Cuidadores de pessoas idosas e as condições de trabalho associadas ao cuidado

Caregivers for older people and the working conditions associated with care

Palavras-chave: Condições de trabalho, Cuidadores, Dor Musculoesquelética, Idoso

Resumo

Objetivo: Descrever a relação entre dor osteomuscular e a condição de trabalho de cuidadores domiciliares de pessoas idosas. Método: Estudo transversal, realizado com cuidadores de pessoas idosas de um centro de referência à saúde do idoso em Salvador. Aplicou-se um formulário estruturado e o instrumento validado Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ). Resultados: Dos 45 participantes, a maioria eram mulheres (86,7%), com idade média de 49,4 anos, sendo 68,9% filhas desses idosos, negras (88,8%), ensino médio (46,7%), renda familiar até três salários (82,2%). Nos últimos doze meses, 95,6% referiram dor musculoesquelética, mais presente na lombar, tornozelos/pés (62,2%) e joelhos (57,8%). A maioria cuida acima de 19 horas/dia, 86,7% cuidam a mais de um ano e 97,8% sem curso de cuidador. Conclusão: A dor osteomuscular está diretamente relacionada a condição de trabalho, pois eles cuidam sozinhos, sem suporte profissional, sem treinamento prévio e sem qualquer orientação sobre o autocuidado à sua saúde física.

Palavras-chave: Condições de trabalho. Cuidadores. Dor Musculoesquelética. Idoso.

 

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 existirão dois bilhões de idosos em todo o mundo.1 No Brasil, as projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 25,5% da população brasileira será composta de pessoas idosas no ano de 2026.2 A OMS estabeleceu o período entre 2021-2030 como a Década do Envelhecimento Saudável, estratégia global visando a construção de uma sociedade para todas as idades, especialmente devido à consequência do envelhecimento, com necessidade progressiva de cuidados por profissionais, além de outras pessoas, a exemplo de familiares.3

Nesse contexto, a pandemia de COVID-19 exigiu mais proteção e cuidados com a saúde da população idosa, visto que este é o grupo populacional mais vulnerável às consequências da doença, além do isolamento social, de acordo estudos realizados na Índia e no Brasil.4,5 O cenário da COVID-19 provocou impactos negativos na saúde das pessoas idosas e dos seus cuidadores, como: desarranjos familiares e sociais; redução do apoio formal e informal; aumento e acúmulo de tarefas; aumento do estresse e dor em cuidadores.6,7

Seja por agravo a saúde ou pelo processo natural do envelhecimento, o idoso com dependência funcional necessita de apoio, geralmente ofertado por familiares, que passam a ser responsáveis principais, conforme a Política Nacional do Idoso. Nessa situação, cuidadores inibem suas emoções e sentimentos, renunciam seus projetos particulares e, muitas vezes, mantêm dependência emocional com a pessoa cuidada, recebendo pouco ou nenhum apoio.8

O papel do cuidador geralmente é solitário e integral, o que pode repercutir de forma negativa para agravos a saúde de quem cuida e de quem recebe os cuidados. Portanto, é necessário entender o processo saúde-doença e como este afeta a vida do cuidador, para implementação de ações voltadas a promoção da saúde, visando minimizar agravos.

O perfil sociodemográfico de cuidadores de pessoas idosas é frequente em estudos recentes.6,9,10,11 Contudo, pesquisas desenvolvidas na Espanha, nos Estados Unidos da América (EUA) e em países da América Latina, principalmente no Peru, limitam-se a estudar as necessidades de cuidado desses cuidadores e a sobrecarga de trabalho vivenciada,6,9,11 investiga-se ainda a depressão, a autoeficácia e o estresse,6,12 percebe-se assim uma lacuna associando a dor osteomuscular e a condição de trabalho dessas pessoas.

