Substratos e níveis de condutividade elétrica da água de irrigação no cultivo do rabanete

Palavras-chave: Qualidade da água, Raphanus sativus L, Salinidade

Resumo

A salinidade é um dos principais fatores ambientais que limita o crescimento e a produtividade agrícola. Entretanto, uma alternativa para minimizar os efeitos nocivos do excesso de sais nas plantas é a utilização de matéria orgânica. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o crescimento da cultura do rabanete cultivado em substratos e níveis de salinidade da água de irrigação. Os tratamentos foram obtidos da combinação de três formas de substratos (solo da camada de 0-20 cm; torta de filtro + solo; húmus de minhoca + solo) misturados na proporção 3:1 e cinco condutividades elétricas da água de irrigação (0,5; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5 dS m-1). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5. Combinados, os fatores resultaram em 15 tratamentos com quatro repetições e uma planta por parcela, totalizando 60 unidades experimentais. As plantas de rabanete foram avaliadas quanto ao número de folhas, altura de plantas, área foliar, índice relativo de clorofila, massa da raiz e massa seca da parte aérea. Níveis crescentes de salinidade da água de irrigação resultaram na redução do número de folhas, altura de plantas, área foliar, índice relativo de clorofila, massa da raiz e massa seca da parte aérea de plantas de rabanete cultivar Crimson Gigant, entretanto, os substratos com adição de húmus de minhoca atenuaram os efeitos nocivos da salinidade, sendo uma alternativa viável para o cultivo de plantas de rabanete em condições de estresse salino.

Biografia do Autor

Mirandy dos Santos Dias, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
Agrônomo pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL). Doutorando em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande (PB), Brasil.
Lígia Sampaio Reis, Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professora adjunto da Universidade Federal de Alagoas, Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (CECA-UFAL), Maceió (AL), Brasil.
Rilbson Henrique Silva dos Santos, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Mestrando no Programa de Pós Graduação em Produção Agrícola da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife (PE), Brasil.
Francisco de Assis da Silva, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
Mestre em Horticultura Tropical pela Universidade Federal de Campina Grande (CCTA /UFCG). Doutorando no Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande (PB), Brasil.
João Paulo de Oliveira Santos, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Engenheiro Agrônomo. Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE). Doutorando em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa (PB), Brasil.
Reinaldo de Alencar Paes, Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Doutor em fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-árido. Professor na Universidade Federal de Alagoas, Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (CECA-UFAL), Maceió (AL), Brasil.

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Publicado
2022-02-21
Seção
Agronegócio