Serviços ecossistêmicos na produção animal: uma análise da percepção dos pecuaristas de Alegrete (RS)
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2020v13n1p235-258Palavras-chave:
Bovinocultura, Meio ambiente, Pagamento por serviços ambientais.Resumo
Este artigo visa abordar o sistema de produção da bovinocultura de corte, relacionado aos serviços ecossistêmicos, de modo a dar ênfase ao caso da Associação de Produtores do Rincão do Vinte e Oito. O principal objetivo é analisar os serviços ecossistêmicos prestados pela bovinocultura de corte e ovinocultura em campo nativo. Como unidade de análise, foi utilizado o banco de dados do Projeto Aglomerados Urbanos em Áreas Protegidas (Urb-al Pampa), além da realização de um estudo de caso com produtores da Associação. De uma maneira geral, nota-se que os motivos para a continuidade dos associados na produção animal devem-se, em particular, ao tradicionalismo da atividade produtiva. No âmbito dos serviços ecossistêmicos, nota-se que os produtores não têm um claro entendimento a respeito de como a manutenção dos sistemas de produção pode gerar benefícios, apesar de ter ficado evidente durante a pesquisa, que estão presentes diversos serviços de regulação, provisão e culturais. A manutenção da produção animal é considerada válida para os produtores, pois acreditam que podem proporcionar o bem-estar para as suas famílias e para o restante da população. Entretanto, apesar de acreditarem que deveriam receber algum tipo de benefício por preservarem o campo nativo, não têm um claro entendimento de como receber remuneração, como no caso do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), especialmente por ser uma temática de estudo recente e pouco abordada na região.Referências
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