Evolução de práticas alimentares não saudáveis entre adolescentes: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009-2015
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2021v14Supl.1.e9344Palavras-chave:
Consumo alimentar, Demografia, Saúde do adolescenteResumo
Descrever a evolução das práticas alimentares não saudáveis entre adolescentes nas três últimas versões da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Estudo ecológico, no qual foram estudadas questões referentes ao consumo de refrigerante, guloseimas, ultraprocessados, hábito de comer enquanto assiste televisão e hábito de realizar refeições acompanhado do responsável. Houve redução do consumo de guloseimas (9,1%), refrigerante (8,2%) e de ultraprocessados (9%), sendo este último com maior redução observada na região Nordeste. Alunos com mães de ensino superior completo apresentaram redução de 3,5% no consumo de ultraprocessados, e de 12,2% entre os alunos com mães de ensino fundamental completo. Embora tenha sido observada redução no consumo de alimentos não saudáveis, a ingestão destes alimentos ainda foi significativamente alta em 2015. Considerando a associação entre alimentação não saudável com o desenvolvimento de doenças crônicas, é fundamental que sejam desenvolvidas estratégias de práticas alimentares saudáveis no contexto escolar.Downloads
Referências
1. Campos HM, Schall VT, Nogueira MJ. Saúde sexual e reprodutiva de adolescentes: interlocuções com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Saúde Debate. 2013; 37(97):336-46. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010311042013000200015&lng=en&nrm=iso.
2. Malta DC, Stopa SR, Santos MAS, Andrade SSCA, Oliveira MM, Prado RR, Silva MMA. Fatores de risco e proteção de doenças e agravos não transmissíveis em adolescentes segundo raça/cor: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Rev Bras Epidemiol [online]. 2017;20(20):247-59. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-5497201700020006.
3. World Health Organization. GROWING up unequal: gender and socioeconomic differences in young people’s health and well-being: health behavior in school-aged children (HBSC) study: international report from the 2013/2014 survey. Copenhagen: World Health Organization - WHO, Regional Office for Europe; 2016. 276p.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016. Rio de Janeiro: IBGE; 2016. 132p.
5. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa nacional de saúde do escolar: 2015. Rio de Janeiro: IBGE; 2016. 132p.
6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. 138p. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv43063.pdf.
7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: 2012. Rio de Janeiro: IBGE; 2013. 256p. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv64436.pdf.
8. Oliveira MM, Campos MO, Andreazzi MA, Malta DC. Características da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE. Epidemiol. Serv. Saude, 2017; 26(3):605-16.
9. R Core Team. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria; 2015. Disponível em: https://www.R-project.org/.
10. Macedo EOS. A relação entre família e escola na adolescência: vínculos e afetos como dispositivos de cuidado e proteção. 2018. 145f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) - Universidade de Brasília, Brasília; 2018.
11. Brasil. Ministério da Educação. Resolução/CD/FNDE nº 06, de 08 de maio de 2020. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/index.php/acessoainformacao/institucional/legislacao/item/13511-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-6,-de-08-de-maio-de-2020.
12. Azeredo CM, Rezende LFM, Canella DS, Claro RM, Peres MFT, Luiz OC, Franca Junior I, Kinra S, Hawkesworth S, Levy RB. Food environments in schools and in the immediate vicinity are associated with unhealthy food consumption among Brazilian adolescents. Prev. Medicine, 2016; 88:73-9.
13. Locatelli NT, Canella DS, Bandoni DH. Positive influence of school meals on food consumption in Brazil. Nutrition, 2018; 53:140-4.
14. Aguirre MJX, Aguirre MLC, Carvalho GKM, Silva WSC, Lima VBL, Gomes KA. Marcadores de consumo alimentar e excesso de peso em adolescentes do Brasil. XXI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Poços de Caldas; 2018. Disponível em: http://www.abep.org.br/xxiencontro/arquivos/R0271-2.pdf. Acesso em: 22 de jun. 2019.
15. Rossi CE, Costa LCF, Machado MSM, Andrade DF, Vasconselos FAG. Fatores associados ao consumo alimentar na escola e ao sobrepeso/obesidade de escolares de 7-10 anos de Santa Catarina, Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva [online]. 2019, 24(2):443-54.
