Pesquisa de orçamentos familiares: tendência do consumo de alimentos tradicionais, 2002-2018
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2021v14Supl.1.e9325Palavras-chave:
Alimentação básica, Alimentos, dieta e nutrição, DemografiaResumo
Descrever a evolução de consumo de alimentos tradicionais e da cesta básica brasileira entre 2002 e 2018. Série temporal do consumo de alimentos tradicionais e da cesta básica brasileira com base nos dados das três últimas Pesquisas de Orçamentos Familiares. A tendência da aquisição alimentar domiciliar per capita anual dos alimentos foi analisada segundo os períodos estudados e as regiões brasileiras. Houve diminuição da aquisição alimentar domiciliar de todos os itens da cesta básica, exceto a manteiga (8,3%). As maiores reduções observadas foram: farinha de mandioca (-69,9%), farinha de trigo (-56,1%) e feijão (-52,3%). Na região Sul ocorreu a maior queda percentual de aquisição de feijão (-56,1%), e o Norte se destacou pela redução acentuada do consumo de carnes (-32,1%) e leites (-57,2%). A diminuição observada no consumo de alimentos tradicionais pode sinalizar possíveis prejuízos à saúde dos indivíduos e perda da identidade cultural alimentar brasileira.Downloads
Referências
1. Recine E, Radaelli P, Ferreira T. Alimentação e cultura. Depto de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília - FS/UnB. Área Técnica de Alimentação e Nutrição do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Política de Saúde do Ministério da Saúde - DAB/SPS/MS. Brasília, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_cultura.pdf.
2. Brasil. Decreto Lei n° 399, de 30 de outubro de 1938. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, 30 out. 1938.
3. Passos KE, Bernardi JR, Mendes, KG. Análise da composição nutricional da Cesta Básica brasileira. Cien Saude Colet 2015, 19(5):1623-30. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141381232014000501623&script=sci_abstract&tlng=pt.
4. Teixeira LS, Palos LCS, Simões W. Cesta Básica. Estudo técnico - Consultoria Legislativa. 2019. Disponível em: http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/37787/cesta_basica_teixeira_palos_simoes.pdf?sequence=1.
5. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50063.pdf.
6. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Rio de Janeiro: IBGE; 2013. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94074.pdf.
7. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101704.pdf.
8. Brasil. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. 2ª ed. Brasília; 2014.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
10. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv81847.pdf.
11. Jaime PC, Delmuè DCC, Campello T, Oliveira e Silva D, Santos LMP. Um olhar sobre a agenda de alimentação e nutrição nos trinta anos do Sistema Único de Saúde. Cien Saude Colet 2018; 23(6):189-36. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232018000601829&lang=pt.
12. Monteiro CA, Cannon G, Moubarac JC, Levy RB, Louzada MLC, Jaime PC. The UN Decade of Nutrition, the NOVA food classification and the trouble with ultra-processing. Public Health Nutrition 2018, 21 (1): 5-17. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/public-health-nutrition/article/un-decade-of-nutrition-the-nova-food-classification-and-the-trouble-with-ultraprocessing/2A9776922A28F8F757BDA32C3266AC2A.
13. Souza NP, Cabral PIL, Fontbonne A, Pinto FCL, Pessoa EAC. A (des)nutrição e o novo padrão epidemiológico em um contexto de desenvolvimento e desigualdades. Cien Saúde Colet 2017; 22(7):2257-66. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/630/63051952018.pdf.
14. Brasil. Alimentos regionais brasileiros. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2ª ed. Brasília; 2015.
15. Recine E, Radaelli P. Comportamento alimentar e promoção da saúde. Universitas: Ciên Saúde 2008; 2(2):267-80.
16. Canuto R, Fanton M, Lira PIC. Iniquidades sociais no consumo alimentar no Brasil: uma revisão crítica dos inquéritos nacionais. Cien Saude Colet 2019 [online], 24 (9): 3193-3.
17. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2017 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
18. Ferreira C, Figueiredo R, Albernaz Luz T. Arroz e feijão: intervenção multi-institucional em prol do Brasil. Rev Pol Agrícola 2018, 27(1):96-112.
19. Monteiro CA. Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing. Public Health Nutr 2009, 12(5):729-31.
20. Baker P, Machado P, Santos T, et al. Ultra-processed foods and the nutrition transition: Global, regional and national trends, food systems transformations and political economy drivers. Obesity Reviews. 2020;1-22. https://doi.org/10.1111/obr.13126.
21. Gabe KT, Jaime PC. Práticas alimentares segundo o Guia alimentar para a população brasileira: fatores associados entre brasileiros adultos. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2020; 29(1):e2019045. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000100019.
22. Jaime PC, Rizzato S, Oliveira TP, Vieira ML, Szwarcwald CL, Malta DC. Prevalência e distribuição sociodemográfica de marcadores de alimentação saudável, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil 2013. Epidemiol Ser. Saúde 2015; 24(2):267-6.
23. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.
24. Santos IKS, Conde WL. Tendência de padrões alimentares entre adultos das capitais brasileiras. Rev Bras Epidemiol 2020; 23:e200035, 2020 [online]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-549720200035.
25. Proença RPC. Alimentação e globalização: algumas reflexões. Cien Cultura 2010; 62(4):43-7. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v62n4/a14v62n4.pdf.
26. Azevedo E. Alimentação, sociedade e cultura: temas contemporâneos. Sociologias 2017; 19(44):276-307. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151745222017000100276&lng=pt&tlng=pt.
27. Horta P, Rodrigues F, Dos Santos L. Ultra-processed food product brands on Facebook pages: Highly accessed by Brazilians through their marketing techniques. Public Health Nutrition, 2018; 21(8):1515-19. doi:10.1017/S1368980018000083.
28. Popkin B. Ultra-processed foods’ impacts on health. 2030. Food, Agriculture and rural development in Latin America and the Caribbean, n. 34, p. 27, 2019. Disponível em: http://www.fao.org/3/ca7349en/ca7349en.pdf.
29. Preiss VP, Schneider S, Coelho-de-Souza G. A Contribuição brasileira à segurança alimentar e nutricional sustentável [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2020. 269p.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.