Diante o exposto, este estudo descrever a relação entre dor osteomuscular e a condição de trabalho de cuidadores domiciliares de pessoas idosas, durante a pandemia da COVID-19. Esse conhecimento é importante para dar visibilidade aos cuidadores em seus domicílios, embora imprescindíveis para a continuidade do cuidado, incentivando ações de cuidado principalmente para proteção osteomuscular.

 

MÉTODOS

O estudo é parte de uma tese de doutorado que objetivou testar a eficácia de uma tecnologia educativa na redução de sintomas musculoesqueléticos em cuidadores domiciliares de pessoas idosas.13 Trata-se de uma pesquisa transversal e sua apresentação segue a ferramenta Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE).14

Os participantes foram os cuidadores de pessoas idosas vinculadas a um Centro de Referência à Saúde da Pessoa Idosa localizado em Salvador, Bahia, que atendessem aos critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos; ser cuidador domiciliar; ser cuidador no mínimo há doze meses; e ter acesso a um smartphone ou tablet.

O recrutamento ocorreu na sala de espera em dois momentos, antes e após a instalação da pandemia. Entre dezembro/2019 e fevereiro/2020, sendo interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus. E, entre maio e junho de 2021, pois o número de interessados ainda era reduzido com base no cálculo amostral. A amostra foi por conveniência, e o recrutamento ocorria na sala de espera, enquanto os cuidadores aguardavam o atendimento das pessoas idosas sob seus cuidados. Nesse momento, de forma presencial, o projeto era apresentado, havendo o esclarecimento de dúvidas e todos os presentes eram convidados para participar da pesquisa.

Os interessados forneciam o número de telefone e, posteriormente, foram contactados pela equipe, onde a proposta da pesquisa foi apresentada individualmente, com objetivos e relevância e, para àqueles interessados encaminhava-se, por aplicativo de mensagens (WhatsApp®), através do Google Forms, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para assinatura.

A coleta de dados foi realizada remotamente, entre setembro e outubro de 2021, por meio de vídeo chamada no WhatsApp®, aplicando-se um formulário contendo as variáveis sociodemográficas (sexo, idade, raça, estado civil, religião, escolaridade, moradia, grau de parentesco e renda familiar), clínicas e condições de trabalho por meio das perguntas: Realiza exercício físico ou atividade de lazer? Apresenta comorbidades? Exerce o cuidado ao idoso por quanto tempo e quantas horas por dia? Fez curso de cuidador? Teve orientação de algum profissional da saúde?

Neste momento também houve aplicação do Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ), instrumento validado, na sua versão traduzida para o português.15 O questionário permitiu identificar segmentos do corpo os quais os cuidadores sentiam dor, formigamento ou dormência nos últimos 12 meses, e depois nos últimos sete dias, além do afastamento das atividades rotineiras, assim como se houve consultas com profissional de saúde, por meio de quatro perguntas e uma imagem do corpo humano, com nove segmentos anatômicos, onde era possível visualizar e  mostrar a região do corpo correspondente à localização do desconforto.15 O instrumento é amplamente utilizado com pessoas na comunidade em estudos nacionais e internacionais.16,17

Para minimizar o risco de viés nas respostas dos participantes, a equipe foi treinada previamente, para utilizar a mesma linguagem de forma clara e objetiva com o público-alvo.

Realizou-se o cálculo amostral com base em um estudo anterior, considerando-se o desfecho dor.18 Assim, utilizou-se o Teste t, considerando um nível de confiança de 95%, um poder estatístico de 80%, e perda de elementos de 10%, sendo necessário 32 participantes para compor o estudo.

A análise foi realizada com auxílio do software livre Jamovi®. Utilizou-se as estatísticas descritivas para análise dos dados socioemográficos, clínicos e condição de trabalho. E os dados das variáveis contínuas usaram as medidas de tendência central e dispersão, expressos como médias e desvio-padrão, enquanto as das variáveis dicotômicas ou categóricas foram expressas como frequência e porcentagens.

