Sobrevida e funcionalidade em idosos na atenção domiciliar
Resumo
Com o envelhecimento ocorrem complicações que afetam a funcionalidade e a independência dos indivíduos, muitas vezes sendo necessário o acompanhamento contínuo por profissionais da saúde, entre eles o fisioterapeuta. Diante disso, objetivou-se verificar a sobrevida, a funcionalidade e a ocorrência de comorbidades em indivíduos idosos acompanhados pelo serviço de Fisioterapia domiciliar. Um estudo com delineamento transversal foi realizado com 121participantes de um Serviço de Atenção Domiciliar, utilizando a Karnofsky Performance Scale para verificar a funcionalidade, e o Índice de Comorbidades de Charlson para avaliar as multimorbidades. Constatou-se que aproximadamente metade dos participantes apresentou cronicidade funcional, com condição potencialmente incapacitante, com piora dos índices de funcionalidade em indivíduos que sofreram alguma intercorrência. Os resultados demonstraram também que o acesso à Fisioterapia aumentou a taxa de sobrevida dos idosos e que o acompanhamento fisioterapêutico mais frequente possibilitou que a funcionalidade se mantivesse.Referências
1. Rajão FL, Martins M. Atenção Domiciliar no Brasil: estudo exploratório sobre a consolidação e uso de serviços no Sistema Único de Saúde. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2020; 25(5):1863-76.
2. Sanchez MAS. A dependência e suas implicações para a perda de autonomia: estudo das representações para idosos de uma unidade ambulatorial geriátrica. Envelhecimento. 2000; 3(3):35-54.
3. Ording AG, Sørensen HT. Concepts of comorbidities, multiple morbidities, complications, and their clinical epidemiologic analogs. Clin Epidemiol. 2013; 5:199-203.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.029, de 24 de agosto de 2011. Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); 2011.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); 2016.
6. Colodetti NLM, Pardim RSS, Vieira RS, Morais SG. Fisioterapia na assistência domiciliar [Trabalho de Conclusão de Curso]: Universidade Vale do Rio Doce; 2009.
7. Gois ALB, Veras RP. Fisioterapia domiciliar aplicada ao idoso. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2006; 9(2):49-73.
8. Rodrigues IG, Zago MMF. A morte e o morrer: maior desafio de uma equipe de cuidados paliativos. Cien Cuid Saude. 2012; 11(suplem):31-8.
9. Haas J. Avaliação da capacidade funcional em pacientes críticos após dois anos da alta da UTI [Dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010.
10. Schneider RH, Marcolin D, Dalacorte RR. Avaliação funcional de idosos. Sci Med. 2008; 18(1):4-9.
11.Hayashi D, Gonçalves CG, Parreira RB, Fernandes KB, Teixeira DC, Silva RA, et al. Postural balance and physical activity in daily life (PADL) in physically independent older adults with different levels of aerobic exercise capacity. Arch Gerontol Geriatr. 2012; 55(2):480-5.
12. Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
13. Lisbôa CN. Sobrevida em mulheres com câncer em cuidados paliativos: o uso do palliative prognostic score (PaPScore) em uma população de mulheres brasileiras [Dissertação]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2008.
14. Sousa-Muñoz RL, Ronconi DE, Dantas GC, Lucena DMS, Silva IBA. Impacto de multimorbidade sobre mortalidade em idosos: estudo de coorte pós-hospitalização. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013; 16(3):579-89.
15. Moretti RP, Cechinel C, Espindola R, Acurácia dos Instrumentos Preditivos de Sobrevivência em Pacientes Idosos Sob Cuidados Paliativos em Atendimento Domiciliar em Curitiba. Geriatr Gerontol Aging. 2019; 13(4):211-8.
16. Leme DEC et al. Estudo do impacto da fragilidade, multimorbidade e incapacidade funcional na sobrevida de idosos ambulatoriais. Ciência & Saúde Coletiva. 2019; 24(1):137-46.
Copyright (c) 2021 Saúde e Pesquisa
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License. A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.
A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.