Intoxicação exógena: análise epidemiológica dos casos notificados em crianças no Município de Maringá (PR)
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2022v15n4.e11113Palavras-chave:
Epidemiologia, Intoxicação, Saúde da criança, Medicina de EmergênciaResumo
A intoxicação exógena entre crianças é um agravo que apresenta alta ocorrência e morbidade e constitui-se um importante problema de saúde pública. O objetivo desta pesquisa foi descrever o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena na população de 0 a 14 anos na cidade de Maringá (PR) entre os anos de 2017 a 2021. Trata-se de uma análise epidemiológica descritiva, retrospectiva e transversal realizada a partir dos dados das notificações compulsórias no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Neste recorte temporal foram notificados 1.223 casos de intoxicação exógena, a maioria ocorrida entre indivíduos de raça branca, com idade entre 1 e 4 anos, não havendo diferença entre os gêneros. Medicamentos foram os agentes tóxicos mais associados aos acidentes e 98,9% dos casos evoluíram para cura sem sequelas. Considerando a vulnerabilidade das crianças à intoxicação exógena, é de fundamental importância identificar as características epidemiológicas desse agravo nesta população.Downloads
Referências
1. Sales CCF, Suguyama P, Guedes MRJ, Borghesan NBA, Higarashi IH, de Oliveira MLF. Intoxicação na primeira infância: socorros domiciliares realizados por adultos. Rev. Baiana Enferm. [Internet]. 2018[citado 26º de julho de 2022]; 31(4). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/23766.
2. Fukuda RC, Silva LDG, Tacla, MTG.M. Intoxicações exógenas em pediatria. Varia Scientia Ciências da Saúde 2015,1(1):26-34.
3. Oga S, Camargo MM, Batistuzzo JAO. Fundamentos de Toxicologia. 4ª ed. São Paulo: Atheneu; 2014.
4. Brasil. Portaria nº 204 de 06 de fevereiro de 2016. Brasília. Diário Oficial da União; 2016.
5. Costa JB, Silva HCG. Intoxicação Exógena: casos no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015. Arquivos catarinenses de medicina 2018, 47:1-15.
6. Zucco JK, Fachini JS, Duarte VO, Tesser G. Perfil dos pacientes atendidos por intoxicação exógena em um hospital universitário pediátrico na cidade de Itajaí, SC. Arquivos catarinenses de medicina 2021,50(2):76-89.
7. Aguiar KVDCS, Cunha CR, Araújo RTS, Bonfim, AS. Intoxicação exógena acidental em crianças no estado da Bahia: 2013 a 2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde 20º de agosto de 2020 [citado 26º de julho de 2022]; 12(11). Disponível em:https://www.researchgate.net/publication/343777571_Intoxicacao_exogena_acidental_em_criancas_no_estado_da_Bahia_2013_a_2017.
8. Lopes TM, Fernandes AB, Lucio Neto MP. Epidemiological aspects of exogenous poisoning in children under the age of nine in the State of Maranhão in the period from 2010 to 2017. RSD [Internet]. 2020Dec.12 [cited 2022Jul.26];9(12):e2591210706. Available from: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10706.
9. Schmertmann M, Williamson A, Black D, Wilson L. Risk factors for unintentional poisoning in children aged 1-3 years in NSW Australia: a case-control study. BMC Pediatria 2013, 13:88.
10. Romão MR, Vieira LJ. Tentativas suicidas por envenenamento. Revista Brasileira em promoção da Saúde 2014, 17(1):14-21.
11. Passamai LO. Intoxicação exógena por medicamentos em crianças menores de cinco anos: um estudo epidemiológico. Revista Brasileira de Ciências em Saúde 2017, 1(1): 25-33.
12. Roma KMS, Gomes MFP, Oliveira K, Reticena VKC, Fracolli L.A. Accident prevention in early childhood in a family health strategy: parent's perspective. Revista de Enfermagem da UFPI 2018, 7(2):28-34.
13. Sistema Nacional De Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Registro de Intoxicações [Internet]. 2017. Disponível em: http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=321. Acesso em 14 dez. 2021.
14. Gomes MS, Costa, TD. Tentativas de suicídio de crianças e adolescentes em Sergipe no período de 2015 a 2017. 2018. Monografia (Graduação em Serviço Social) – Departamento de Serviço Social, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2018.
15. Brito MLS, Melo PPF, Cardoso KB, Silva FT, Reis Júnior PM, Bitencourt EL. Número de internações e óbitos associados à intoxicação infantil. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 2019, 17(3):124-130.
16. Vilaça L, Volpe FM, Ladeira RM. Accidental poisoning in children and adolescents admitted to a referral toxicology department of a brazilian emergency hospital. Rev Paul Pediatr. 2019 25 de Novembro [citado 26 de julho de 2022]; 25(38):e2018096. Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31778403/.
17. Ramos TO, Colli VC. Indicadores epidemiológicos das intoxicações exógenas em crianças menores de 5 anos na região de Araçatuba-SP. REV [Internet]. 2019, 30 de outubro [citado 26 de julho de 2022];10(3). Disponível em: http://autores.revistarevinter.com.br/index.phpjournal=toxicologia&page=article&op=view&path[]=308.
18. Burity R de AB, Ribeiro JSD, Guimarães E da S, Freitas JM de, Freitas MTD de, Lima GVP da S, Pinheiro Júnior JW, Brandespim DF. Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no município de Moreno-PE no período de 2012 a 2015. Med. Vet. (UFRPE) [Internet]. 9º de setembro de 2019 [citado 26º de julho de 2022];13(1):49-56. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/2609.]
19. Silva TJ, OLIVEIRA VB. Intoxicação medicamentosa infantil no Paraná. Visão acadêmica 2018,19(1). 51-61, 2018.
20. Santos RRB, da Nóbrega ÍMF, Christhianne E, Silva BG. Perfil das Intoxicações Exógenas em crianças de 0 a 14 Anos. In Conference Ebook , p. 119, 2019.
21. Leão MLP, Silva Júnior FMR. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no ano de 2017 em Pernambuco, Brasil. Research, Society and Development [Internet]. 20 de agosto de 2020 [citado 26º de julho de 2022]; 9(6):e161963618-e161963618. Disponível em: https://redib.org/Record/oai_articulo3002586-perfil-epidemiol%C3%B3gico-dos-casos-de-intoxica%C3%A7%C3%A3o-ex%C3%B3gena-ano-de-2017-em-pernambuco-brasil.
22. Chaves LHS, Viana AC, Júnior WPM, Silva A L, Serra LC. Exogenous intoxication by medications: epidemiological aspects of notified cases between 2011 and 2015 in Maranhão. Revista Ciência & Saberes-Facema 2017, 3(2), 477-482.
23. Sene ER, Mascarenhas ABR, Macedo MKP, Neves NG, Souza TR, Souza, LCM. Intoxicação exógena no estado de Goiás. Brazilian Journal of Health Review 2021, 4(6): 25854-25866.
24. Silva MN, Ferreira MMMN, Viana MRP. Perfil da morbimortalidade de adolescentes por intoxicação exógena no Brasil. Research, Society and Development. 2020; 9(10):e6349108914-e6349108914.
25. Gonçalves HC, Costa JB. Intoxicação exógena: casos no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015. Arquivos catarinenses de medicina 2018; 47(3):2-15.
26. Leite MS, Lemes ALJ, Dal Col AG, , Rosa AN, Oliveira AJG, Silva AJGO, Arruda BCAP, Assis BCG et al. Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica de zero até os 19 anos de idade no Brasil, durante os anos de 2007 a 2017. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR 2020, 30(3):30-4.
27. Mathias TL, Guidoni CM, Girotti E. Tendências de eventos toxicológicos relacionados a medicamentos atendidos por um Centro de Informações Toxicológicas. Revista Brasileira de Epidemiologia [Internet]. 20 de julho de 2019 [citado 26 de julho de 2022]; 22:e190018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/G7MkPFPkpbPPZC3G46QgQbn/?lang=pt#.
28. Gonçalves AC, Araújo MPB, Paiva KV, Menezes CSA, Silva AEC, Santana GO et al. Acidentes na infância: casuística de um serviço terciário em uma cidade de médio porte do Brasil. Rev Col Bras Cir 2019, 46(2):2104.
29. Filócomo FRF, Harada MJCS, Mantovani R, Ohara CVS. Perfil dos acidentes na infância e adolescência atendidos em um hospital público. Acta Paul Enferm 2017, 30(3):287-294.
30. Klinger EI, Schmidt DC, Lemos DB, Pasa L, Possuelo LG,Valim ARM. Intoxicação exógena por medicamentos na população jovem do Rio Grande do Sul. Revista de Epidemiologia e Controle Infecção 2016, 6(2):1-8.
31. Maior MDCLS, Osorio-de-Castro CGS, Andrade CLTD. Internações por intoxicações medicamentosas em crianças menores de cinco anos no Brasil, 2003-2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2017, 26: 771-782.
32. Amaral VGDAS, Silva MT, Lima RQ. Intoxicação exógena causada por produtos de uso domiciliar em Manaus-AM. Brazilian Journal of Development 2020, 6(12):100126-33.
33. Anjos DBMD, Ricardi AST, Fernandes CFB, Prado CC, Capitani EMD, Bucaretchi F. Exposições tóxicas agudas graves em crianças e adolescentes: série de casos. Revista Paulista de Pediatria 2020, 39:10-15.
34. Lima GS, Chagas RDB, Macêdo KPC, Silva MC, Leal B de S, Vaz JLS, Costa SCR, Verde RMCL, Soares LF, Oliveira EH de. Caracterização das intoxicações por produtos de uso domiciliar na cidade de Teresina Piauí. REAS [Internet]. 13ago.2020 [citado 26 de julho de 2022]; (55):e666. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/666.
35. Silva IS, Oliveira HF, Soares ACGM. Aspectos epidemiológicos das intoxicações exógenas em crianças no estado de Sergipe entre 2010 e 2017. Scire Salutis 2020, 10(3), 51-57.
36. Gokalp G.Evaluation of poisoning cases admitted to pediatric emergency department. International Journal of Pediatrics and Adolescent Medicine – In press, 2019,12:1-7.
37. Rocha EJS, Gonzalez ADG, Girotto E, Guidoni CM. Análise do perfil e da tendência dos eventos toxicológicos ocorridos em crianças atendidas por um Hospital Universitário. Cad. Saúde Colet [internet] 20 janeiro de 2019. [citado 26 de julho de 2022];27 (1): 53-59. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1414-462X201900010333.
38. Mintegi S, Azkinaga B, Prego J, Dalziel SR, Arana-Arri E, et a. International Epidemiological Differences in Acute Poisonings in Pediatric Emergency Departments. Pediatric Emergency Care 2019,35(1):50-57.
39. Amorim MLP, Mello MJG, Siqueira MT. Intoxicações em crianças e adolescentes notificados em um centro de toxicologia no nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil 2017, 17(4): 765-72.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.