Respeitou-se às normas contidas nas Resoluções 466/12, 580/18 e as exigências contidas no ofício circular de pesquisa virtual nº 2/2021. O estudo vincula-se ao projeto “Inovações educativas para prevenção/redução de sobrecarga em cuidadores” aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EEUFBA), sob o parecer de nº 4.447.759.

Para garantir o anonimato, os cuidadores foram identificados pela letra C, seguido de um numeral crescente. 

 

RESULTADOS

Participaram do estudo 45 cuidadores, 86,7% do sexo feminino com idade média de 49,4 anos, 88,8% se autodeclaram da raça/cor negra, 46,7% casados, 53,3% informaram ser católicos, 46,7% com ensino médio completo e 55,9% moravam em bairros periféricos. Quanto ao grau de parentesco, 68,9% são filhas dos idosos sob cuidados, 82,2% com renda familiar menor que três salários-mínimos. Quanto aos idosos, a maioria (68%) apresentavam diagnósticos neurológicos.

Sobre o exercício físico, 53,3% dos cuidadores não realizam e 24,4% deixaram de fazer após iniciar o cuidado ao idoso. Porém, 51,1 % relataram encontrar tempo para atividade de lazer. Quanto as comorbidades pré-existentes, a maioria dos cuidadores relataram possuir, sendo elas, diabetes (80%) e hipertensão (73,3%).

Na Tabela 1 observa-se resultados referentes ao NMQ, apontando que os cuidadores referiram dor musculoesquelético, nos últimos doze meses, na coluna lombar (62,2%), tornozelos/pés (62,2%) e joelhos (57,8%), conforme segue abaixo.

 

Tabela 1 - Dor musculoesquelético, impedimento para realizar atividades e consultas com profissionais de saúde por região anatômica, relatados por cuidadores de idosos usuários de um centro de referência de atenção à saúde do idoso. Salvador, Bahia, Brasil. 2021

 

Quanto as condições de trabalho de cuidadores de pessoas idosas, observou-se que 62,2% residiam com o idoso, 86,7% cuidavam do idoso há mais de um ano, 51,1% cuidavam do idoso por tempo superior a 19 horas/dia, 97,8% não realizou curso de cuidador, 64,4% teve orientação de algum profissional para um cuidado específico e 68,9% teve apoio no cuidado, conforme mostra a Tabela 2.

 

Tabela 2 - Condições de trabalho de cuidadores de idosos usuários de um centro de referência de atenção à saúde do idoso. Salvador, Bahia, Brasil. 2021

DISCUSSÃO

Cuidadores foram majoritariamente do sexo feminino, com média de idade de 49,4 anos, autodeclarados da raça/cor negra, ensino médio completo, viviam com a renda familiar entre um e três salários-mínimos, eram filhas e moravam com as pessoas idosas em bairros periféricos da cidade de Salvador. A maioria dos cuidadores reportou comorbidades, e referiram dor osteomuscular em coluna lombar, joelhos e tornozelos/pés nos últimos doze meses.

No que tange as condições de trabalho, os cuidados prestados ocorriam por tempo superior a 19 horas/dia, por mais de um ano ininterrupto, sem treinamento específico, embora 64,4% tenha recebido orientação de uma equipe multiprofissional no referido centro de referência, para exercer aquele cuidado pontualmente, contudo não receberam orientações sobre o autocuidado.

A predominância de mulheres assumindo este papel relaciona-se a questão sociocultural tradicional do sexo feminino no cuidado. Estudos revelam que as mulheres assumem a posição de cuidar ou auxiliam nesta função desde muito cedo.7,11,19 Em contrapartida, pesquisa realizada na China, com 195 cuidadores de pessoas com artrite reumatoide encontrou 55,4% do sexo masculino.12 Logo, assumir a posição de cuidador de uma pessoa idosa pode estar relacionado também a influência cultural ou social.