16. Silva CAM, Marques LA, Bonomo E, Bezerra OMPA, Corrêa MS, Passos LSF, Souza AA, Barros BF, Souza DMS, Reis JA, Andrade NG. O Programa Nacional de Alimentação Escolar sob a ótica dos alunos da rede estadual de ensino de Minas Gerais, Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva, 2013; 18(4):963-9.
17. Monteiro LS, Vasconselos TM, Veiga GV, Pereira RA. Modificações no consumo de bebidas de adolescentes de escolas públicas na primeira década do século XXI. Rev. Bras. Epidemiol., 2016; 19(2):348-61.
18. Enes CC, Camargo CM, Justino MIC. Ultra-processed food consumption and obesity in adolescents. Rev. Nutr. [online] 2019; 32:e180170.
19. Malik VS, Popkin BM, Bray GA, Després JP, Willet WC, Hu FB. Sugar-sweetened beverages and risk of metabolic syndrome and type 2 diabetes: a meta-analysis. Diabetes Care, 2010; 33(11):2477-83. 17.
20. Vartanian LR, Schwartz MB, Brownell KD. Effects of soft drink consumption on nutrition and health: a systematic review and meta-analysis. Am. J. Public Health, 2007; 97(4):667-75.
21. Inchley J, Currie D, Vieno A, Torsheim T, Ferreira-Borges C, Weber MM, Barnekow V, Breda J. Adolescent obesity and related behaviour: trends and inequalities in the WHO European Region, 2002-2014. Observatuin from the Health Behaviour in School-age Children (HBSC). WHO collaborative cross-national study. WHO Regional Office for Europe, Copenhagen; 2017. 98p.
22. Alves MA, Souza AM, Barufaldi LA, Tavares BM, Bloch KV, Vasconcelos FAG. Padrões alimentares de adolescentes brasileiros por regiões geográficas: análise do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Cad. Saúde Pública. 2019; 35(6):1-14.
23. Oliveira-Campos M, Oliveira MM, Silva SU, Santos MAS, Siqueira, Barufaldi LA, Oliveira PPV, Andrade SCA, Andreazzi MAR, Moura L, Malta DC, Souza MFM. Fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes nas capitais brasileiras. Rev. Bras. Epidemiol. 2018; 21(1):1-15.
24. Rossi CE, Albernaz DO, Vasconcelos FAG, Assis MAA, Pietro PF. Influência da televisão no consumo alimentar e na obesidade em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática. Rev. Nutr. 2010; 23(4):607-20.
25. Rinaldi AEM, Rinaldi AEM, Pereira AF, Macedo CS, Mota JF, Burini RC. Contribuições das práticas alimentares e inatividade física para o excesso de peso infantil. Rev Paul. Pediatr. 2008; 26 (3):271-7.
26. Costa CS, Flores TR, Wendt A, Neves RG, Assunção MCF, Santos IS. Comportamento sedentário e consumo de alimentos ultraprocessados entre adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2015. Cad. Saúde Pública [online]. 2018, 34(3):e00021017.
27. Farias Júnior JC, Nahas MV, Barros MVG, Loch MR, Oliveira ESA, De Bem MFL et al. Comportamentos de risco à saúde em adolescentes no Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Rev Panam Salud Publica [Internet]. 2009; 25(4):344-52. Disponível em: https://scielosp.org/article/rpsp/2009.v25n4/344-352/.
28. Maia EG, Silva LESS, Santos MAS, Barufaldi LA, Silva SU, Claro RM. Padrões alimentares, características sociodemográficas e comportamentais entre adolescentes brasileiros. Rev. Bras. Epidemiol. 2018; 21(1):1-13.
29. Skeer MR, Ballard EL. Are family meals as good for youth as we think they are? A review of the literature on family meals as they pertain to adolescent risk prevention. J Youth Adolesc. 2013; 42(7):943-63.
30. Goldfarb S, Tarver WL, Sen B. Family structure and risk behaviors: the role of the family meal in assessing likelihood of adolescent risk behaviors. Psychol Res Behav Manag. 2014; 7:53-66.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.