their influence on the donor career.VoxSanguinis. 2009; 97, 129–138.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Densidade demográfica: IBGE, Censo Demográfico 2010, Área territorial brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.
Maghsudlu M, Nasizadeh S, Abolghasemi H, Ahmadyar S.Blood donation and donor recruitment in Iran from 1998 through 2007: ten years’ experience. Transfusion. 2009;49, 2346-2351.
Oliveira CDL, Almeida-NetoC, Liu EJ, Sabino, EC, Leão, SC, Loureiro P, et al. Temporal distribution of blood donations in three Brazilian blood centers and its repercussion on the blood supply. RevistaBrasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2013; 35, 246-51.
Brazil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População eIndicadores Sociais. Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica número 37. Síntese de indicadores sociais. Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE; 2017.
Shi L, Wang JX, Stevens L, Ness P, Shan H. Blood safety and availability: continuing challenges in China’s blood banking system. Transfusion. 2014; 54:471-482.
Agarwal N. Response rate of blood donors in the Uttarakhand region of India after notification of reactive test results on their blood samples. BloodTransfusion. 2014;12(S1): s51 – s53.
Vieira PCM., Lamarão LM, Amaral CEM, Correa ASM, Lima MSM, Santos KA, et al. Residual risk of transmission of human immunodeficiency virus and hepatitis C virus infections by blood transfusion in northern Brazil. Transfusion. 2017;57(8):1968-1976.
Brasil. Institui o programa de incentivo à doação de sangue entre os servidores municipais. (D.O.M. 22.01.2007 – Nº 1645 Ano VIII). 2007.
Goiânia Lei nº 8717, de 26 de novembro de 2008. Prefeitura de Goiânia. Gabinete do Prefeito no dia 26-11-2008.
Goiás. Lei nº 17.405, de 06 de setembro de 2011. - RegulamentadapeloDecreto nº 8.039, de 28-11-2013. Publicada no DiárioOficial da União no dia 09-09-2011.
Dubey A, Sonker A, Chaurasia R, Chaudhary R. Knowledge, attitude and beliefs of people in North India regarding blood donation. Blood Transfusion. 2014; 12, 21-7.
Pessoni LL, AquinoEC, AlcântaraKC. Prevalence and trends in transfusion-transmissible infections among blood donors in Brazil from 2010 to 2016. Hematol. Transfus. Cell Ther. 2019; 41(4): 310-315.
Davey RJ. Recruiting blood donors: challenges and opportunities. Transfusion. 2004; 44, 597-600.
Brasil. Ministério da saúde. Manual de Orientações para Promoção da Doação Voluntária de Sangue. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Brasília, DF.
Atherley AE., TaylorCGJr, Whittington A, Jonker C.Knowledge, attitudes and practices towards blood donation in Barbados.Transfusion Medicine. 2016;26, 415-421.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.