Isto é resultante das características atribuídas ao trabalho de quem cuida que, em muitos lugares, inclusive no Brasil, apresentam desigualdades de gênero, classe e raça, com a representação de mulheres pobres, negras, de baixa escolaridade e com grande dedicação, quase exclusiva, do seu tempo a esta função.20,21 Além disso, quanto menor o grau de escolaridade do cuidador maior a sua sobrecarga.12 Essa situação pode levar a precariedade do autocuidado e do cuidado ao idoso, limitando ainda o acesso à saúde e lazer.

Nesse estudo, a maioria além de se autodeclararem de raça negra, moravam em bairros periféricos, com renda precária. Observando o tempo gasto com o cuidado (entre 19 e 24 horas diárias), sem treinamento de autocuidado, a resiliência com relação a dor é uma possibilidade, que os coloca em risco de adoecimento, déficit do autocuidado e aumento de tarefas, influenciando ainda na qualidade do cuidado oferecido.9

Assim, neste estudo, diante de uma rotina difícil e sobrecarregada, o recebimento de apoio declarado pela maioria dos cuidadores poderia explicar a reduzida percepção da dor. Saikai et al22 em estudo cujo objetivo foi verificar o perfil de distúrbios osteomusculares em cuidadores de pessoas idosas, também utilizou o questionário nórdico e verificou cuidadores com idade média de 52,9 anos, trabalhando aproximadamente 15,8 horas por dia, com dores especialmente na coluna (65,2%), em membros superiores (60,8%) e membros inferiores (47,8%).

No estudo em tela, os distúrbios musculoesqueléticos apresentaram associação significativa com alterações encontradas no questionário nórdico (p=0,013), resultando em maior sofrimento físico dos cuidadores mais velhos. Ademais, os autores observaram que independentemente de condições socioeconômicas, quando o cuidado oferecido tinha o suporte de outras pessoas, os cuidadores não relataram quadro álgico.  Assim, o apoio durante o cuidado ao outro, seja da equipe de saúde ou do familiar, é um fator relevante para redução da sobrecarga do cuidador e, consequentemente, menor sensação de dor osteomuscular.

A idade média desses cuidadores foi compatível com outros estudos,11,12,16 ou seja, o grupo estudado é representado por pessoas de meia idade especialmente mulheres sendo encaminhadas para a velhice, o que requer atenção. A ascensão da média de idade de cuidadores de pessoas idosas deve ser motivo de preocupação, sobretudo, para oferta de melhor qualidade de vida, evitar adoecimento físico e mental, visto que os cuidadores acompanham o envelhecimento populacional geral.

Como encontrado neste estudo e em outros, existe um vínculo familiar importante entre a pessoa sob os cuidados e o cuidador, com predominância de filhos exercendo essa função.11,20 O vínculo familiar pode exacerbar a dor osteomuscular, ocasionado pela somatização, por conta de sentimentos envolvidos, da intensa preocupação e do excesso de cuidado com o ente.23

Outro ponto que pode influenciar essa situação, é o nível de gravidade da doença que pode gerar limitação ou até mesmo incapacidade, aumentando assim o grau de dependência. No estudo em tela, 68% das pessoas idosas cuidadas apresentaram diagnóstico neurológico, esse dado é corroborado por Tsukamoto et al,24 onde o Acidente Vascular Cerebral (AVC), estava entre as patologias mais apresentadas pelos indivíduos dependentes. Já Souza et al20 mostram que além do AVC (35,6%), a demência (20%) também estava entre as doenças incapacitantes predominante, evidenciando que 66,67% dos idosos eram totalmente dependentes. 

