Heterocontrole da fluoretação da água de abastecimento público em Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

Palavras-chave: Fluoretação, Saúde Bucal, Saúde pública

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar os teores de flúor na água de abastecimento público do município de Uberlândia (MG) e, adicionalmente, comparar os valores encontrados com os dados do controle operacional e de um laboratório de referência. Durante seis meses coletaram-se 126 amostras, as quais foram analisadas pela técnica eletrométrica, inicialmente na Universidade Federal de Uberlândia e depois pelo laboratório de referência. Por meio do teste Generalized Estimating Equations, os dados foram comparados entre si e com os de controle operacional. Observou-se diferença estatística entre os laboratórios, entre os momentos avaliados e na interação entre laboratório e tempo. Mesmo com variabilidade entre os resultados, pôde-se concluir que o flúor está presente na água de abastecimento de Uberlândia com teores dentro dos padrões recomendados pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal quanto à concentração de fluoretos e que a população tem sido assistida de forma segura.

Biografia do Autor

Marília Rodrigues Moreira, Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Docente do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia (MG), Brasil.
Juliana Pereira da Silva Faquim, Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Docente da Escola Técnica de Saúde na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia (MG), Brasil.
Stefan Vilges de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Docente do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia (MG), Brasil.
Douglas Queiroz Santos, Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Docente da Escola Técnica de Saúde na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia (MG), Brasil.
Paulo Capel Narvai, Universidade de São Paulo - USP
Livre Docente da Faculdade de Saúde Pública na Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil.

Referências

World Health Organization. Progress on Sanitation and Drinking-water: 2010 update [internet]. Geneva: 2010 [acesso em 2017 Out 15]. Disponível em: https: www.unicef.org/eapro/JMP-2010Final.pdf.

Narvai PC. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Cienc Saúde Coletiva. 2000; 5(2):381-92.

Narvai PC, Castellanos RA, Frazao P. Dental caries prevalence in permanent teeth of schoolchildren in the Municipality of Sao Paulo, Brazil, 1970-1996. Rev Saude Pub. 2000; 34(2):196-200.

Ribeiro AG, Oliveira AF, Rosenblatt A. Early childhood caries: prevalence and risk factors in 4-year-old preschoolers in Joao Pessoa, Paraiba, Brasil. Cader Saude Pub. 2005; 21(6):1695-1700.

Antunes JL, Peres MA, Campos Mello TR, Waldman EA. Multilevel assessment of determinants of dental caries experience in Brazil. Community Dent Oral Epidemiol. 2006; 34(2):146-152.

Ferreira R, Narvai P. Fluoretação da água: significados e lei da obrigatoriedade na visão de lideranças em saúde. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2015; 69(3):266-271.

Ferreira RG, Bogus CM, Marques RA, Menezes LM, Narvai PC. Public water supply fluoridation in Brazil according to health sector leaders. Cader Saude Pub. 2014; 30(9):1884-1890.

Ramires I, Buzalaf MA. Fifty years of fluoridation of public water supplies in Brazil: benefits for the control of dental caries. Cien Saude Colet. 2007; 12(4):1057-1065.

Narvai PC, Castellanos RA, Frazao P. Dental caries prevalence in permanent teeth of schoolchildren in the Municipality of Sao Paulo, Brazil, 1970-1996. Rev Saude Pub. 2000; 34(2):196-200.

Narvai PC. Fluoretação da água: heterocontrole no município de São Paulo no período de 1990-1999. Rev Bras Odonto Saude Col. 2000; 2(2):50-56.

Frazão P, Peres MA, Cury, JA. Qualidade da água para consumo humano e concentração de fluoreto. Rev Saude Publica. 2011; 45(5):964-73.

Frazão P. O modelo de vigilância da água e a divulgação de indicadores de concentração de fluoreto. Saúde debate. 2018; 42(116):274-286.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). [acesso em 2017 Mai 26]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/uberlandia/panorama.

Instituto Trata Brasil. Ranking do Saneamento. 2016. [acesso em 2017 Mai 26]. Disponível em: http://portaldoamazonas.com/wp-content/uploads/2016/04/relatorio-completo.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de fluoretação da água para consumo humano. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da Vigilância da Qualidade da Água para o consumo Humano. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

Frazão P, Narvai PC. Cobertura e vigilância da fluoretação da água no Brasil: municípios com mais de 50 mil habitantes São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2017. Disponível em: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/181.

Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal da Universidade de São Paulo (CECOL). Protocolo de coleta e análise da amostra de água. São Paulo: 2014. Disponível em: http://www.cecol.fsp.usp.br/dcms/uploads/arquivos/1411739391_Manual-Coleta-Analise-Amostra-Agua%20v.1.0.pdf.

Frant MS, Ross JWJ. Electrode for sensing fluoride ion activity in solution. Scien. 1966; 154(3756):1553-1555.

Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal da Universidade de São Paulo (CECOL). Consenso técnico sobre classificação de águas de abastecimento público segundo o teor de flúor. São Paulo: 2011.

Petrucci E. Características do clima de Uberlândia-MG: análise da temperatura, precipitação e umidade relativa. Uberlândia: Programa de Pós-graduação em Geografia/ Universidade Federal de Uberlândia; 2018.

Zeger SL, Liang KY. Longitudinal data analysis for discrete and continuous outcomes. Biometrics. 1986; 42(1):121-130.

American Public Health Association (APHA). Standard Methods for the examination of water and wastewaters. Washington: 2005.

Piorunneck C, Ditterich R, Gomes E. Heterocontrole da fluoretação nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba nos anos de 2014 e 2015. Cad Saude Colet. 2017; 25(4):414-422.

Olivati, FN, Souza MLR, Tenuta LMA, Cury JA. Quality of drinking water floridation of Capão Bonito, SP, Brazil, evaluated by operational and external controls. Rev Odonto Cienc. 2011; 26(4):285-290.

Marmolejo L, Coutinho T. Heterocontrole da fluoretação da água de abastecimento público em Niterói, RJ, Brasil, no período de novembro de 2008 a março de 2009. Rev flum odontol. 2010; 16(33):34-39.

Brasil. Lei n. 6.050, de 24 maio de 1974. Dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas de abastecimento quando existir estação de tratamento. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 maio 1974. Seção 1, p. 6021.

Venturini CQ, Narvai PC, Manfredini MA, Frazão P. Vigilância e monitoramento de fluoretos em águas de abastecimento público:ums revisão sistemática. Rev. Ambient. Água. 2016; 11(4):972-988.

Saldanha KGH, Bizerril DO, Almeida JRS, Cabral RE Filho, Almeida MEL. Análise da concentração de flúor nas águas de abastecimento público em municípios do estado do Ceará-Brasil. Rev. Bras. Pesq. 2014; 16(4):87-96.

Kuhnen M, Gamba B, Narvai PC, Toassi RFC. Qualidade da água tratada: avaliação dos teores de flúor em 10 anos de heterocontrole no município de Lages, Santa Catarina, Brasil. Vigil. Sanit. Debate. 2017; 5(1):91-96.

Moimaz SAS, Santos LFP, Saliba TA, Saliba NA, Saliba O. Heterocontrole do flúor nas águas de abastecimento público: resultados e experiência de 13 anos de vigilância. Arch Health Invest. 2018; 7(7):262-68.

Publicado
2020-11-24
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde