Cuidado à saúde da pessoa em situação de rua: debate e relatos para uma abordagem intersetorial
DOI:
https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v10n2p251-258Palavras-chave:
Pessoas em situação de rua, Sistema Único de Saúde, ação intersetorial.Resumo
Este artigo apresenta relato referente ao “I Encontro sobre as Políticas de Atendimento à População em Situação de Rua: Articulação entre SUS e SUAS”, realizado por residentes da Residência Multiprofissional em Saúde da Família em Parnaíba (PI) durante os meses de outubro e novembro de 2016. O objetivo é discorrer sobre o encontro e discutir as políticas de atendimento à pessoa em situação de rua - PSR. O evento teve como público-alvo os agentes comunitários de saúde (ACS) e enfermeiros de quatro Distritos de Saúde. O evento possibilitou a discussão sobre a PSR, as políticas de reconhecimento dessa população, a existência e qualidade do serviço ofertado pelo Centro de Referência Especializado para População de Rua e a discussão de casos. Desse modo, o evento deu aos profissionais de saúde a oportunidade de lançar um novo olhar em relação à PSR e criou a possibilidade de realização de outros eventos com o mesmo tema destinado aos profissionais de outros setores da redeDownloads
Referências
ADORNO, R. C. F.; VARANDA, W. Descartáveis urbanos: discutindo a complexidade da população de rua e o desafio para políticas de saúde. Saúde e Sociedade, v. 13, n. 1, p. 23-45, 2004.
AGUIAR, M. M.; IRIART, A. B. Significados e práticas de saúde e doença entre a população em situação de rua em Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, v.28, n.1, n.115-124, 2012.
BARATA, R. B. Desigualdade social em saúde na população em situação de rua na cidade de São Paulo. Saúde Soc. v.24, supl.1, p.219-232, 2015.
BORYSOW, I. C.; FURTADO, J. P. Acesso, equidade e coesão social: avaliação de estratégias intersetoriais para a população em situação de rua. Rev Esc Enferm USP,
v. 48, n. 6, p.1069-76, 2014.
BRASIL. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 set. 1990.
BRASIL. Decreto Presidencial n° 7.053, de 23 de Dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 24 dez. 2009.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Pesquisa nacional sobre a população em situação de rua. Brasília, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 940/GM/MS, 28 de abril de 2011. Regulamenta o Sistema Cartão de Saúde (Sistema Cartão). Diário Oficial da União, Brasília, DF, Sessão 1, 29 de abr. 2011.
BRASIL, Ministério da Saúde. Políticas de Promoção das Equidades em Saúde. Brasília, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da população em situação de rua: um direito humano. Brasília-DF, 2015.
CARNEIRO, J. N.; SILVEIRA, C. Organização das práticas de atenção primária em saúde no contexto dos processos de exclusão/inclusão social. Cad Saúde Pública, v. 19, v. 6, p. 1827-35, 2003.
FARIAS, D. C. S. et al. Saberes sobre saúde entre pessoas vivendo em situação de rua. Psicologia e Saber Social, v.3, n.1, p. 70-82, 2014.
FIORATI, R. C. População em vulnerabilidade, intersetorialidade e cidadania: articulando saberes e ações. Saúde Soc, v.23, n.4, p.1458-1470, 2014.
HALLAIS, J. A. S.; BARROS, N. F. Consultório na Rua: visibilidades, invisibilidades
e hipervisibilidade. Cad. Saúde Pública, v.31, n.7, p.1497-1504, 2015.
KAMI M. T. M. et al. Saberes ideológicos e instrumentais no processo de trabalho no Consultório na Rua. Rev Esc Enferm USP, v. 50, n. 3, p.442-449, 2016.
MARCERATA, I.; SOARES, J. G. N.; RAMOS, J. F. C. Apoio como cuidado de territórios existenciais: Atenção Básica e a rua. Interface comunicação saúde educação, v.18, Supl. 1, n.919-30, 2014.
MATRACA, M. V. C.; JORGE, T. C. A; WIMMER, G. O PalhaSUS e a Saúde em Movimento nas Ruas: relato de um encontro. Interface comunicação saúde educação, v.18, Supl. 2, p.1529-1536, 2014.
PAIVA, I. K. S. et al. Direito à saúde da população em situação de rua: reflexões sobre a problemática. Ciênc. saúde coletiva, v.21 n.8, p. 2595- 2606, 2016.
SERAFINO, I; LUZ, L. C. X. Políticas para a população adulta em situação de rua: questões para debate. Revista Katálysis, v. 18, n. 1, p. 74-85, 2015.
SILVA, C. C.; CRUZ, M. M.; VARGAS, E. P. Práticas de cuidado e população em situação de rua: o caso do Consultório na Rua. Saúde Debate, v. 39, n. Especial, p. 246-256, 2015.
SUGUYANA, P.; BUZZO, L. E.; OLIVEIRA, M. L. F. Desvelando a vivência da equipe multiprofissional no cuidar do paciente esquizofrênico. Saúde e Pesquisa, v. 9, n. 1, p. 65-71, 2016.
TRINO, A. T.; MACHADO, M. P. M.; RODRIGUES, R. B. Conceitos norteadores do cuidado junto à população em situação de rua. In: TEIXEIRA, M.; FONSECA, Z. Saberes e práticas na atenção primária à saúde: cuidado à população em situação de rua e usuários de álcool, crack e outras drogas. São Paulo: Hucitec, 2015. p. 27-53.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.