Nesse sentido, autores também advertem acerca da sobrecarga de trabalho do cuidador familiar, pela redução de tempo para o descanso ou atividades de lazer, impactando em ausência de tempo livre para si,11 a despeito da relevância de atividades físicas e de lazer na promoção da saúde, qualidade de vida e redução dos sintomas osteomusculares.10

Essa sobrecarga gera tensionamentos negativos não somente a saúde física, mas também a saúde mental,25 diante de um trabalho geralmente solitário, ininterrupto, muitas vezes provocando sentimentos diversos por ser um ente próximo, levando ao adoecimento, afastamento da rede social e afetiva, além do desemprego.26 Pessoas que realizam o cuidado e sentem-se sobrecarregadas, têm maior probabilidade de adquirir depressão e, consequentemente, pior condição de saúde quando comparadas àquelas com menor carga de trabalho.12

Diante da sobrecarga física e emocional diária dos cuidadores, sintomas físicos podem ocorrer, especialmente osteomusculares. Nesse estudo, mesmo com queixas de dor nos últimos 12 meses, a maioria dos cuidadores não deixaram de realizar suas atividades relacionadas ao cuidado do idoso, e nem procuraram o serviço de saúde. Sheth et al6 realizaram um estudo com 321 cuidadores durante a pandemia do coronavírus, que prestavam os cuidados por mais de 40 horas semanais, e alertou para o aumento significativo da dor nestes cuidadores. Em outro, com 50 cuidadores formais e informais foi referido algias em coluna lombar.27

O estudo em tela, realizado no decorrer da pandemia de COVID-19, retratou cuidadores em situação de isolamento social, maior estresse e acesso reduzido ao serviço de saúde, tornando o autocuidado e o cuidado aos idosos ainda mais desafiadores. Também, durante a pandemia, cuidadores de idosos com demência tiveram elevada carga física, redução do repouso e desorganização do convívio familiar, com consequente aumento do estresse e de queixas osteomusculares quando comparado entre os dois lockdowns.7,11 Ademais, essa sobrecarga associou-se a maior idade e ao tempo de prestação do cuidado.

Sobre a continuidade do cuidado, sinaliza-se maior grau de estresse no primeiro semestre, ainda considerado de adaptação, quando o cuidador necessita de apoio também com relação ao seu autocuidado.12 Cabe salientar que, cuidar do outro sentindo dor osteomuscular por conta das condições de trabalho pode comprometer a saúde e a qualidade de vida dos cuidadores.17

Entretanto, as suas repercussões físicas e emocionais podem ser amenizadas com o apoio da equipe multiprofissional, especialmente profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) da atenção básica.28 Através dessa rede, as orientações sobre posturas corretas e realização de exercícios podem impedir ou aliviar sofrimentos osteomusculares.23 Desta forma, profissionais de saúde devem atentar-se para as necessidades do cuidador, possibilitando a promoção de um cuidado mais humanizado.19

A despeito da existência de comorbidades declaradas pelos participantes desse estudo, o risco de morbimortalidade em cuidadores principais é elevado e necessita prevenção.29 Os participantes compõem uma parte dos brasileiros que negligenciam e desconhecem o seu estado de saúde, sobretudo relacionado às doenças crônicas e preveníveis.30 Observou-se com relação a esse grupo, poucas ações de promoção a saúde como exercícios físicos, alimentação saudável e correção de posturas ergonomicamente erradas.

Apesar de avanços na assistência domiciliar às pessoas idosas, não existem políticas públicas voltadas para os cuidadores. Estudo sinaliza para a invisibilidade de cuidadores de pessoas idosas, demonstrando a falta de apoio do Estado para estas pessoas de grande importância no processo do envelhecimento.19

Esse estudo apresenta como limitação o tamanho da amostra, pois ocorreu no período pandêmico, e a coleta foi alterada para a modalidade remota, dificultando assim o interesse dos participantes por não estarem habituados com o modelo virtual e as novas tecnologias necessárias durante a pandemia.

A falta de suporte profissional no auxílio ao cuidador domiciliar culminou em queixas álgicas na coluna lombar, joelho e tornozelo/pé, especialmente nos últimos 12 meses, quando estavam vivenciando um momento de isolamento social por conta da pandemia de COVID-19.

Em relação às implicações práticas, este estudo contribui para uma melhor compreensão do nexo causal da dor osteomuscular e a condição de trabalho de cuidadores domiciliares de pessoas idosas, entendendo-se que o apoio e as orientações de cuidado e autocuidado, por meio de evidências científicas, favorece um olhar mais atencioso das autoridades responsáveis para a criação de políticas públicas que possam melhorar a qualidade de vida desta população.

O estudo fortalece a necessidade de ações voltadas para promoção da saúde de cuidadores de pessoas idosas, sendo importante destacar que profissionais de saúde devem estar aptos a atender de maneira integral, incluindo o cuidador, por meio de incentivo ao autocuidado, a fim de garantir qualidade a saúde física da pessoa que cuida.

 

CONCLUSÃO

A dor osteomuscular está diretamente relacionada a condição de trabalho dos cuidadores de pessoas idosas, que cuidam sozinhos, por um longo período, de maneira ininterrupta, sem treinamento prévio e sem qualquer orientação sobre o autocuidado à saúde física.

O estudo contribuirá para formulação de novas políticas públicas em saúde que objetivem a promoção da saúde e prevenção de adoecimentos musculoesqueléticos nos cuidadores de pessoas idosas, reduzindo assim custos para os serviços de saúde.

Sugere-se ainda publicizar a importância de ações educativas, a fim de garantir qualidade a saúde física de quem cuida.

 

AGRADECIMENTO

Agradeço ao apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001 pela concessão de bolsa de doutorado.

Biografia do Autor

Nildete Pereira Gomes, Universidade Federal da Bahia
Fisioterapeuta. Possui Mestrado e Doutorado em Cuidado na Promoção à Saúde, Prevenção, Controle e Reabilitação de Agravos em Grupos Humanos (com foco no Idoso e seu Cuidador no ambiente domiciliar) pelo Programa de pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Orto-trauma. Tem experiencia em Ensino, pesquisa e extensão. Cordenou o Setor de Pesquisa da Liga Alvaro Bahia Contra Mortalidade Infantil e Coordenou do Programa de Residência Multiprofissional (UNIFACS X Hospital Martagão Gesteira) . Atou por 3 anos como docente do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Estácio. Experiência profissional assistencial em prevenção, tratamento e reabilitação, em especial, ao público idoso, bem como em práticas de atendimento domiciliar; Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Idoso (NESPI) e do Grupo de Estudo do Cuidar em Saúde (GECS) da Escola de Enfermagem da UFBA cadastrado no CNPq; Participa dos projetos de pesquisa e extensão intitulado: "Inovações educativas para prevenção/redução de sobrecarga em cuidadores", ?Idosos cuidadores no cuidado ao outro em domicilio: intervindo na sobrecarga do cuidado e "Cuidado a pessoa idosa durante a hospitalização e transição hospital-domicilio?; Atuou como tutora de iniciação cientifica, durante seis anos, de graduandos de fisioterapia e enfermagem da UFBA .
Larissa Chaves Pedreira , Universidade Federal da Bahia
Graduada em Enfermagem pela Universidade Católica do Salvador, possui Mestrado e Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Docente Associada da Escola de Enfermagem da UFBA, atuando na graduação e na pós-graduação. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Federal da Bahia no quadriênio 2017-2021, a residência em enfermagem intensivista (EEUFBA/ISG/SESAB) entre 2010 e 2015, e foi tutora da residência multiprofissional do Hospital Universitário (HUPES), representando a EEUFBA, inclusive na sua implantação. Vice-líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Idoso (NESPI) e integrante do Grupo de Estudo do Cuidar em Saúde (GECS) da Escola de Enfermagem da UFBA. Desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão com ênfase nas temáticas: Enfermagem médico-cirúrgica, enfermagem intensivista, pessoa idosa em situação crítica de saúde, cuidado de transição, cuidado domiciliar, fenomenologia e saúde, pesquisa-ação e demais metodologias qualitativas. Atualmente coordena o Projeto Cuidado à pessoa idosa no processo de hospitalização e transição hospital-domicílio.
Mansueto Gomes Neto, Universidade Federal da Bahia
Possui graduação em Fisioterapia pela Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências, Mestrado em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Doutorado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Estagio Pós Doutoral em Ciencias da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professor Associado I do departamento de Fisioterapia e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde e do Programa de Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da UFBA. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia da UFBA. Coordena e desenvolve projetos de pesquisa em parceria com pesquisadores nacionais e internacionais. Ministra aulas em cursos de Graduação e Pós-graduação, e trabalha com reabilitação funcional. Tem experiência em docência no ensino superior, disciplinas ligadas ao estudo do movimento, biomecânica, avaliação funcional e exercícios terapêuticos, atuando principalmente nos seguintes temas: Desempenho Motor, Diagnóstico Funcional, Funcionalidade, Fisioterapia e Reabilitação em pessoas com doenças crônicas. Mantém colaborações nacionais e internacionais para pesquisa e desenvolve projetos de pesquisa com parceria de pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal de Sergipe (SE), Universidade Estadual de Pernambuco (PE), School of Public Health and Preventive Medicine, Monash University e com a School of Science and Technology, University of New England (Austrália).
Marimeire Morais da Conceição, Universidade Federal da Bahia
Enfermeira, atuação em Educação Permanente em Saúde (Escola de Saúde Pública da Bahia - SESAB), Doutorado (2021- atualmente) e Mestrado em Enfermagem e Saúde (2018- 2020) pela Escola de Enfermagem da UFBA na linha de pesquisa Cuidado no processo de desenvolvimento humano. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa Escola de Enfermagem da UFBA. Membro do Grupo de Estudos sobre Saúde da Criança e do Adolescente (CRESCER) - UFBA e do Grupo de Pesquisa Maria Filipa (ESPBA). Especialização em Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde - FIOCruz (2019-2020). Residência em Clínica Médica-Cirúrgica, com ênfase em Centro Cirúrgico e Central de Esterilização - UFBA (2007-2008). Experiência na docência no ensino em Enfermagem e Saúde (nível Técnico, Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu) (2006 - atualmente). Experiência de 15 anos na assistência à saúde na área de Enfermagem Hospitalar, com atuação em Clínica Médica, Semi-Intensiva, Clínica Cirúrgica, CCIH, Centro Cirúrgico, Central de Material e Recuperação pós-anestésica (2006 - 2020). Atua na área da pesquisa sobre saúde da Criança e do Adolescente, Racismo e Saúde, Saúde da População Negra, Educação Permanente em Saúde, Violência, Violência Sexual e Cuidado em Saúde.
Rute dos Santos Sampaio, Universidade Federal da Bahia
Fisioterapeuta pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da UFBA. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Idoso (NESPI) cadastrado no CNPq. Participa dos projetos de pesquisa e extensão intitulado: "Inovações educativas para prevenção/redução de sobrecarga em cuidadores" e "Cuidado a pessoa idosa durante a hospitalização e transição hospital-domicilio (EEUFBA) orientado pela Profa. Dra. Larissa Chaves Pedreira. Atuou como vice presidente da Liga Acadêmica de Fisioterapia e Gerontologia (LAFIG) (2019); Participou como membro da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia da Bahia (LAGGEBA) (2017-2018); Atuou como monitora dos componentes curriculares Fisioterapia Preventiva (ICSC01) (2018) e de Fisioterapia aplicada a Geriatria (ICSC22) (2019). Foi bolsista de Iniciação Cientifica do Programa Permanecer (2018-2019).
Renata Farias Amorim, Universidade Federal da Bahia
Possui graduação em Fisioterapia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (2004). Atualmente é fisioterapeuta - Complexo Hospitalar Professor Edgar Santos é mestranda do programa de Pós graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Federal da Bahia- UFBA. Tem experiência nas área de Fisioterapia: traumato-ortopédica, geriatria e hospitalar. Atuando principalmente no seguinte tema: Fisioterapia na transição hospital-domicílio de pessoas adultas e idosas.

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Publicado
2024-03-31
Seção
Artigos Originais